segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

G*

Bem, eu não sou nada destas coisas. Mas acho que preciso mesmo é disto. Escrever, escrever tudo o que me vai na alma, tudo o que sinto. Libertar-me.
Estes ultimos meses, vá para ser sincera, desde que começamos a falar que tenho tido um turbilhão de sentimentos e houve um turbilhão de acontecimentos. Sabes que me mudaste, não, provávelmente não sabes, nem nunca o vais saber. Despertaste o meu lado romântico, o meu lado sensivel, o meu lado lamechas.
Fizes-te com que eu me pegasse tanto a ti, embora eu não quizesse, era inevitável isso não acontecer. Apesar de tudo, de toda a tua história, das coisas que me contavas. Apaixonei-me por ti de uma maneira, tão, mas tão intensa. Eu nunca chorei por amor, pela primeira vez, eu chorei por ti, por te perder. Mesmo sendo tua a culpa eu chorei, iludiste-me, fizeste-me acreditar em "nós" que não existia. Fizeste-me sentir a rapariga mais feliz do mundo e a seguir magoavas-me, e uma vez, e outra e outra. Até ao momento em que não dá mais. Em que uma pessoa já não tem forças para continuar. Eu fui contra tudo e todos por ti, e talvez nem deste valor a isso, foi-te indiferente. Dizia que estava bem enquanto chorava em silêncio. Porquê tanto paleio? Porquê?
Tenho saudades tuas, tenho muitas saudades tuas mesmo.
Foste embora assim, deixaste-me. Não cumpriste com a tua palavra. Porquê? Eu não presiso que sejas o meu "amor". Ok, eu presiso e muito. Mas ficava feliz em ter-te como amigo. E continuar a ouvir a tua voz todas as noites, ler as tuas palavras. Saber de ti. Saber que estavas aqui para mim.
Agora resta-me um vazio. O vazio que deixaste em mim.
Sinto a tua falta como nunca senti a falta de alguem. A tua imagem não me sai da cabeça. O teu sorriso. Neste momento sinto falta de tudo, sinto falta de ti, do teu humor, de quando atrofiavas comigo por tudo e por nada. De quando cantavas para mim. "PRINCESA GOSTO DE TI, PRINCESA QUERO-TE TANTO, PRINCESA ÉS A MINHA PRINCESA." De quando me chamavas de parva estúpida mas tua. De quando adormeçia e tu ligavas-me e gozavas com a minha voz de sono. Tenho tantas saudades tuas.
Tenho uma enorme vontade de pegar no telemóvel e ligar-te nem que seja para ouvir só mais uma vez a tua voz.Tenho vontade de te dizer que sinto saudades tuas. Mas não posso. Prometi que não ias passar do passado. E é isso que tem que ser. Mas prometo que o que foi nosso, eu não vou esqueçer. Beijo G*

Bem-vindo 2013

Bem, 2012 foi um ano em cheio. Foi um ano dificil, não começou da melhor maneira. Os primeiros meses foram para esqueçer por completo. Foi um ano de novidades, foi um ano em que perdi amigos, conheçi outros. Cresci, mudei, aprendi.
Foi o ano em que reprovei, que desiludi-me a mim mesma e aos que me rodeiam. Mas tambem foi o ano em que não baixei a cabeça, que lutei mais.
Foi este ano que conheçi o meu verdadeiro "eu". Descobri que era capaz de fazer coisas que nunca pensei que fosse.
Foi humilhante ver todos os meus amigos a seguirem com as suas vidas para a frente e eu ficar aqui presa. Mais um ano, mais uma batalha mas que eu vou vencer.
Se me perguntarem se me arrependo por ter chumbado. Não. Porque conheçi pessoas novas, boas pessoas. E era isso que presisava. Novos ares. O que me ajudou a crescer. Foi este Verão que conheçi um grupo de amigos, com quem agora sei que posso contar. E que foram eles que me fizeram mudar por completo, nem eles fazem ideia. Um Obrigada a todos eles.
Foi tambem este ano que me apaixonei, mas asério. Foi tambem um ano de desiluzões. Daquelas bem grandes. Mas é assim que se aprende. 
Espero que 2013 seja melhor, muito melhor.
Desejo-vos um Feliz Ano Novo.
Bem-vindo 2013. Surpreende-me

Pride


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

32ºCapitulo

Já estavamos quase a chegar, já se via o T (é o nome que damos à ponte porque é em forma de T), ao longe. Tinhamos pedido ao meu pai para nos ir buscar junto à bilheteira, pois estavamos super carregados.
Desembarcamos, lá estavam os meus pais à conversa com os pais do João. Chegamos perto deles. Abraçei a minha mãe, estava cheia de saudades dela, e do meu pai claro. Cumprimentei os pais do João, ficamos ali algum tempo à conversa entre todos, contavamos assim por alto certas partes das nossas férias.
Despedimo-nos do João e dos pais dele.
Pai- Vá Teresa, enfia-te no carro que eu levo-te a casa.
Teresa- Bem, sendo assim aceito Tio.
Levamos a Teresa a casa e fomos tambem nós para casa.
Soube tão bem chegar a casa, entrar no meu quarto, ver os meus animaizinhos todos, que já estava cheia de saudades deles.
Estava um bocado cansada, mas detesto ter as coisas por arrumar, então começei logo a desfazer a mala e a arrumar as coisas.
Era hora de fazer o jantar, então fui para a cozinha ver se a minha mãe presisava de ajuda. Como sempre ela respondeu-me que não, mas ajudei-a na mesma.
Mãe- Então vá, conta-me lá como é que foi.
Raquel- Ai mãe, aconteçeu tanta coisa nestas férias.
Mãe- Pois eu imagino, tanto tempo fora de casa.
Raquel- Então e por aqui? Como é que foi?
Mãe- Oh, correu bem, trabalho a dobrar, sem ti e sem a mana para me ajudar, mas consegui tratar de tudo.
Raquel- Oh mamã desculpa.
Mãe- Ai filha, não sejas parva, o importante é que se divertiram.
Raquel- Sim, e muito.
O meu telemóvel começou a tocar. Corri para o atender. Era a Teresa.
Teresa- Raquel?
Raquel- Sim diz.
Teresa- Tens que dizer à tua irmã para ter atenção ao telemóvel.
Raquel- Deve de estar no silêncio.
Teresa- Bem, mas é o seguinte. O que é que me dizem de irmos hoje dar uma voltinha?
Raquel- Oh Teresa, acabaste de chegar a casa e já queres ir sair?
Teresa- Oh, não me apeteçe nada estar em casa.
Raquel- Não hoje não, hoje vamos ficar em casa com os meus pais.
Teresa- Oh, está bem. Eu percebo. Mas amanha combinamos qualquer coisa, sim?
Raquel- Sim, amanha sim.
Teresa- Optima, então vá, amanha falamos, beijinhos, manda beijinhos à Mel.
Raquel- Sim eu mando, vá, beijinhos Teresa.
Voltei para a cozinha, pus a mesa e ainda conversei um bocado com a minha mãe.
Durante o jantar, fomos conversando, claro que o tema era as férias da Melissa e da Raquel. Contámos o que tinhamos feito, sem entrar em promenores claro. Ainda não lhes tinha contado sobre o Rodrigo, mas fazia questão de o fazer. Mas talvez não já, principalmente ao meu pai, ele é um bocado conservador, mas ia contar à minha mãe assim que podesse.
Bem, eu e a Melissa ficamos de arrumar e lavar a loiça do jantar. Mas como fazemos sempre, sentamo-nos um bocado à conversa enquanto os meus pais estavam na sala a beber o café.
Melissa- Então, ele já te disse alguma coisa?
Raquel- Não, ainda não. E o Hugo?
Melissa- Sim, temos estado a falar por mensagens, não achas isso um bocado estranho?
Raquel- O que?
Melissa- Ele não te ter dito nada.
Raquel- Não, não presisamos de estar sempre a falar.
Melissa- Está bem mas..
Raquel- Ele vai dizer alguma coisa.
Melissa- Pois espero que sim.
Raquel- Vais contar à mãe?
Melissa- Sim, quero lhe contar, só não quero é contar já ao pai, acho um bocadinho cedo.
Raquel- A mãe vai ficar um bocado em choque. Saber que estamos as duas a namorar.
Melissa- Oh mana, nós estamos na idade disso.
Raquel- Sim eu sei.
Continuamos a conversar, mas começa-mos a arrumar a cozinha.
Depois de arrumada, fomos vestir os pijamas e fomos para a sala ver televisão com os meus pais. Coisa que já não faziamos à uma série de tempo.
Já era um bocadinho tarde, então fui me despachar para ir para a cama, despedi-me dos meus pais e fui para o quarto. Não é que fosse logo dormir, tenho sempre aquele tempinho antes de ir para a cama para ir ao computador. Liguei o computador, fui ao meu facebook que estava cheio de notificações, nem vi o que eram, fui só dar uma vista de olhos, saber as novidades. Fui tambem ao meu blog, que já não ia desde que tinha ido para a ilha, como já não escrevi-a a algum tempo, escrevi um pequeno resumo das minha férias, conversei com algumas amigas pelo chat do Facebook, mas de seguida acabei por desligar o computador e ir para a cama, liguei a televisão e começei a fazer zapping.
Senti ao telemóvel a vibrar, e logo de seguida a tocar. Procurei por entre os lençois, era o Rodrigo.
Rodrigo- Amor?
Raquel-Olá amor.
Rodrigo- Está tudo bem?
Raquel- Sim. Porque esse tom de voz?
Rodrigo- Amor, eu já te liguei pelo menos umas cinco vezes.
Raquel- Ligaste amor? Desculpa mas eu não ouvi nada.
Rodrigo- Já me estava a preocupar.
Raquel- Amor, asério eu não ouvi.
Rodrigo- Deixa lá isso, agora já estas a falar comigo.
Raquel- Sim, tens razão.
Rodrigo- Então, e novidades?
Raquel- Oh, nada de especial, ia agora me deitar, estou um bocadinho cansada.
Rodrigo- Então vai lá amor, vai descansar.
Raquel- Não amor, fica a falar comigo, eu quero ouvir a tua voz.
Ouvi-o a rir-se.
Rodrigo- Eu fico amor, com muito gosto. Já tenho saudades tuas.
Raquel- Tambem eu amor.
Rodrigo- Então e amanhã o que é que a menina vai fazer?
Raquel- Amanhã vou até à escola ver as turmas, e talvez vá dar uma voltinha com elas. E o menino?
Rodrigo- Olha, eu amanha tambem vou ver as turmas, vou tratar dos papeis para começar as aulas de condução.
Raquel- Então amanha vens cá a Terra né?
Rodrigo- Sim, posso te ir visitar queres?
Raquel- Claro que quero amor.
Rodrigo- Tu não me resistes.
Raquel- Oh, então não venhas.
Rodrigo- Ai amor, cala-te, amanhã na estação às cinco horas.
Raquel- Está bem, eu vou lá estar.
Conversámos mais um pouquinho, desligamos e fui dormir, estava cansada, presisava de descansar.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

31ºCapitulo

Soube tão bem dormir a acordar agarradinha ao meu principe, ainda mais depois do que aconteceu, já estava tudo resolvido, já estava tudo mais que bem entre nós.
Dentro que dois dias ia voltar para casa, era tudo o que eu menos queria, mas já lá estava à imenso tempo, já tinha saudades da mamã, de casa, dos animaizinhos, de tudo. E além do mais daqui a uma semana já começava a escola, e tinha que ir preparar tudo para o começo das aulas.
De certa forma estava entusiasmada com o começo das aulas, mas por outro, pronto começavam as aulas, acabava a boa vida. Este ano tinha que me dedicar, tinha mesmo que ter boas notas. Estava mesmo a ver que este ano iria ser um ano preenchido, teria que consiliar a escola com os treinos de basquete, estar com o meu namorado e ainda as minhas corridinhas, e claro arranjar tempo para estudar. Decerteza que iria arranjar uma solução.
Ainda não sei bem como é que vou fazer com o Rodrigo, ele estuda noutra cidade, que por sorte ou não fica apenas a 9 quilómetros da minha, acerca de 10 minutos de comboio, sei que vai ser complicado, além do mais ele tem que vir todos os dias da ilha, mas dê por onde der, eu e ele vamos superar isto.
Foi uma dia bom, passamos na praia, nunca o grupo tinha estado tão unido como nas últimas semanas.
Bem, depois de amanhã ia voltar para casa. Já estavamos a fazer as malas, não queriamos deixar tudo para o último dia.
Fizemos uma jantarada lá em casa, depois fomos até ao bar, dança-mos, ri-mos, bebemos, bem mais um dia cansativo mas bem passado

Como me deitei tarde, tambem me levantei mais tarde que o habitual.
Vesti o bikini, uns calções, um top e fui correr, já havia muitas pessoas na praia, então caminhei e só mais para o fundo onde não havia tantas pessoas é que começei a correr.
Ia sentir saudades daquela ilha, mas concerteza que ia voltar brevemente.
O sol já estava no topo, devia de ser por volta do meio dia, então regressei a casa. Juntei-me ao grupo e almoçamos todos juntos. A tarde foi passada na associação, e tambem fomos até à praia dar um mergulho.
Jantei em casa do Rodrigo, para depois irmos dar uma volttinha só os dois.
Caminhavamos de mão dada.
Rodrigo- Vou ter saudades disto amor.
Raquel- Oh amor, eu tambem, destes passeios pela praia.
Rodrigo- E amanhã vais de manhã ou de tarde?
Raquel- Vou de tarde, para poder aproveitar a manhã. Rodrigo- Vais em que barco? Raquel- No das 4 horas. Rodrigo- Esta bem.
Ficámos em silêncio, apenas nos mimamos.
Rodrigo- Amor, anda. - Agarrou-me na mão e puxou-me.
Raquel- Onde é que vamos?
Rodrigo- Onde tudo começou.
Sorri-lhe, já sabia onde é que iamos.
Andamos, não muito pois estavamos pertinho do Farol.
A porta estava fechada.
Raquel- Pois amor, pareçe que já não vamos a lado nenhum.

Rodrigo- Achas mesmo? - Piscou-me o olho, fiquei sem perceber.
Com muito jeitinho ele lá abriu a porta.
Fiquei a olhar para ele com cara de admirada, ele sorriu-me e deu-me um beijo.
Rodrigo- Anda amor.
Agarrou-me e entramos. Subimos aquela escadaria toda, depois dos 147 degraus subidos, estavamos exactamente no mesmo sitio onde ele me tinha pedido em namoro. Assim que lá chegamos beijamo-nos e abraçamo-nos fortemente.
Virei-me para o mar ele agarrou-me por trás. Respirei fundo.
Raquel- Promete-me que nunca me vais deixar.

Rodrigo- Eu Rodrigo Motta prometo que nunca vou deixar a minha namorada. Porque não existe Principe sem Princesa, porque Ken e Barbie foram criados para ficarem juntos, porque a Terra não existiria se não houvesse sol, porque o  céu só está completo quando há Lua e estrelas, porque eu Amo-te e nunca te vou deixar, Nunca.
Quando ele me disse isto, as lágrimas vieram-me aos olhos. Virei-me de frente para ele e abraçamo-nos, ele limpou-me as lágrimas e olhou-me nos olhos.
Rodrigo- Eu prometo. - Beijei-o.
Raquel- Nunca me tinham dito uma coisa tão..

Rodrigo- Ainda bem, porque se o te tivessem dito não estavas aqui. Porque eu nunca disse nada assim a ninguem, porque eu nunca gostei tanto de ninguem como gosto de ti.
Raquel- Rodrigo.
Rodrigo- Sim?
Raquel- Eu amo-te.
Voltamos a beijarmo-nos, ficamos lá um bocadinho, mas depois fomos para casa dele, já era tarde.
Ainda ficámos um bocado à conversa, mas acabamos por adormeçer agarradinhos.
Na manhã seguinte, despachamo-nos e fomos até minha casa.
Já estavam todos a preparar as coisas, fazer as malas, dar um jeitinho à casa, desfazer as camas, bem, juntei-me e ajudei-os, o Rodrigo tambem deu uma ajuda, entre todos despachamos as coisas bem rapidinho. Demos um saltinho à praia para apanharmos um bocadinho de sol. Acabamos por almoçar no bar da praia, voltamos à praia, demos uns mergulhos e tinhamos que regressar a casa.
As coisas já estavam todas arrumadas.
Chegamos a casa, todos queriam tomar banho antes de apaharmos o barco. Então tinhamos que esperar uns pelos outros. Finalmente chegou a minha vez, tomei um banho, vesti-me e pronto, já estavamos todos despachados para ir para a ponte.Faltava meia-hora para as quatro, em meia-hora chegavamos à ponte. Pussémo-nos a caminho.
Chegámos e as pessoas jà estavam a embarcar, o grupo estava lá todo para se despedir de nós.
Teresa- Bem, esta na hora.
Rita- Opá, vosses vão fazer falta.

Hugo- Yah, muita mesmo.
João- Oh pessoal, nós vamos voltar yah.
Melissa- Claro que sim. Mas vá temos que ir senão perdemos o barco.
Rodrigo- Sim é melhor irem.
Despedimo-nos todos uns dos outros, tinahamos mesmo que ir.
Eles ajudaram-nos a colocar a bagagem no barco.
Rodrigo- Pronto amor, vai lá.
Raquel- Pois tem que ser.
Rodrigo- Vá tira essa carinha triste, põe um sorriso na cara. - Beijamo-nos, abraçamo-nos e voltei para o barco com a Melissa que tambem tinha estado a despedir-se do Hugo.



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

30ºCapitulo

Dormir, claro que não dormi nada, levei a noite toda a pensar no que fazer, nas palavras do Rodrigo, naquilo que tinha visto, de facto eu gosto mesmo muito do dele, mas eu vi os lábio dele tocarem nos da outra rapariga, ninguem me contou, eu vi com os meus olhos, não é que não acreditasse no que o Rodrigo dizia, mas ao mesmo tempo.
A minha irmã levantou-se disse-me que ia até à praia com o Hugo e com a Teresa, não quiz ir, preferi ficar na cama, tinha que por as ideias no lugar.
Levantei-me, fui até à sala, sentei-me no sofá, liguei a televisão.
João- Então pequena? Melhor?
Raquel- Oh.. Sim
João- Não me pareçe, ainda não paraste de fazer zapping.
Não lhe respondi, nunca tinha tido uma relação muito boa com ele, mas o que é certo é que ele mudou muito durante as férias. Estava uma pessoa melhor.
Conversámos um bocado, mas ele ainda queria estar com a amiga, fiquei sozinha em casa, eram os meus ultimos dias na ilha, deveria de estar a aproveitar, mas com toda a situação do Rodrigo, deixou-me sem vontade de fazer seja o que for.
Era já perto da hora de almoço, e minha irmã ligou-me a dizer que iam ficar na praia e comiam qualquer coisa por lá, e pediu-me para ir ter com eles, não sabia ainda se ia, talvez passa-se por lá mais logo.
Adormeçi no sofá, bateram à porta, sem vontade lá me levantei e fui abrir a porta, era o Rodrigo.
Rodrigo- Posso?
Olhei-o nos olhos e voltei a sentar-me no sofá, ele entrou, fechou a porta e sentou-se a meu lado.
Rodrigo- Estás bem?
Raquel- O que é que te pareçe?
Rodrigo- Raquel, eu amo-te. Tudo o que se passou, não passou de um mal entendido.
Raquel- Desculpa, mas não consigo esqueçer aquilo que vi.
Rodrigo- Eu percebo, no teu lugar ficaria igual, mas acredita que eu não queria que nada disto tivesse acontecido. Tudo o que eu mais quero é estar bem contigo.
Raquel- Se eu não tivesse visto, contavas-me?
Ele fez silêncio, olhei para ele.
Rodrigo- Contava.
Raquel- E contavas mesmo?
Rodrigo- Eu sempre te prometi que nunca te iria esconder nada, e eu cumpro com as minhas promeças.
Não disse mais nada, nem sabia o que fazer, sentia-me como um barco à deriva no mar, sem rumo, sem destino.
Rodrigo- Queres que me vá embora?
Baixei a cabeça.
Ele levantou-se, abriu a porta, senti-o a olhar para mim e saiu.
As lágrimas voltaram a cair-me pelo rosto. Não era isto que eu queria, eu queria-o comigo, a meu lado para o que desse e viesse.
Levantei-me numa fração de segundo e corri até à porta, mesmo de pijama sai a correr pela passadeira para o apanhar, viu-o ao longe, gritei por ele, ele olhou para trás e parou, corri até ele e abraçámo-nos fortemente, olhei-o nos olhos e beijámo-nos intensamente.
Raquel- Desculpa amor, eu... - Sem me deixar acabar a frase, beijou-me inumeras vezes.
Ficámos ali algum tempo, no meio das pessoas que passavam e ficavam a olhar para nós.
Raquel- Eu amo-te.
Rodrigo- Eu amo-te Raquel. - Sorri-mos e beijamo-nos uma vez mais. Demos as mãos e voltamos à minha casa, decerto que não ia de pijama para a praia.
Fomos até ao quarto, namoramos tanto, mimámo-nos tanto um ao outro.
Mas acabamos por nos levantar e irmos até à praia ter com a Melissa, com a Teresa e com o Hugo.
Chegámos perto deles de mão dada, todos já tinham percebido que já estava tudo bem entre nós.
O resto da tarde foi boa, o Ivo depois de sair da escola de surf tinha ido ter connosco.
Jantámos todas lá em casa, como a casa era grande, havia quartos para todos, dormiram todos lá em casa. Fiquei no meu quarto com o Rodrigo, a minha irmã e o Hugo tinham ido para o andar de cima, onde estava o Ivo num quarto e a Rita noutro.

sábado, 15 de dezembro de 2012

29ºCapitulo

Fui até à praia onde o Rodrigo me tinha levado, sentei-me na areia a olhar o mar, as lágrimas escorriam pela cara, não conseguia parar de chorar, o amor que senti por ele era tão grande mas tão grande que toda aquela situação me estava a deixar de rastos. Tinha desligado o telemóvel dado que as chamadas eram a toda a hora.
(...)
Estavam todos em minha casa, sem saberem de mim, o Rodrigo tinha acabado de chegar a casa, tinha andado toda a tarde à minha procura.
Rodrigo- Então novidades?
Melissa- Não. - Disse a minha irmã com voz de zangada.
Hugo- O que é que aconteceu mano?
Melissa- Sim, ainda estou à espera que me digas o que é que tu fizeste para deixares a minha irmã naquele estado.
O Rodrigo calou-se, ele sabia que tinha errado, e tinha decerto vergonha de lhes contar.
Ivo- Podes contar Rodrigo, ninguem te vai julgar, só queremos perceber o que é que se passou.
Rodrigo- A culpa não é minha, quer dizer de todo não foi minha.
Melissa- Mas o que é que se passou?
Rodrigo- Quando estavamos a entrar no bar, eu dei de cara com a minha ex-namorada, a Marta, e ficámos um bocado à conversa, epá mas coisas básicas mesmo, ela começou a fazer-se a mim, opá e do nada mesmo deu-me um beijo, e deve de ter sido isso que a Raquel viu.
Teresa- E o que é que tu fizeste quando ela te beijou?
Rodrigo- Empurrei-a claro.
Hugo- Pois, e isso ela já não viu.
Rodrigo- Pois, decerteza.
Melissa- Se visse o meu namorado aos beijos com outra tambem não ia ficar ali a ver o resto do especteculo.
Rodrigo- Não tem a ver com isso, mas ao menos ficavas para perceber o que realmente se estava a passar.
Teresa- Sim, isso sim. E depois espetava um murro na cara da outra.
Ivo- Rodrigo, fazes alguma ideia de onde é que ela pode estar, é que está a ficar escuro, e não é muito bom ela andar por ai sozinha.
Rodrigo- Espera eu acho que sei... - E saiu a correr de casa.
(...)
O sol já se estava a por, tinha que voltar para casa, mas a vontade de o fazer era "nenhuma".
Fechei os olhos e respirei fundo, aquela devia de ser a última vez que respirava aquela brisa a mar, ouvia passos atrás de mim, levantei-me rápidamente e o dono dos passos parou atrás de mim.
Rodrigo- Sabia que estavas aqui..
As lágrimas voltaram a cair-me pelo rosto, nem sabia o que fazer, se lhe respondesse, se lhe virava costas.
Num implulso virei-me para trás, fitei-o com os olhos e começei a andar em direcção à passadeira de madeira. Ele agarrou-me no barço, não dei resistencia, simplesmente parei, tinha que ouvir aquilo que ele tinha para me dizer.
Rodrigo- Ouve-me por favor.
Raquel- Eu tenho que ir.
Rodrigo- Raquel, por favor ouve-me, só te peço que me ouças uma única vez.
Virei-me de frente para ele.
Raquel- Para que? Para me contares como foi beijar aquela rapariga? Desculpa mas dispenso saber.
Rodrigo- Não é nada disso Raquel. Ouve-me primeiro e depois julgas-me.
Raquel- Eu não te vou julgar, és livre para fazeres o que quizeres.
Rodrigo- O que é que tu viste?
Raquel- Ainda me perguntas isso? Asério?
Rodrigo- Só viste o beijo?
Raquel- Ainda dizes só?
Rodrigo- Pois devias ter ficádo até ao fim para perceberes o que realmente aconteçeu.
Raquel- Oh sim, ver o resto do espectáculo, pois estou a ver.
Rodrigo- A Marta, é uma ex-namorada, encontramo-nos por acaso, ficamos a falar um bocado e do nada ela beijou-me.
Raquel- Não tens de me dar justificações, é a tua vida, fazes dela o que bem entenderes.
Rodrigo- Raquel, não estás a ajudar, estou a tentar resolver as coisas, e tu estás a ter essa atitude infantil.
Raquel- E depois eu é que sou infantil, pois claro.
Rodrigo- Eu não a beijei, ela é que me beijou, se tivesses ficado até ao fim percebias que a afastei segundos após ela me ter beijado.
Raquel- Tão tipico.
Rodrigo- Mas é a verdade Raquel, tens que acreditar em mim, eu amo-te e nunca me passaria pela cabeça trair-te, eu nunca gostei de ninguem como gosto de ti, e achas que ia deitar tudo a perder? Logo agora que estavamos tão bem um com o outro? Achas?
Raquel- Eu não sei o que te vai na cabeça, mas imagina-te no meu lugar?O que é que fazias?
Rodrigo- Tentava perceber o que é que se tinha passado, e se a culpa não fosse da minha namorada, claro que ficava tudo bem entre nós.
Raquel- Dá-me tempo.
Rodrigo- Eu sei que a situação não é fácil amor, mas tens de confiar em mim, eu nunca na minha vida me passou pala cabeça trair-te, nunca mesmo.
Raquel- Amanha falamos é melhor.
Rodrigo- Posso ao menos levar-te a casa? Não te vou deixar ires sozinha.
Abanei os ombros, e continuei a andar, ele despiu o casaco e deu-mo, ao inicio exitei, mas de facto estava com frio, e para todos os efeitos ele ainda é o MEU namorado. Pelo caminho não falámos, já não queria tocar naquele assunto, ia dormir sobre o assunto e amanhã logo se vê.
Cheguei a casa, e ficou tudo a olhar para mim, disse-lhes que estava tudo bem, despi o casaco devolvi-o ao Rodrigo, desejei boa noite a todos e enfiei-me no quarto, só sai para tomar banho, quando todos já se tinham ido embora. Tomei um belo de um banho e fui para o quarto, tinha prometido contar à minha irmã e à Teresa o que se tinha passado, mas estava com uma enorme dor de cabeça de ter levado toda a tarde a chorar, que tive mesmo de me ir deitar.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Desculpem...

Peço imensa desculpa por não ter publicado o próximo capitulo. Sei que não publico à muito tempo, o meu  computador teve um problema ,decidiu avariar sem mais nem menos. Tenho todos os próximos capitulos lá gravados. Vou tentar encontrar uma maneira de o arranjar rápidamente.
Sei que estes capitulos que tem lido não tem sido grande coisa. Mas prometo que o próximos são mais empolgantes. Espero que gostem.
Mais uma vez desculpem. Beijinhos.
Sté

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

28ºCapitulo

Senti alguem entrar no quarto e virei-me para ver quem era, era a Teresa que nos vinha acordar, levantámo-nos então da cama e fomos nos despachar para irmos para a praia.
Fomos só as três, à muito tempo que não estvamos só as três, já tinha tantas saudades dos nossos momentos. Bem foi uma optima manhã de praia.
Almoçamos no bar, e depois o resto do pessoal foi ter connosco.
Estavamos sentadas dentro do bar, pois a esplanada estava cheia, os pessoal entrou todo, todo menos o Rodrigo, o que achei um bocado estranho. Perguntei-lhes onde é que o Rodrigo estava e eles olharam uns para os outros, bem, não tinha gostado nada daqueles olhares, olhei para a Rita e ela respondeu-me que ele estava mesmo atrás deles, que devia de ter encontrado alguem à estrada do bar e ficádo à conversa.
Bem, ainda esperei uns 10 minutos mas ele nunca mais vinha, então levantei-me e fui até à estrada do bar para ver se o via.
Sai pela porta e olhei para a passadeira de madeira, fiquei sem acção com o que acabara de ver, nem queria acreditar, cheguei no exacto momento em que o Rodrigo estava aos beijos com uma rapariga. As lágrimas vieram-me aos olhos, virei costas e entrei dentro do bar,peguei nas minha coisas e sai a correr do bar, ouvi-os a chamarem o meu nome, mas continuei a andar em passo super acelarado, a minha irmã e a Teresa vieram a correr atrás de mim.
Teresa- Raquel, espera...
Parei e elas chegaram até mim, inundaram-me com perguntas. " O que é que se passa"," O que é que aconteçeu?", " Porque é que estás a chorar?"..
Bem, eu só presisava de estar sozinha.
Melissa- Mana?
Respirei fundo e finalmente respondi-lhes.
Raquel- Eu sei que estam preocupadas, mas eu presiso de estar sozinha. Por favor.
Teresa- Mas Raquel, o que é que se passa?
Raquel- Por favor meninas, eu depois conto-vos.
Melissa- Mana, tens uma hora, de daqui a uma hora não vieres para casa, eu vou à tua procura, percebeste?
Disse-lhe que sim, e elas a muito custo lá me deixaram ir e voltaram para o bar.
Enquando elas iam para o bar o Rodrigo entrou no bar.
Hugo- Onde é que te meteste?
Rodrigo- Epá nem imaginam quem é que eu encontrei.
Ivo- Quem?
Rodrigo- A Marta..
Os gemeos olharam um para o outro e voltaram a olhar para o Rodrigo.
Rodrigo- O que foi?
Hugo- O que é que aconteceu?
Rodrigo- Pois, é que.. - Sem que podesse continuar o Ivo falou.
Ivo- Mano, a Raquel foi ver se te via,quando voltou, chegou aqui a chorar pegou nas coisas dela e bazou a correr.
Rodrigo- Bazou sozinha?
Hugo- Népia a Melissa e a Teresa foram atrás dela.
O Rodrigo levantou-se muito rápido e correu para fora do bar, encontrando-se à entrada com a Melissa e a Teresa.
Rodrigo- E a Raquel?
Teresa- O que é que aconteceu?
Rodrigo- Onde é que ela está?
Melissa- O que é que tu fizeste?
Rodrigo- Onde é que ela está?
Teresa- Primeiro vais explicar o que é que fizeste para a deixares assim.
O Rodrigo desviou-se e foi à procura dela pela praia.
                                                                             (...)
Caminhei pela praia, caminhei imenso, levei todo o tempo a chorar, só me vinha à cabeça a imagem do Rodrigo a beijar aquela rapariga que nem sabia quem era, que tudo tinha sido em vão, todos os nossos momentos, gargalhadas, mimos, beijos, tudo em vão, o o amor que ele dizia que sentia por mim, seria verdadeiro?
Sentia-me tão mal, tão usada.
Já tinha passado bem mais que uma hora, devia de ir para casa como a minha irmã tinha dito, mas decerteza que o Rodrigo lá estava, e tudo o que eu menos queria era dar de cara com ele.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

27ºCapitulo

Lanchámos e fomos até à praia pequenina, passamos lá o resto da tarde.
Queria aproveitar os meus ultimos dias na ilha com o Rodrigo.
Claro que ia voltar à ilha constantemente para poder estar com ele, mas não iamos estar juntos todos os dias.
Jantei em casa dele, conversei bastante com a mãe dele, e claro com a avó dele que é uma senhora super simpática e querida, passei a noite em casa dele, fizemos serão na sala com a familia dele a ver televisão e a conversar.
Ficou tarde e fomos todos para a cama, entramos no quarto, fechei a porta e ele agarrou-se a mim, beijámo-nos vezes sem conta, entre brincadeiras e mimos a noite ia passando.
Quando demos por nós já era tardissimo. Adormeçemos agarradinhos um ao outro.
Acordei assustada com a mãe do Rodrigo a entrar pelo quarto a dentro.
Rodrigo- Fogo mãe, já te pedi mil vezes para bateres à porta.
Fiquei um bocadinho em panico, dado que estava só de roupa interior e não queria que a mãe dele pensasse em certas coisas. Por isso tapei-me até ao pescoço.
Mãe do Rodrigo- Ai filho eu bati, voces é que não ouviram.
Rodrigo- Pois, mas diz lá o que foi.
Mãe do Rodrigo- Ah, era só para saber se queriam tomar o pequeno almoço connosco. Ah e bom dia Raquel, dormiste bem?
Raquel- Bom dia, sim sim dormir muito bem.
Mãe do Rodrigo- Tiveste muito calor foi?
Fiquei sem saber o que responder.
Rodrigo- Oh Mãe.
Mãe do Rodrigo- Calma só perguntei porque vejo a vossa roupa ali na cadeira é porque devem de ter tido muito calor à noite, só isso.
O Rodrigo revirou os olhos.
Rodrigo- Olha mãe, não faças contas connosco, nós vamos tomar o pequeno almoço com o pessoal, agora já podes ir, beijinhos.
A mãe dele ficou a olhar para ele com cara de espanto, depois olhou para mim, sem saber bem o que fazer sorri-lhe e a mãe do Rodrigo respondeu-me tambem com um sorriso.
Saiu e fechou a porta.
Começei-me a rir e a olhar para ele.
Rodrigo- Não lhe ligues, ela não mede aquilo que diz.
Raquel- Para a próxima pomos a roupa debaixo da cama. - Começei me a rir, e ele fez exactamente o mesmo.
Namorámos um bocadinho, mas depois fomos nos vestir, despedimo-nos a mãe e da avó dele e fomos até à minha casa, e tomámos lá o pequeno almoço juntamente com o resto do grupo.
Passámos a manhã na praia, almoça-mos todos juntos no bar da praia.
Ainda tinha uma semana toda pela frente, mas já sentia saudades daqueles dias que estavam mesmo a acabar, e só de pensar que daqui a duas semanas já começava a escola, até me doi-a a alma.
Assim que acabamos de almoçar, os gémeos sugeriram irmos dar todos um passeio no "My Dream", aproveitamos que eles nao iam dar aulas de surf à tarde e claro que todo o grupo concordou.
A tarde estava a correr às mil maravilhas, era mais um passeio romântico do que outra coisa. A minha irmã e o Hugo aproveitavam todos os minutinhos para namorar, quem nao achava muita piada a isso era a Rita, mas aos poucos ia esqueçendo o Hugo. Eu e o Rodrigo como é claro, tambem namoramos imenso. O João teve a oportunidade e convidou a sua amiga especial, e o resto do pessoal estavam à conversa, acabamos por nos juntarmos todos à conversa e a jogar às cartas.
Jantamos todos juntos no restaurante da associação, foi um jantar bastante longo, fomos até à praia dar uma voltinha, por fim fomos até à ponte, sentámo-nos todos uns ao lado dos outros, falámos sobre tudo o que tinhamos passado neste Verão.
Foi uma excelente noite para assim dizer.
Cheguei a casa, tomei um banhinho quente e enfiei-me na cama, tinha sido um dia agitado, presisava de dormir.


domingo, 11 de novembro de 2012

26ºCapitulo

Foi um optimo dia de praia, o resto do grupo acabou por se juntar a nós ao inicio da tarde. passamos um bom dia.
As férias estavam a correr lindamente, os dias foram passando, as confusões entre o grupo, parece que tinham terminado finalmente. Nas ultimas semanas as coisas tinham mudado, mudado muito, mas parece-me que para melhor.
O João tinha arranjado uma amiguinha, com quem passava a maior parte dos dias, não gostava muito dela, mas desde que o João se divirta, o resto não interessava.
O Ivo, estava calmo, sim porque ainda houve umas confusoes com ele e com o Rodrigo, mas já estava tudo resolvido.
A Ritinha, bem a Ritinha, não, ela ainda não encontrou o seu principe encantado, mas pretendentes não lhe faltam, mas decerteza que o vai encontrar quando menos esperar.
Ainda é dificil de acreditar que a Teresa e o Rafael tenham acabado, um casal tão apaixonado, era só mimos para aqui e para ali.
Não percebi muito bem o que é que aconteceu para eles terem acabado, não houve discusão, acabaram mas continuam amigos.
A minha irmã encontrou o seu principe, ela que procurou tanto, nem se apercebeu que ele estava mesmo ali ao lado dela, já está com o Hugo à 2 semanas, sei que não é muito, mas espero que dure, eles dão-se muito bem.
Ah, o Rafael já não está na ilha connosco, foi com o pai à Suíça, ele tem familia lá.
Bem, eu e o Rodrigo, continuamos juntos, juntos e felizes, espero que dure, sei que não vai ser para sempre, nada é para sempre, mas que enquanto durar, quero aproveitar todos os momentos, gosto mesmo muito dele e sei que ele tambem gosta muito de mim, estamos bem assim.
Infelizmente era a nossa ultima semaninha na ilha,custava tanto a acreditar que aquilo tudo ia acabar. Foram umas férias em grande, as melhores férias da minha vida. Quero muito repeti-las para o ano.
Tinha que aproveitar ao máximo esta ultima semana.
Deixar a ilha não era o que me deixava pior, era sim o Rodrigo. Passava todos os dias com ele, todos, e agora já nem o vou ver. Como é que vou conseguir estar longe dele?
Eu sei que a ilha só fica a uma hora de distância, mas mesmo assim custava-me.

...
Estava deitada na cama, não estava muito bem, estava triste.
Bateram à porta, olhei para a porta e vi o Rodrigo a espreitar.
Rodrigo- Posso?
Abanei com a cabeça com que a dizer que sim. Ele entrou, fechou a porta, deitou-se encostado e mim e agarrou-me, mimando-me.
Rodrigo- Amo-te muito princesa.
Virei para ele e fiquei a olhar-lhe nos olhos, beijei-o.
Rodrigo- Não fiques assim amor.
Raquel- Não me quero ir embora.
Rodrigo- Tambem não quero que vas amor, mas se tem de ser tem de ser.
Suspirei profundamente.
Raquel- Sabes que não vamos estar juntos.
Rodrigo- Claro que vamos estar juntos. Porque é que dizes isso?
Raquel- Porque tu vais ficar aqui e eu vou estar do outro lado do mar.
Ele riu-se e beijou-me.
Rodrigo- Amor, só vamos estar a uma hora de distância, eu vou ter contigo todos os dias se quizeres.
Raquel- Mas eu quero estar contigo sempre.
Rodrigo- Amor, e vais estar, vai ser um bocado complicado, mas vai correr tudo bem amor, nao fiques assim, nós vamos estar juntos sempre que der, temos telemovel, falamos um com outro e amor, se conseguir, todos os dias vou ter contigo. Sim?
Raquel- E se tu deixares de gostar de mim, se te apaixonares por outra aqui?
Rodrigo- Amor? Nem te estou a reconheçer. Não confias em mim?
Raquel- Confio amor, claro que sim, mas sabes que pode acontecer.
Rodrigo- Pode amor, claro que pode, mas não vai acontecer, não estejas com essas dúvidas todas que isso deixa-me triste, claro que nao vou deixar de gostar de ti.
Raquel- Desculpa amor, estou a ser uma parva nao estou?
Rodrigo- Não faz mal amor, agora põe um sorriso na cara sim?
Beijámo-nos, ainda ficámos ali a namorar algum tempo. Mas acabámos por nos levantar e fomos lanchar os dois ao bar da praia.

sábado, 10 de novembro de 2012

25ºCapitulo

Entrei e lá estava ela sentada na cama a chorar. Sentei-me em frente a ela, abraçei-a e ela ficou agarrada a mim a chorar.
Raquel- Oh Rita.
Assim que lhe disse isso ela chorou ainda mais.
Raquel- Vá Rita já chega. Não vale apena estares a chorar dessa maneira.
Rita- Eu gosto tanto dele.
Raquel- Rita, o passado tem que morrer para que o futuro possa nascer.
Rita- Raquel, eu cresci com ele, eu aprendi a amar com ele, eu mudei com ele.
Raquel- Mas acabou Rita, tudo tem um fim, nada dura para sempre, enquanto voçes tiveram juntos foi tudo muito bonito, mas terminou. Tens de seguir em frente como ele fez.
Rita- Mas eu gosto dele.
Raquel- Mas Rita, o que é que tu queres que te diga?
Rita- Eu quero-o de volta.
Raquel- Rita, tu tens de seguir em frente, tens de por o que sentes pelo Hugo pra trás das costas.
Rita- Não consigo?
Raquel- Já tentas-te?
Rita- Não, mas sei que não vou conseguir.
Raquel- Mas é claro que vais.
Rita- Não não vou.
Nessa altura já ela secava as lágrimas.
Raquel- Oh não digas isso. É Verão,rapazes giros por ai, não tens de ficar agarrada ao passado.
Fez-se silêncio absoluto no quarto.
Raquel- Vá agora vai lavar esses olhinhos, limpar esse nariz cheio de ranho e vamos mas é ao bar tomar o pequeno almoço.
Ela riu-se e abraçou-se com força.
Rita- Obrigada sim?
Raquel- Obrigada nada, eu só te quero ver com um sorriso na cara.
Levantámo-nos, enquanto ela foi à casa de banho eu fui ao quarto ter com o meu amor.
Rodrigo- Estava a ver que não.
Fiz-lhe uma cara de chateada.
Rodrigo- Calma estava a brincar.
Fui ter com ele à cama e deitei-me ao seu lado com a cabeça no seu peito.
Rodrigo- Ela está mais calma?
Raquel- Sim agora sim.
Rodrigo- Chorou?
Raquel- E não foi pouco.
Rodrigo- Já não sei mais o que lhe dizer. Ele já está noutra à muito tempo e ela ficou encalhada. Não segue em frente.
Raquel- Ela gosta muito dele.
Rodrigo- Opá, eles tinham uma relação búe aberta, eram os melhores amigos antes de namorarem, davam-se super bem, e mesmo enquanto namoravam eram os melhores amigos, sempre juntos, sempre bem, não sei o que é qua se passou com o Hugo para terminar uma relação de quase dois anos assim do nada.
Raquel- Secalhar aconteceu algo.
Rodrigo- Estás a querer dizer que ele pode ter traido a minha prima?
Raquel- Opá não sei, mas..
Rodrigo- Não, eu conheço-o ele não era capaz de fazer isso.
Não tinha mais nada a acrescentar então não disse nada.
Raquel- Amor, eu vou tomar o pequeno almoço com a Rita ao bar, queres vir?
Rodrigo- Oh, e eu a pensar que iamos ter o dia só para nós.
Raquel- Estamos sempre juntos Rodrigo.
Rodrigo- E não é isso que queres?
Raquel- Claro que é. Mas não me quero esqueçer dos meus amigos.
Rodrigo- E não estás a esqueçer.
Raquel- Oh, tu percebeste.
Rodrigo- Sim, eu percebi.
Raquel- Eu sei que sim.
Rodrigo- Mas não há problema se for?
Raquel- Claro que não.
A nossa conversa foi interrompida pela entra da Rita no quarto.
Rita- Desculpem interromper. Mas Raquel vamos?
Rodrigo- Estás chateada comigo?
Rita- Depois do que me disseste queres que esteja feliz?
Rodrigo- Oh Prima, fogo.
O Rodrigo levantou-se, deu dois passos e abraçou num abraço bem forte a Rita.
Rodrigo- Só te digo aquelas coisas para o teu bem pequena.
A Rita retribuiu o abraço.
Rita- Eu sei primo.
Rita- Vá, vão se lá despachar eu espero na sala por voçes.
Rodrigo- Está bem.
Vestimo-nos bem rapido, fomos ter com a Rita e fomos na maior das calmas para a praia.

sábado, 3 de novembro de 2012

Just me...

Ela é chata,bastante teimosa,envergonhada,vive no seu mundo, não vive sem os seus amigos,ri-se de tudo, chora por tudo, não demonstra mas sente. Sabe ser fria, mas tambem é super meiga, quando gosta, gosta asério. Adora silêncio mas não dispensa uma boa gritaria com os amigos. É a palhaçinha da família, mas a pessoa mais tímida que possas conheçer. Sonha em encontrar o seu Principe, mas não acredita em finais felizes. Sonha em ser livre, quer ser independente, quer correr o mundo, conheçer novas pessoas. Ama Música, dispensa mentiras, detesta falsidades, confia muito fácilmente, perdo-a sempre que lhe falam. É uma pessoa indecisa, sonhadora, ingénua, passa a vida a sonhar acordada. É trapalhona, não é custume dela pensar duas vezes antes de agir. É demasiado directa, mariquinhas, adora cozinhar. Não passa sem o seu telemóvel. Ama escrever, sonha em ser estilista. Ama a chuva, adora o mar. Detesta terror. É uma pessoa que adora falar. Mas o silêncio é um dos seus melhores amigos. Com muito gosto, esta sou eu...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

24ºCapitulo

Sentei-me no sofá, juntei os joelhos ao peito e abraçei-os, fiquei imenso tempo ali a olhar para o chão, o sono parecia não vir, levantei-me e fui até à janela, olhei para a rua e estava tudo deserto, suspirei, e acabei por voltar para a cama, deitei-me e fechei os olhos.
O quarto já tinha luz, o que queria dizer que o dia já tinha nascido, estava cheia de energia, não é que a noite tivesse corrido muito bem, mas na cama não me apeteçia ficar.
Levantei-me, vesti o bikini, uns calções e um top.
Nem telemóvel levei, sai para a rua, caminhei até à praia grande, assim que pus os pés na areia, começei a correr à beira mar.
Corri imenso, quando dei por mim já estava super longe. Sentei-me por uns curtos minutos para descansar um pouquinho.
Na volta vim a caminhar , as ondas rebentavam lentamente nos meus pés.
Cheguei perto do bar da praia, tirei o top e os calções e fui dar um mergulho, não fiquei muito tempo dentro de àgua, pois a àgua estava fria.
Assim que sai, peguei na roupa que tinha deixado uns metros acima no areal.
Enquanto caminhava até casa ia secando.
Bati à porta, quem me veio abrir a porta foi a minha irmã.
Melissa- Bom dia.
Raquel- Bom dia.
Entrei e vi o pessoal todo a preparaar-se para sair.
Raquel- Então onde é que vão?
Teresa- Iamos agora ter com o resto do pessoal.
João- Não queres vir connosco?
Raquel- Sim sim eu vou, vou só ao quarto buscar as minhas coisas.
Vesti um vestido, peguei na minha mala que tinha tudo o que presisava lá dentro e fui ter com eles.
Saimos todos juntos, encontramo-nos com o pessoal perto da escola de surf. Já lá estavam todos à nossa espera.
Cumprimentamo-nos, decidimos onde iamos e fomos todos até ao bar.
Como ainda não tinha comido nada, pedi o pequeno almoço enquanto eles conversavam.
Quando acabei de comer , fomos todos até à praia e passamos lá o resto da manhã.
Já tinha passado da hora de almoço, e como já tinha tudo fome, fomos até ao restaurante que ficava na associação.
Aquela almoço prolongou-se quase pela tarde toda. No meio de tanta conversa nem demos pelo tempo passar.
Rodrigo- Amor? - Sussurrou-me ao ouvido.
Raquel- Hm.?
Rodrigo- Vamos dar um voltinha amor.
Sorri-lhe e aceneu com a cabeça que sim.
Raquel- Bem, nós vamos só dar uma voltinha.
Melissa- Está bem, juizo.
De mãos dadas fomos passeando pela ilha.
Passamos o resto da tarde juntos, a namorar muito. Ele mostrou-me imensas coisas que ainda nem sabia que existiam na ilha.
Quando a noite caiu, fomos até casa dele, fiquei lá a jantar, conheçi a mãe e a avó dele, eram duas senhoras muito pareçidas e muito simpáticas, ao que pareçe gostaram muito de mim. Conversámos sobre muitas coisas, acho que o primeiro encontro até que correu bem.
Depois do jantar fiquei no quarto com o Rodrigo, ficamos ali juntinhos a ver televisão. O resto do pessoal tinha ido até ao bar, mas nós decidimos ficar em casa.
Adormeci a meio do filme, não é que me senti-se cansada, mas adormeci encostada ao meu amor.
Acordei com um beijo na bochecha. Olhei e vi o Rodrigo a olhar para mim e a sorrir.
Raquel- Oh amor. - Disse corando.
Rodrigo- O que foi princesa?
Raquel- Não gosto que te ponhas a olhar para mim.
Rodrigo- Então porque?
Raquel- Porque fico com cara de parva.
Rodrigo- Tens razão, uma parva linda que eu adoro né?
Ri-me e dei-lhe um beijo demorado.
Rodrigo- Amor, ainda queres ir sair.
Fiz cara feia, por mim ficava ali com ele, só nós dois.
Rodrigo- Já percebi que não.
Raquel- Não me apeteçe amor.
Rodrigo- Ainda bem, a mim tambem não.
Sorri-lhe.
Rodrigo- Queres que te leve a casa ou queres cá ficar?
Raquel- Achas que isso se pergunta?
Rodrigo- Ficas amor? - Disse-me isto com um ar super intusiasmado.
Raquel- Claro que não, quero que me vás levar a casa. - Disse-lhe isto com uma cara muito séria. A expressão dele mudou por completo. Não consegui evitar e começei-me a rir desalmadamente.
Rodrigo- Ok, vamos.
Agarrei-me ao pescoço dele.
Raquel- Mas é claro que fico.
Rodrigo- Tu não me resistes.
Sentei-me e fiquei a olhar para ele com cara de parva.
Rodrigo- É não é?
Raquel- Realmente tens razão.
Ele riu-se e ficou a olhar para mim.
Raquel- Opá, já te disse que não gosto que olhes assim para mim.
Rodrigo- Eu gosto tanto de ti.
Raquel- Oh amor, que querido. - Fui para perto dele e beijei-o.
Rodrigo- Mas é que gosto mesmo Raquel. - Disse-me isto quando me agarrava na cara a olhar-me olhos nos olhos, com uma cara séria.
Beijámo-nos e ficamos abraçados imenso tempo. Sentia-me tão segura nos braços dele, sentia-o tão meu, sentia-me tão dele. Passamos a noite juntos, uma noite calminha e só nossa.
A Rita entrou pelo quarto a dentro, pregando-nos um enorme susto, nós que dormiamos ali agarradinhos até demos um salto da cama.
Rita- Ai não sabia que estavas cá Raquel.
Sorri-lhe.
Rodrigo- O que é que queres?
Rita- Oh Rodrigo, fogo, é presiso seres assim?
Rodrigo- Pronto desculpa. Presisas de alguma coisa?
Começei-me a rir claro.
Rita- Assim está muito melhor.
Rodrigo- Vá diz lá o que é que queres?
Ela sentou nos pés da cama.
Rita- Então é assim. Eu queria preparar qualquer coisa para o Hugo, queria lhe fazer uma surpresa, mas não sei bem o que. E como tu e ele são muito amigos podia..
Rodrigo- Pará já por ai. Já sabes a minha opinião acerca desse assunto, não sei porque é que ainda insistes.
Rita- Porque gosto dele.
Rodrigo- Mas ele não gosta de ti.
Rita- Gosta sim, não me pode ter esqueçido assim do nada.
Rodrigo- Rita, primeiro, se ele gostasse de ti não tinha acabado contigo, e já se passou quase um ano, ele não está nem ai, tu é que ainda estás agarrada a uma coisa que nunca mais vai voltar, a vossa história acabou de vez.
Dito isto a Rita saiu do quarto, não percebi se estava triste ou chateada, mas bem não estava.
Raquel- Oh amor, era presiso isso tudo?
Rodrigo- Era, porque ela não percebe, está agarrada ao passado e não segue em frente.
Raquel- Ela gosta dele é normal que viva naquele ilusão.
Rodrigo- Mas não pode ser.
Raquel- É melhor ir lá ver como é que ela está.
Rodrigo- Ela está bem, já lhe passa.
Dei-lhe um beijo e levantei-me da cama.
Bati à porta do quarto da Rita, mas ela não respondia.
Raquel- Rita? Posso?
Ouvi um voz muito tremida a dizer que sim.

sábado, 13 de outubro de 2012

23º Capitulo


Era tarde, ou será que podia dizer cedo demais, pois já devia de ser de madrugada.
Assim que corri a cortina do quarto, ficou totalmente escuro, corri para a cama e agarrei-me ao meu amor, beijávamo-nos intensamente vezes sem conta, iamos percorrendo o corpo um do outro, a temperatura aumentava, sentia o imenso calor do corpo dele, aos poucos e poucos começamos a despirmo-nos, ficando assim os dois em roupa interior, continuavamos naquele clima de romance. Senti-o demasiado entusiasmado, e ainda não me sentia preparada para dar o próximo passo. Olhei-o nos olhos e ele percebeu logo e lançou-me um olhar super intenso.
Rodrigo- Desculpa amor.
Assim que disse isso, sentou-se na cama.
Raquel- Não amor, eu é que peço desculpa.
Rodrigo- Não amor, não peças, eu entusiasmei-me.
Raquel- Eu reparei amor.
Rodrigo- Queres que me vá embora amor?
Raquel- Não, claro que não, quero que fiques aqui comigo.
Levantei-me e sentei-me no colo dele, beijei-o, agarrei-o na mão e fomos nos deitar, adormeçi nos seus braços.
Acordei primeiro que o Rodrigo, fiquei algum tempo a olhar para ele a dormir, ficava com uma carinha mesmo fofinha.
Não sabia que horas eram, mas não é que me interessase muito, por mim nem saia dali.
Quando ele abriu os olhos deu um grande sorriso.
Rodrigo- Bom dia princesa.
Raquel- Bom dia amorito.
Dei-lhe um beijinho ao de leve.
Rodrigo- Que horas são amor?
Raquel- Já te queres livrar de mim é?
Ele sentou-se olhou para mim.
Rodrigo- Achas mesmo?
Raquel- Não sei diz-me tu.
Rodrigo- Claro que não. - De seguida deu-me um beijo.
Levantei-me, corri a cortina e fui à pequena e unica janela que havia naquele primeiro andar.
O dia estava luminoso, o sol notavasse que já estava forte.
Voltei ao quarto.
Raquel- Vamos lá para baixo.
Rodrigo- Já amor?
Raquel- Sim amor, anda.
Fui até à cama, agarrei-lhe na mão e puxei-o, beijei-o.
Vesti e esperei que ele tambem se vestisse, demos as mãos e descemos para junto do pessoal.
Abri a porta que dava para a sala, na sala não estava ninguem, ouvia as vozes deles ao fundo do corredor, só podiam estar no quintal.
De mãos dadas percorremos o corredor, e sim, estavam todos no quintal, à conversa.
Melissa- Muito bom dia.
Raquel- Bom dia.
Rodrigo- Bom dia pessoal.
Todos juntos disseram-nos bom dia.
Juntámo-nos ao grupo, o almoço correu na perfeição, à tarde demos um pulinho até à praia, mas não ficámos muito tempo. Quando saimos da praia fomos até à escola de surf, ter com os gémeos.
Rafael- Então pessoal?
Hugo- Oi, tudo pessoal?
Rodrigo- Sempre.
Estavamos à conversa quando o Ivo entrou na escola de surf, semi-vestido com aqueles fatos de fazer surf, e como é claro que prancha debaixo do braço.
Ivo- Boas.
Melissa- Olá.
Teresa- Hey
O resto da tarde foi passada com todos nós sentamos à porta da escola à conversa.
Há já algum tempo que não conversavamos tanto, todos juntos, e o clima entre o Rodrigo e o Ivo pareçia bem mais calmo que dos últimos tempos.
O dia correu bem, foi um dia calminho, bem passado claro. Assim que a noite caiu, fomos para casa, mas desta vez o Rodrigo e a Rita tinham ido para a casa deles.
Ninguem estava com vontade de sair, confesso que estava cansada, tinha me deitado super tarde na noite anterior, só queria era dormir.
Assim que o jantar acabou, ajudei a arrumar a cozinha, mas depois fui logo para o meu quarto. Deitei-me na cama, fiquei ali a pensar, a reviver alguns dos momentos que já tinha passado naquelas férias. Principalmente os momentos que tenho vivido com o Rodrigo. Tem sido, perfeitos, é a a única palavra que me vem à cabeça, a única que consegue descrever o que se tem passado. Tem sido tudo tão perfeito, perfeito até demais. Tenho medo que isto tudo acabe, que o perca, sei que não tenho motivos para isso. Mas questionava-me constantemente se o que ele sentia por mim era mesmo amor, se não era só interresse. Tinhas tantas questões na minha cabeça, questões que não conseguia encontrar resposta. No meio de tantos pensamentos acabei por adormeçer. Acordei a meio da noite, olhava para a Melissa que dormia profundamente, dei voltas e voltas e não conseguia adormeçer, pareçia que o sono tinha desaparecido, joguei a mão à mesinha de cabeçeira, senti o telemóvel, carreguei no botão, e a luz do telemóvel acendeu-se, luz essa que quase me cegava. A noite ainda ia a meio, e eu sem sono, com muito cuidadinho para a minha irmã não perceber, levantei-me, abri a porta do quarto muito devagarinho, sai e encostei a porta.
A sala estava escura, fui apalpando as coisas até chegar á janela que ficava mesmo em ao lado do sofà. Corri a cortina, e com a luz que vinha da rua, já conseguia ver por onde andava.

domingo, 30 de setembro de 2012

22º Capitulo

Estavam os dois aos beijos, quase despidos, completamente bêbados.
Rodrigo- Rita?
Raquel- João?
Eles pararam e ficaram a olhar para nós, não disseram nada, desataram a rir, estavam mesmo bêbados.
O Rodrigo agarrou no braço da Rita e puxou-a.
Rita- Calma Primão.
Rodrigo- Calma Rita? Já viste a tua figura?
Rita- Shiuu.
Rodrigo- Tu é que pediste.
Ele pegou nela ao colo e foi a caminho da praia.
A Rita nem se queixou, apenas se desmanchava a rir.
Fui atrás deles, claro que levei o João a reboque.
Quando cheguei perto dele, ele estava a tirar a blusa, voltou a pegar na Rita ao colo e atirou-a para dentro de àgua, despertou logo para a vida, começou logo aos gritos com o Rodrigo.
Raquel- Amor.
Já ele estava ao meu lado a vestir a blusa.
Rodrigo- Passou-lhe logo a bebedeira.
Rita- Estás parvo Rodrigo? A água está gelada.
Desatamos todos a rir, já a Rita estava com cara de chateada. Começou a andar com o passo acelaradissimo.
Rodrigo- Onde é que tu vais?
Rita- Deixa-me.
Quando olhei para o João já ele estava deitado na areia, parecia que estava a dormir.
Raquel- E agora?
Rodrigo- Bom, agora temos que o levar para casa.
Raquel- Pois que remédio.
A muito custo tentamos levanta-lo, mas ele tinha adormecido, o que não ajudava nada, por mais chapadas que lhe dessemos ele não acordava.
Raquel- Amor, isto é normal?
Rodrigo- Não sei amor, acho que sim.
Raquel- Nós não o vamos conseguir levar, a casa fica longe.
Rodrigo- Mas não o podemos deixar aqui.
Raquel- Pois amor, mas não o vamos conseguir levar.
Rodrigo- Mas esta gente não pensa, para que apanhar estas bebedeiras.
Raquel- Vais me dizer que nunca apanhaste uma?
Rodrigo- Claro que já, mas não ao ponto de adormecer e de fazer figuras, sei quando tenho que parar.
Raquel- Amor, eu vou ao bar pedir ajuda e aproveito e chamo a Melissa.
Rodrigo- Está bem amor, mas cuidado.
Abanei a cabeça como que a dizer que sim, que ia ter cuidado, dei-lhe um beijo e fui ao bar.
Quando lá cheguei já não estava muita gente, procurei a Melissa, lá estava ela, sentada a beber, fui lá ter com ela, contei-lhe o que se estava a passar e não me parece que tenha percebido tudo o que disse, sim porque ela também já não estava muito bem. Agarrei-lhe na mão e trouxe-a a reboque, fui ao balcão, por sorte estava lá o David, pedi-lhe por tudo que me ajudasse a levar o João a casa, claro que ele não negou, mas pediu-me para esperar 10 minutos, pois o turno dele estava mesmo a acabar.
Esperei por ele e fomos ter com os rapazes.
O Rodrigo não fez boa cara ao ver o David, mas não resmundou, nem foi muito antipático com ele.
Entre os dois lá conseguiram por o João em pé, demoramos algum tempo a chegar a casa, assim que abri a porta eles foram po-lo em cima da cama dele.
A Teresa deve de ter ouvido barulhos e foi ver o que se passava.
Teresa- Então?
Suspirei.
Raquel- Desidiu tudo beber hoje.
Teresa- Mel? Tu também?
A minha irmã desatou à gargalhada.
Teresa- Anda cá Mel, vamos por te na cama.
Não sei como é que a Teresa tem paciência para aturar as bebedeiras de todos.
O Rodrigo e o David vieram ter comigo.
Rodrigo- Pronto.
Raquel- Obrigada David.
David- Oh de nada.
Rodrigo- Ya, obrigado.
David- Na boa, já sabem, sempre que precisarem é só dizer.
Raquel- Oh muito Obrigada asério, se não fosses tu não nos safavamos.
David- Lá isso é verdade, mas foi na boa, mas vá, eu vou andando. Até amanhã.
Despedi-me dele e fechei aporta.
Rodrigo- Adeus, até nunca.
Raquel- Oh Rodrigo.
Rodrigo- Não gosto da mania daquele gajo.
Raquel- Mas qual mania?
Rodrigo- Não vês ele a armar-se todo?
Raquel- Amor, não faças filmes. Vá deixa lá isso. - Agarrei-o e beijámo-nos.
Sentámo-nos um bocadinho a namorar.
Raquel- Amor?
Rodrigo- Hum?
Raquel- E a Rita?
Rodrigo- É verdade.
Raquel- Fazes ideia de para onde é que ela foi?
Rodrigo- Espero que tenha ido para casa.
Raquel- Achas?
Rodrigo- Decerteza que foi, estava toda molhada, não me parece que tenha ido a algum sitio naquele estado.
Raquel- Sim, realmente também acho.
Rodrigo- Amor, já é tarde.
Raquel- Tens mesmo que ir amor?
Rodrigo- Ter não tenho.
Raquel- Queres ficar?
Rodrigo- Isso é um convite?
Raquel- O que é que te pareçe?
Rodrigo- Hum, não sei diz me tu. - Disse-me isto enquanto me agarrava com força contra ele.
Abanei a cabeça como que a dizer que sim, beijámo-nos cheios de desejo.
Aquele momento tinha de ser interrompido, coube à Teresa interromper.
Teresa- Hum, desculpem.
Olhei para ela.
Raquel- Não interrompes nada.
Teresa- Notasse. Bem, eu vou me deitar já é tarde.
Raquel- Está bem. Boa noite.
Teresa- E voces deviam de ir fazer o mesmo. Dormir claro.
Eu e o Rodrigo começamos a rir.
Teresa- Vá boa noite. Juizinho.
Rodrigo- Boa noite.
Raquel- Boa noite Teresa.
Assim que a Teresa fechou a porta do quarto, o Rodrigo agarrou-me.
Rodrigo- Enfim sós.
Raquel- Finalmente.
Rodrigo- Sabe tão bem acabar o dia aqui agarradinho a ti.
Raquel- Acabar e acordar.
Rodrigo- Sim, essa é a melhor parte.
Raquel- Vamos amor?
Rodrigo- Para aonde?
Raquel- Achavas mesmo que ias dormir no sofá?
Rodrigo- E não vou?
Raquel- Não não vais.
Agarrei-lhe na mão e caminhei na direção à porta que dava para as escadas, que davam para o primeiro e ultimo andar da casa.
Rodrigo- Bem, não sabia que isto tinha primeiro andar.
Levei-o para o quarto de casal, assim podiamos dormir juntinhos como na noite anterior.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

21º Capítulo

Não demorámos muito a chegar à ponte, o pessoal estava lá aos saltos, rapidamente nos juntámos a eles, a àgua estava ótima, quentinha e calminha, saltámos imensas vezes, apanhámos um bocado de sol também , sentámo-nos no café que é bem perto da ponte, foi uma boa tarde, divertimo-nos bastante, rimos muito, ficámos lá até escurecer, mas depois fomos andando para casa, o Rodrigo e a Rita jantaram connosco, entre todos fizemos o jantar rapidinho, jantámos nas calmas, depois do jantar ainda ficámos ali um bocado sentados à conversa, mas acabámos por nos levantar e arrumar a cozinha, como todos ajudaram foi mais rápido que o habitual.
Rafael- Bem, pessoal, vamos sair?
João- Onde é que queres ir?
Rafael- Sei lá, mas não me apetece nada ficar em casa.
Melissa- Sim, a mim também não.
Raquel- Então onde é que querem ir?
Teresa- Rodrigo e Rita, vocês é que conhecem isto aqui.
Rita- Para ser sincera aqui não há muito para ver.
João- Oh, mas decerteza que há algum sitio fixe onde possamos ir.
Rodrigo- Epá não me ocorre nada.
Rafael- Bora até ao bar e depois já se vê.
João- Ya, fazemos isso.
Teresa- Sim, por mim pode ser.
Raquel- Então vamos lá.
Melissa- Então e não tomamos banho e mudamos de roupa?
Rafael- Melissa, não vais a nenhum baile, vamos só ao bar.
Melissa- Então mas não interessa.
Teresa- Vamos já assim.
João- Estão bem assim meninas.
Raquel- Sim mana, vamos já assim.
A minha irmã revirou os olhos, mas acabou por sair assim vestida.
Fomos sempre a rir com as palhaçadas uns do outros, este grupo é sempre divertido.
Quando lá chegámos, aquilo estava cheio, o que era de estranhar porque em dias de semana não custuma haver tanta gente, mas também estavam lá muitos estrangeiros, e no mês de Agosto há sempre muito mais movimento no Algarve.
A muito custo lá encontrámos uma mesa, iamos tirando as cadeiras desocupadas das outras mesas, sentámo-nos todos e pedimos as bebidas, bebidas essas que demoraram um montão de tempo a chegar, como aquilo tinha bastante movimento o barman, coitado não tinha mãos a medir.
Melissa- Isto cheio de rapazes giros e estrangeiros e eu aqui toda mal vestida.
Todos nós nos rimos do que a minha irmã tinha acabado de dizer.
Teresa- Não sejas tonta, estás bem assim.
Melissa- Oh sim, linda.
Rita- Pessoal isto hoje está ao rubro, isto é para curtir a noite toda.
João- Concordo plenamente.
Assim foi, dançámos imenso, mas também bebemos muito, o Rafael já cá não estava, ou seja já tinha bebido que chegue naquela noite, o João estava a ir pelo mesmo caminho, a Melissa levou a noite a beber e a dançar, a Rita fazia exactamente o mesmo, talvez estivesse um bocadinho pior que a Melissa, sim porque a Rita notava-se que já estava com uma bebedeira em cima, fiquei sentada ao colo do Rodrigo, ficámos a namorar.
A Teresa veio ter comigo e com o Rodrigo, vinha a agarrar o Rafael que quase que não se aguentava em pé.
Teresa- Bem, eu vou andando para casa, ele já bebeu que chegue.
Rodrigo- Queres que vá contigo ajudar-te a levá-lo?
Teresa- Oh não te preocupes, eu consigo, Obrigada na mesma.
Raquel- Tens a certeza?
Teresa- Sim olha, olhem pela Melissa, ela já está a beber mais do que devia.
Raquel- Sim, eu olho por ela.
Teresa- Vá meninos até manhã.
Rodrigo- Até manhã.
A Teresa foi andando com o Rafael, e eu estava ali com o meu amor, mas sempre de olho na Melissa.
Rodrigo- Estás a ver a Rita?
Raquel- Não, nem o João, mas a Melissa está ali.
Rodrigo- Onde é que será que anda aquela miúda?
Raquel- Porquê tanta preocupação?
Rodrigo- Porque a Rita está sempre metida em confusões, então tenho de andar sempre atrás dela.
Raquel- Queres ir procurá-la amor?
Rodrigo- Acho que é melhor amor.
Raquel- Está bem, vamos lá.
Sempre de mão dada demos voltas ao bar para ver se a viamos, e nada, nem sinal dela nem do João.
Rodrigo- Vamos lá fora pode ser que esteja lá fora.
Não lhe respondi, limitei-me a ser puxada por ele.
Demos a volta ao bar e nada.
Rodrigo- Onde é que ela se meteu.
Raquel- Achas que pode ter acontecido alguma coisa?
Rodrigo- Espero que não.
Ouvimos um barulho, parecia ser alguma coisa a cair, o barulho vinha da arrecadação do bar.
Rodrigo- Anda.
Raquel- Mas deve de ser algum empregado ou assim.
Ele agarrou-me na mão e puxou-me na direção da arrecadação.
O Rodrigo abriu a porta e nem eu nem ele estávamos a acreditar no que estávamos a ver.


domingo, 23 de setembro de 2012

20º Capitulo

Acordei com o meu amor a olhar para mim, sorri-lhe dei-lhe um beijo ao de leve.
Rodrigo- Bom dia princezinha.
Raquel- Bom dia amor.
Ficámos algum tempo a namorar, tinhamos que aproveitar aquele momento só nosso.
Rodrigo- Amor, vamos tomar o pequeno almoço?
Abanei a cabeça como que a dizer que sim.
Quando ele se ia a levantar, puxei-o para mim.
Raquel- Amor, não quero.
Ele riu-se e beijou-me.
Rodrigo- Não queres amor?
Raquel- Não, quero ficar aqui agarradinha a ti.
Rodrigo- Queres amor?
Raquel- Quero.
Deitei-me por cima dele, ficámos ali o resto da manhã, conversámos, namorámos bastante, rimos um com o outro, estáva tudo perfeito.
Já era hora de almoçar, e já estavamos cheios de fome. Só mesmo a fome para me tirar da cama.
Leventámo-nos, ajudei-o a arrumar a cabana, fizemos a cama, levantámos os pratos, deixamos tudo arrumadinho, depois saimos dali de mão dada até ao bar da praia.
Raquel- Oh amor.
Rodrigo- Sim.
Raquel- De quem é aquela cabana?
Rodrigo- De um amigo meu.
Raquel- Ah, está bem.
Rodrigo- Gostas-te amor?
Raquel- Não.
Rodrigo- Não?
Raquel- Amei amor, foi perfeito.
Ele esboçou um enorme sorriso, adorava vê-lo com aquele sorriso na cara.
Sentámo-nos numa mesa, pedi-mos o nosso almoço, e rápidamente começamos a comer.
Rodrigo- Então, e o que é que a menina quer fazer agora?
Raquel- Ir a casa trocar de roupa, vestir o bikini e depois não sei.
Rodrigo- Queres ir à praia?
Raquel- Para ser sincera não me apetece muito.
Rodrigo- Então para que o bikini?
Raquel- Para ir à água.
Rodrigo- Sem ires à praia?
Raquel- Não totó, podemos ir à ponte.
Rodrigo- Boa ideia, parece-me bem.
Sorri-lhe e continuei a comer.
Assim que acabamos levantámo-nos e saimos em direção à minha casa.
Quando cheguei, bati à porta, quem abriu foi o João.
João- Bons olhos a vejam menina Raquel.
Ri-me.
Raquel- Bom dia João.
João- Bom dia meninos.
Entrámos e lá estava o pessoal todo a almoçar.
Disseram todos bom dia em coro.
Teresa- São servidos?
Rodrigo- Não obrigado, acabamos de almoçar agora.
Melissa- E que tal essa noite?
Raquel- Foi boa.
Melissa- Espero que tenham tido juizo.
Fiz um olhar à minha irmã, como que a dizer-lhe para ela se calar, e foi exactamente o que ela fez, calou-se.
Rafael- Nós vamos ver um filme, querem ver connosco?
Olhei para o Rodrigo, ele abanou a cabeça a dizer que sim e claro que também respondi que sim.
Teresa- Talvez depois vámos à praia mais lá para a tarde.
Raquel- Porque não irmos à ponte?
João- Boa ideia, é diferente de praia.
Melissa- Sim por mim pode ser.
Fui me sentar com o Rodrigo na sala, esperamos que eles acabacem de comer para depois irmos ver o filme.
Assim que se despacharam do almoço foram logo ter connosco para começar-mos a ver o filme.
O filme começou a dar, e logo percebi que era de terror, eu detesto filmes de terror, talvez por ser um bocadinho medrosa, levei o filme quase todo agarrada ao Rodrigo, ele ia-se rindo de mim, assim que acabou, reclamei logo com o resto do pessoal, eu detestava aqueles filmes.
Rafael- Vá pequena não fiques assim.
Raquel- Eu não gosto desses filmes. -Disse isto com cara de amuada.
Rodrigo- Tu és é uma mariquinhas amor.
Raquel- Não sou nada.
Rodrigo- És sim. - Beijou-me logo em seguida.
Teresa-Bom, vamos à ponte?
Raquel- Sim vamos. Eu vou ligar à Rita a perguntar se ela quer ir lá ter.
Rodrigo- Oh amor, eu ainda tenho que ir a casa trocar de calções.
João- Então nós vamos andando e vocês já lá vão ter.
Raquel- Está bem.
Foi o que fizemos, fomos a casa do Rodrigo, enquanto ele foi trocar de calções fui ter com a Rita ao quarto.
Bati e ela respondeu a dizer para entrar.
Rita- Raquel.
Raquel- Hallo.
Rita- Então por aqui?
Raquel- Sim, vim te perguntar se não queres vir connosco até à ponte, vamos ter com o pessoal.
Rita- Sim eu vou, não tenho mais nada para fazer.
Raquel- Ainda bem.
Enquanto ela ia vestindo o bikini iamos conversando sobre a noite de ontem, contei-lhe o que é que o Rodrigo me tinha feito, e claro que ela ficou de boca aberta, acho que nem ela sabia daquele lado tão romântico do primo.
Rita- Mas isso é tão querido. Oh meu deus, o meu primo é uma caixinha de surpresas.
Raquel- Foi tudo tão perfeito Rita.
Rita- Então mas vocês dormiram juntos?
Raquel- Sim claro.
Rita- Mas vocês?
Raquel- Não, namorámos, dormimos juntinhos, mas isso não.
Rita- Ah, desculpa perguntar.
Raquel- Não faz mal.
Rita- Pronto estou despachada, vamos embora!
Saimos do quarto e o Rodrigo já estava sentado no sofá à nossa espera.
Rodrigo- Finalmente.
Rita- Olá tambem para ti oh.
Rodrigo- Olá priminha. - Dando-lhe logo de seguida um beijo na testa.
Saimos ao encontro do resto do pessoal.

domingo, 16 de setembro de 2012

19º Capitulo

Fiquei sem saber o que dizer, despedi-me da minha amiga e desliguei o telemóvel.
Raquel- Ivo?
Ivo- Posso entrar?
Não era o melhor momento para termos uma conversa, mas já que ele ali estava, e tinha sido ele a tomar a iniciativa, claro que iamos falar.
Raquel- Entra.
Ele entrou cuidadosamente, notava-se que estava um bocadinho nervoso.
Fechei a porta e virei-me para ele. Ficámos a olhar um para o outro.
Raquel- Bem, senta-te.
Ele sentou-se, não sabia o que dizer, e apercebi-me que ele tambem não sabia como começar.
Raquel- Eu não tenho muito tempo Ivo.
Ivo- Eu também vou ser rápido.
Raquel- Está bem.
Ivo- Antes de mais queria pedir te desculpa, sei que falei muito mal contigo ontem, desculpa Raquel, eu não queria dizer aquelas coisas, estava de cabeça quente e...
Raquel-Esquece isso Ivo, já passou.
Ivo- Já passou mas mesmo assim.
Raquel- Asério esquece, eu só quero que as coisas fiquem bem, quero que o grupo volte a ser o que era, quero que tudo fique bem.
Ivo- Pois, mas isso eu já não sei, vim pedir te desculpa, mas isso não quer dizer que deixe de gostar de ti.
Raquel- Ivo, tu não gostas de mim, tu nem me conheces.
Ivo- Gosto de ti sim Raquel.
Raquel- Oh Ivo.
Ivo- Desculpa Raquel, mas os meus pais sempre me ensinaram a correr atrás dos meus sonhos, e é isso que pretendo fazer.
Raquel- O que é que queres dizer com isso?
Ivo- Que vou lutar por ti, e que não vai ser o Rodrigo que me vai impedir.
Raquel- Mas tu não entendes?
Ivo- Entendo que gosto de ti e que vou lutar por ti.
Raquel- Não Ivo, eu gosto do Rodrigo, por favor Ivo.
Ouvimos alguém a bater à porta, de certeza que era o Rodrigo, o meu coração acelarou por completo, não era nada boa ideia o Rodrigo ver o Ivo lá em casa.
Raquel- É o Rodrigo.
Ivo- Abre.
Abri a porta e o Rodrigo beijou-me.
Rodrigo- Pronta?
Olhei para ele, ele olhou em frente e viu o Ivo.
Rodrigo- O que é que ele faz aqui?
Raquel- Ele..
Ivo- Olá Rodrigo, bem eu já estava de saida, bom aproveitem a noite.
O Ivo caminhou em direção à porta, desviou-se e foi se embora.
Rodrigo- O que é que ele queria?
Raquel- Pedir desculpa.
Rodrigo- Só pedir desculpa?
Raquel- Sim amor. Mas deixa isso, vamos jantar?
O Rodrigo não fez boa cara, mas não queria nada que aquela visita inesperada do Ivo nos estragasse a noite.
Raquel- Vá amor, anda.
Rodrigo- O que é que ele te disse?
Raquel- Só me veio pedir desculpa, está tudo bem asério Rodrigo, isto não vai estragar a nossa noite pois não?
Sorriu-me, mas percebi pelo olhar dele que aquele momento lhe tinha deixado chateado, mas não toquei mais no assunto.
Rodrigo- Não vai não, já estás pronta?
Raquel- Sim, claro que sim, vou só buscar as minhas coisas.
Demos as mãos e saimos.
Raquel- Então amor? Onde é que vamos jantar?
Rodrigo- Surpresa.
Raquel- Oh amor, não sejas mau. Diz lá.
Rodrigo- Se disser deixa de ser surpresa.
Raquel- Oh, mas amor... - Calou-me com um beijo.
Andámos ainda uns minutinhos, chegámos à praia. Fiquei sem perceber.
Raquel- Amor, vamos jantar na praia?
Rodrigo- Shiuu amor, espera, anda.
Agarrou-me na mão e puxou-me na sua direção, caminhámos no areal, subimos pelas dunas acima, e lá estava uma pequena cabana, toda em madeira, olhei para ele e sorri.
Andámos até à pequena cabana, o Rodrigo tapou-me os olhos com as suas mãos, guiou-me até à parte de trás da cabana.
Rodrigo- Pronto amor. - Destapou-me os olhos.
Fiquei encantada com o que estava a ver, uma mesinha , dois puff´s velinhas por todo o lado, uma cena mesmo à filme.
Raquel- Amor.
Rodrigo- Então, gostas?
Virei-me para ele, e beijei-o imensas vezes.
Raquel- Claro que sim amor, está lindo.
Rodrigo- Eu sabia que ias gostar princesa.
Sentei-me no puff, aquilo estava super romântico, nem imaginava que o Rodrigo fosse assim tão romântico.
O Rodrigo sentou-se.
Rodrigo- Vamos comer amor?
Raquel- Claro amor.
O jantar demorou, iamos conversando, namorando, comendo, ou seja, estava tudo perfeito.
Levantei-me e fui me sentar no colo do meu principe.
Rodrigo- Amor, ainda tenho mais uma surpresa.
Raquel- Ai sim?
Rodrigo- Anda amor.
Levantei-me e ele deu-me a mão, caminhou até à porta da cabana.
Rodrigo- Espero que gostes.
Abriu a porta e mais uma vez me deixou sem reação, a cabana também ela cheia de velinhas brancas espalhadas por todo o lado, pétalas de rosa espalhadas pela pequena cabana, uma cama ao fundo da cabana, também ela cheia de pétalas de rosa.
Olhei para ele, acho que fiquei um bocadinho assustada ao ver a cama.
Rodrigo- Calma amor, não é isso que estás a pensar.
Raquel- Oh amor.
Rodrigo- Passas a noite comigo?
Fiquei a olhar para ele, o meu coração tinha parado, era demasiado cedo, e não me senti-a preparada para aquilo.
Raquel- Rodrigo.
Rodrigo- Calma amor, não é nada disso que estás a pensar.
Raquel- Ai não?
Rodrigo- Não amor, dormirmos juntos, namorármos, Raquel, eu não te vou obrigar a nada, só vamos dormirmos juntos, agarradinhos um ao outro.
Raquel- Desculpa amor.
Ele riu-se.
Rodrigo- Amor, não tens de me pedir desculpa, eu não sou assim.
Raquel- É que eu..
Rodrigo- Shiuuu... - Beijou-me intensamente.
Rodrigo- Amor, eu espero.
Raquel- E se for muito tempo?
Rodrigo- Eu espero.
Raquel- E se eu não conseguir?.
Rodrigo- Se não conseguires amor, tens tempo, não é preciso apressar nada, acontece.
Beijei-o, ele pegou-me ao colo, deitou-me lentamente na cama, ficámos ali a namorar, sem dizer uma única palavra, agarradinhos aos beijinhos à luz das velas, não havia noite mais perfeita.
O meu telemóvel começou a tocar, quem será que era que estava a estragar o momento.
Levantei-me a muito custo da cama, corri até ao telemóvel, era a minha irmã, atendi, ela estava preocupada, realmente tinha me esquecido de lhe ligar a avisar que não ia dormir a casa, mais uma vez disse-me para ter juizo, coisa que não me falta.
Voltei para a cama, deitei-me ao lado do meu principe, conversámos um bocado, mas acabei por adormecer com as festinhas que ele me fazia no cabelo.



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

18º Capítulo

Acordei com o Hugo a falar, não percebia nada do que ele dizia, estava tão ensonada.
Hugo- Vá meninas, tenho que ir para a escola de surf.
A muito custo levantei-me, quase que caía das escadas, motivo que fez a Rita desatar à gargalhada durante imenso tempo, claro que me ri com ela.
Estava tudo com cara de sono, mas tinhamos mesmo de nos levantar, os gémeos tinham mesmo de se despachar.
Enquanto pegava nas minhas coisas, reparei que o Ivo estava parado à porta do quarto a olhar-me, olhei para ele e ele desviou o olhar. Suspirei e começei a andar em direção à porta. Encontrei-me com o Rodrigo lá em cima, ele beijou-me enquanto o Ivo nos observava, aquela situação não parecia ter melhoras, não ia dizer mais nada ao Ivo, caminhei e meti-me no barco com a Teresa, o Rafa e a minha irmã. O Hugo levou-nos até à ponte. Ficámos à espera do resto do grupo, já todos juntos fomos andando pela passadeira, de mão dada com o Rodrigo iamos trocando risinhos e beijinhos.
Os gémeos despediram-se de nós e aceleraram o passo, ainda queriam ir a casa tomar um banho para depois irem para a escola de surf.
Fomos andando nas calmas, o Rodrigo e a Rita foram connosco, chegámos, pusemos as coisas no chão e sentámo-nos todos no sofá.
Teresa- Bem, vamos comer qualquer coisa?
Rafael- Boa ideia amor.
Melissa- Sim, vamos.
Eles levantaram-se todos do sofá, todos menos eu, fiquei ali deitada, acabando assim por adormecer.
Senti tocarem-me no braço, abri os olhos e vi o Rodrigo a olhar para mim, sorri-lhe.
Rodrigo- Então princesa?
Puxei-o e dei-lhe um beijo demorado.
Ficámos ali a namorar enqunto o pessoal tomava o pequeno almoço.
A minha irmã entrou na sala.
Melissa- Posso?
Raquel- Claro.
Melissa- Apetece-me ir à praia.
Raquel- Agora?
Melissa- Sim, vem lá mana
.
Raquel- Porque é que não vais com a Teresa?
Melissa- Porque ela e o Rafa vão passar o dia a namorar, e não quero fazer de vela o dia todo, apesar de que contigo seja a mesma coisa.
Raquel- Até parece.
Rodrigo- Se quiseres vai amor, não me importo.
Por mim ficava o dia inteirinho a namorar com o meu principe, mas não queria que a minha irmã ficasse chateada.
Melissa- Passamos o dia juntas como custumávamos fazer.
Raquel- Está bem.
Agarrei-me ao Rodrigo, não me apetecia nem um bocadinho deixá-lo.
Levantei-me e fui buscar a minha mala, mas rapidamente voltei para o colo do Rodrigo.
Raquel- Oh amor.
Rodrigo- Eu sei amor, não quero que vás, mas ela é tua irmã, eu percebo.
Raquel- Amor, mas ainda estamos juntos hoje sim?
Rodrigo- Claro que sim amor, olha vamos jantar fora sim?
Dei um enorme sorriso.
Raquel- Claro que sim amor. - Preguei-lhe um mega beijo.
Melissa- Bem, vamos?
Raquel- Sim vamos.
Fiquei triste por não poder passar o dia com o meu principe, mas ainda tinhamos as férias todas pela frente, tinhamos muito tempo para namorar, e além disso iamos estar juntos mais logo.
Levantei-me, mas ele agarrou-me na mão e puxou-me para o colo dele dando-me um beijo cheio de desejo.
Melissa- Oh meninos, vocês vão ter muito tempo para essas coisas mais logo, agora vamos lá Raquel.
Raquel- Vá amor.. - Voltamos a beijarmo-nos.
Rodrigo- Pronto, vai lá então. Pode ser que dê um saltinho à praia mais daqui a pouco.
Raquel- Sim amor, faz isso.
Fui lá dentro numa fugida dizer adeus ao pessoal, e saí com a minha irmã.
Conversámos o caminho todo, sobre muita coisa, aproveitámos e ligámos à nossa mãe, ai que saudades da mamã, e da comida da mamã.
Estendemos as toalhas e deitámo-nos ao sol, iamos conversando, bem que precisavamos daquilo, à muito tempo que não o faziamos, conversar, ou seja, tirar um dia só para nós.
Raquel- Anda mana, vamos à água.
Melissa- Sim, vamos.
Demos uns mergulhos, e voltámos para a toalha, mesmo a tempo de atender o telemóvel.
Era a Rita.
Rita- "Raquel?"
Raquel- "Sim, diz."
Rita- "Estás na praia?"
Raquel- "Sim estou."
Rita- "Com a tua irmã certo?"
Raquel- "Sim, mas porque?"
Rita- "Hum, precisava de falar contigo, mas sendo assim, falamos depois divirtam-se."
Nem me deu tempo de responder, desligou o telemóvel, fiquei preocupada com ela.
Melissa- Então? Quem era?
Raquel- A Rita. Melissa- O que que ela queria?
Raquel- Não percebi, acho que queria falar comigo.
Melissa- Hum pois, mais uma vez queria que fosses ter com ela.
Não estava a tomar muito atenção ao que a minha irmã estava a dizer, tinha ficado preocupada com a Rita, estava com uma voz triste, desligou logo o telemóvel, aquilo não era coisa dela.
Melissa- Estás me a ouvir?
Olhei para a minha irmã.
Raquel- Estou sim.
Melissa- Devias de estar sim.
Raquel- Olha, vamos mas é ao bar almoçar, estou cheia de fome.
Melissa- Pois, tu nem comeste nada.
Raquel- Vá anda.
Agarrei nas minhas coisas e esperei que a minha irmã fizesse o mesmo.
Caminhamos até ao bar. Sentámos nos na esplanada do areal.
Quem nos veio atender foi o David, fez-nos um grande sorriso quando nos viu.
David- Hum, meninas, à quanto tempo?
Melissa- Olá.
Raquel
- Olá.
David- Não vos tenho visto.
Melissa- Pois não temos estado cá na ilha.

David- Não? Então fartaram-se?
Melissa- Não, claro que não, mas fomos velejar por ai com uns amigos.
David- Acho que fizeram muito bem.
Sorrimos-lhe.
David- Bem, o que é que as meninas vão querer?
Raquel- Uma tosta mista e uma limonada.
Melissa- Bem, pode ser, um pão de leite tostado e um ice-tea de pêssego.
David- Hum, ok ok, 5 minutos.
Assim que ele virou costas a minha irmã começou logo a falar.
Melissa- Só eu é que não arranjo uma beldade destas.
Raquel- Oh..
Melissa- Até a minhã irmã mais nova tem namorado, aliás todos estão felizes menos eu, tens dois bonzões atrás de ti. Só eu não tenho ninguém.
Raquel- Ai Melissa, não começes com essas coisas, aconteceu, mas vais ver que ainda vais encontrar alguem, este Verão.
Melissa- Espero que sim, vou fazer por isso, estou farta de ter de esperar, quero arriscar um bocado.
Raquel- Acho bem, mas vê-la onde é que te metes.
Melissa- Não te preocupes.
Raquel- Espero não ter de me preocupar.
Melissa- Bem, e tu e o Rodrigo?
Raquel- Sim, o que tem?
Melissa- Estão bem?
Raquel- Oh, sim claro que sim.
Melissa- E tu e ele?
Raquel- Não, não começes com essas coisas.
Melissa- Oh, sabes que..
Raquel- Esqueçe, não vamos falar disso.
Melissa- Ai Raquel, sou tua irmã mais velha, tenho de te prevenir.

Raquel- Não tens de prevenir de nada, até pareçe que não me conheçes.
Melissa- Ai pronto, andas muito estranha tu.
Raquel- Como queiras.
Levantei-me e fui pagar a conta, a Melissa veio logo atrás de mim fazer o mesmo, saimos do bar e voltámos para a praia.
Deitei-me na minha toalha, de fones nos ouvidos, de música aos altos berros, desliguei-me do mundo.
Devo de ter adormeçido, acordei com o Rodrigo deitado em cima de mim, completamente molhado, dei um enorme grito, as pessoas à nossa volta ficáram todas a olhar, bem, mas que vergonha.
Raquel- Estás gelado. - Gritei-lhe ensonada.
Rodrigo- Olá princesinha.
Raquel- Fogo, assustaste-me.
Olhei para cima e já lá estava o pessoal todo, nem tinha dado por nada.
Raquel- Amor, sai de cima de mim.
Empurrei-o para a areia, como estava molhado ficou cheio de areia.
Rodrigo- Viste o que acabaste de fazer?
Desatei a rir com a cara dele a tentar fazer cara séria.
Raquel- Queres mais é?
Rodrigo- Experimenta só.
Enchemo-nos de areia, pareciamos umas crianças a brincar com areia, tinha areia em todo o lado, mas claro que ele não se ficou a rir, ele ficou pior que eu, dos pés à cabeça.
Corremos os dois para dentro de água, fiquei imenso tempo dentro de água a tentar tirar a areia da cabeça.
Claro que aproveitamos para namorar um bocadinho, longe do olhar do grupo.
Quando saimos de dentro que água continuavamos na brincadeira, juntámo-nos ao grupo, estavam a jogar às cartas, e ao que pareçe estava a ser divertido, esperámos que aquele jogo acabasse para entrarmos no próximo.
A tarde passou bem rápido, fui andando para casa com o Rodrigo, iamos jantar fora, um momento só para nós.
Chegámos à porta da minha casa.
Rodrigo- Amor, vou tomar um banho e já te venho buscar.
Raquel- Sim, eu também vou fazer o mesmo.
Demos um beijo e ele foi se embora, entrei e começei a despachar-me.
Despachei-me em menos nada, estava cheia de energia, deve de ter sido de ter dormido à tarde.
Estava ao telemóvel com uma amiga minha, por a conversa em dia, quando ouvi baterem à porta. Devia de ser o Rodrigo.
Abri a porta, e não não era o Rodrigo, fiquei imenso tempo sem reação.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

17ºCapitulo

Desci as escadas, o pessoal olhou todo para mim.
Rita- E o Rodrigo? Está bem?
Raquel- Sim, está mais calmo.
Melissa- E tu? Estás bem?
Raquel- Sim estou.
João- Tu e ele?
Raquel- Sim João.
Rafael- Então mas, isso quer mesmo dizer que vocês estão mesmo juntos né?
Teresa- Sim amor estão.
João- E nós que não tinhamos desconfiado de nada.
Melissa- Porque vocês são tótós, e não reparam nessas coisas.
Rafael- Bem, mas Raquel, vê lá ai os gajos, qualquer coisa diz-me que eu parto-lhes a cara.
Rita- Ai que violência.
Raquel- Sim Rafa, não te preocupes.
Raquel- O Hugo está lá dentro com o Ivo?
Rita- Sim, está.
A porta abriu-se, o Hugo saiu de lá de dentro, voltou a fechar a porta.
Melissa- Então?
Hugo- Bem...
Rita- Sim..
Raquel- Ele está bem?
Hugo- Bem está, mas está todo lixado.
Raquel- Eu vou lá.
Hugo- Tens a certeza?
Raquel- Sim tenho.
Hugo- Pronto vai lá. -O Hugo desviou-se da porta.
Abri a porta devagar, entrei e voltei a fechar a porta. Não tinha muito jeito perguntar, mas...
Raquel- Posso?
Ivo- Já entras-te.
Caminhei na direção dele, sentei-me ao lado dele.
Raquel- Estás bem?
Ele olhou para mim, dum instante desviou o olhar.
Raquel- Oh Ivo.
Ivo- O que é que queres que te diga? Que estou bem se não estou?
Raquel- Não, só quero que entendas e que pares.
Ivo- Pois.
Bem, aquela conversa não estava a correr nada bem. Não sabia o que dizer com medo das respostas dele.
Raquel- Podias ter mais calminha não?
O Ivo virou-se de frente para mim.
Ivo- Calma Raquel? Vocês os dois andaram a gozar com a minha cara.
Raquel- Ai sim?
Ivo- Ya, estavam juntos e não me disseram nada, andei a fazer figura de Otário.
Raquel- Desculpa, não era essa a nossa intensão, não queriamos contar logo ao pessoal, queriamos ver se era a sério.
Ivo- E é a sério?
Raquel- Sim é, nós gostamos um do outro.
Ivo- E estás aqui a fazer o quê?
Raquel- Queria falar contigo.
Ivo
- Querias? Ou querias humilhar-me ainda mais?
Raquel- Claro que não Ivo, por amor de Deus, pára de ser assim, eu só quero que as coisas fiquem bem, quero que o grupo seja o que era, por favor Ivo, não sejas assim.
Ivo- Raquel, achas mesmo que isto vai ser o que era?
Raquel- Porque não?
Ivo- Porque estás com o Rodrigo.
Raquel- E o que é que isso tem a ver?
Ivo- Esquece, não vais perceber.
Raquel- Se não me contares claro que não vou perceber.
Ivo- Esquece isso, que sejam muito felizes.
Levantou-se bruscamente e saiu do quarto batendo a porta com força, deu-me uma enorme vontade de chorar, fiquei ali sentada na cama com as mãos na cara, a minha irmã a Teresa e a Rita entraram e sentáram-se a meu lado.
Rita- Não fiques assim, o Ivo é um parvo.
Não conseguia parar de chorar, eles estavam chateados por minha culpa, sentia-me péssima, estaria eu a estragar uma grande amizade?
Elas iam falando comigo, iam-me acalmando, parei de chorar, mas continuava com aquele sentimento de culpa pelo que se estava a passar. O Rodrigo entrou no quarto, veio direito a mim, a Rita desviou-se dando assim lugar para o Rodrigo se sentar ao meu lado, abraçou-me com imensa força.
Melissa- Ficas com ela?
Rodrigo- Sim claro.
Elas sairam do quarto e fecharam a porta, fiquei agarrada ao Rodrigo imenso tempo.
Rodrigo- Então princesa?
Continuava abraçada a ele sem dizer uma única palavra.
Rodrigo- Tem calma, está tudo bem.
Afastei-me e fiquei a olhar para ele, ainda com os olhos molhados.
Raquel- Não não está Rodrigo.
Ele passou as suas mãos suavemente pelos meus olhos, limpando-me as lágrimas.
Rodrigo- Mas vai ficar tudo bem.
Raquel- Será que vai mesmo amor?
Rodrigo- Sim vai. Prometo-te.
Raquel- Eu não queria nada disto Rodrigo.
Rodrigo- Eu sei que não Raquel.
Abraçamo-nos e beijámo-nos.
Rodrigo- Vá amor, agora põe um sorriso na cara, não te quero ver assim.
Sorri-lhe, estava bem mais calma, não deixava de me sentir culpada, mas tentei não agir como tal.
De mãos dadas saimos do quarto e fomos ao encontro do pessoal que estava todo reunido lá em cima.
Assim que nos juntámos ao grupo o Ivo levantou-se e foi lá para baixo, o Rodrigo apertou-me a mão com força, como se me disse-se para ter calma, aquela atitude do Ivo só me fez sentir pior.
Hugo- Tenham paciência, ele vai acabar por aceitar.
Rodrigo- Desculpa lá, mas ele está a ter atitudes de criança.
Melissa- Sim, o Rodrigo tem razão.
Teresa- Eu percebo-o, a situação não é fácil para nenhum de vocês, mas com o tempo tudo vai ao lugar.
Raquel- Esperemos que sim.
Hugo- Ele vai aceitar, mas têm de lhe dar tempo.
Rodrigo- Pois, não tem outro remédio se não aceitar.
João- Estás bem Raquel?
Bem aquela pergunta vinda do João era estranha, sim porque ele não parece que se preocupe muito com os outros.
Raquel- Sim, estou.
Melissa- Vá mana anima-te.
Hugo- Bem, eu vou me agarrar ao leme. E vocês se quiserem vão dormir.
Rodrigo- Queres ir amor?
Raquel- Por mim posso ficar mais um bocadinho, mas se quiseres vai amor.
Rodrigo- Eu faço te companhia.
Teresa- Bem, eu acho que vou andando.
Rafael- Então eu vou contigo.
Melissa- Sendo assim tambem vou, aproveito para ler um bocadinho.
Teresa- Vá pessoal, até amanhã.
Raquel- Até amanhã.
Melissa- Até amanhã meninos.
Rodrigo- Até amanhã, oh menina.
Fiquei com o Rodrigo e com a Rita, ficámos à conversa durante imenso tempo.
Falamos sobre o Ivo, não gostava nada daquela situação, ainda mais por minha culpa.
Rita- Vá lá Raquel, tira essa cara, o Ivo está chateado, mas vai lhe passar, e vai tudo voltar ao que era.
Raquel- O que mais me custa é ser por minha culpa.
Rodrigo- Ai é que tu te enganas, não é por tua culpa, apaixonamo-nos um pelo outro, é perfeitamente normal estarmos juntos.
Rita- Por coinsidência o Ivo estava interessado em ti, mas tu gostas do meu primo, e ele só tem que entender isso.
Rodrigo- Ele é que está a agir mal.
Raquel- Mas mesmo assim, custa-me que o grupo tenha que passar por isso.
Rita- Somos um grupo, somos todos amigos, e nenhum deles ficou chateado, nem tem nada que ficar.
Suspirei, não gostava nada daquela situação, mas não podia fazer mais nada, só podia esperar que o Ivo ficasse bem.
A Rita foi se deitar, ainda fiquei um bocadinho com o Rodrigo, mas acabamos por descer, dei-lhe um beijo de boa noite e fui me deitar, tinha sido um dia atribulado, deitei-me no beliche a olhar para o tecto, fiquei longos minutos nos meus pensamentos, aqueles dias no mar que era suposto serem calmos e divertidos, acabaram por ser uns dias de revelações, não tinha sido a melhor maneira de contar ao pessoal que estávamos juntos, mas ao menos já todos sabiam a verdade. Acabei por adormecer, tive uma noite calma, se tudo corre-se bem, quando acordasse já deviamos de estar bem perto da ilha.