sexta-feira, 26 de outubro de 2012

24ºCapitulo

Sentei-me no sofá, juntei os joelhos ao peito e abraçei-os, fiquei imenso tempo ali a olhar para o chão, o sono parecia não vir, levantei-me e fui até à janela, olhei para a rua e estava tudo deserto, suspirei, e acabei por voltar para a cama, deitei-me e fechei os olhos.
O quarto já tinha luz, o que queria dizer que o dia já tinha nascido, estava cheia de energia, não é que a noite tivesse corrido muito bem, mas na cama não me apeteçia ficar.
Levantei-me, vesti o bikini, uns calções e um top.
Nem telemóvel levei, sai para a rua, caminhei até à praia grande, assim que pus os pés na areia, começei a correr à beira mar.
Corri imenso, quando dei por mim já estava super longe. Sentei-me por uns curtos minutos para descansar um pouquinho.
Na volta vim a caminhar , as ondas rebentavam lentamente nos meus pés.
Cheguei perto do bar da praia, tirei o top e os calções e fui dar um mergulho, não fiquei muito tempo dentro de àgua, pois a àgua estava fria.
Assim que sai, peguei na roupa que tinha deixado uns metros acima no areal.
Enquanto caminhava até casa ia secando.
Bati à porta, quem me veio abrir a porta foi a minha irmã.
Melissa- Bom dia.
Raquel- Bom dia.
Entrei e vi o pessoal todo a preparaar-se para sair.
Raquel- Então onde é que vão?
Teresa- Iamos agora ter com o resto do pessoal.
João- Não queres vir connosco?
Raquel- Sim sim eu vou, vou só ao quarto buscar as minhas coisas.
Vesti um vestido, peguei na minha mala que tinha tudo o que presisava lá dentro e fui ter com eles.
Saimos todos juntos, encontramo-nos com o pessoal perto da escola de surf. Já lá estavam todos à nossa espera.
Cumprimentamo-nos, decidimos onde iamos e fomos todos até ao bar.
Como ainda não tinha comido nada, pedi o pequeno almoço enquanto eles conversavam.
Quando acabei de comer , fomos todos até à praia e passamos lá o resto da manhã.
Já tinha passado da hora de almoço, e como já tinha tudo fome, fomos até ao restaurante que ficava na associação.
Aquela almoço prolongou-se quase pela tarde toda. No meio de tanta conversa nem demos pelo tempo passar.
Rodrigo- Amor? - Sussurrou-me ao ouvido.
Raquel- Hm.?
Rodrigo- Vamos dar um voltinha amor.
Sorri-lhe e aceneu com a cabeça que sim.
Raquel- Bem, nós vamos só dar uma voltinha.
Melissa- Está bem, juizo.
De mãos dadas fomos passeando pela ilha.
Passamos o resto da tarde juntos, a namorar muito. Ele mostrou-me imensas coisas que ainda nem sabia que existiam na ilha.
Quando a noite caiu, fomos até casa dele, fiquei lá a jantar, conheçi a mãe e a avó dele, eram duas senhoras muito pareçidas e muito simpáticas, ao que pareçe gostaram muito de mim. Conversámos sobre muitas coisas, acho que o primeiro encontro até que correu bem.
Depois do jantar fiquei no quarto com o Rodrigo, ficamos ali juntinhos a ver televisão. O resto do pessoal tinha ido até ao bar, mas nós decidimos ficar em casa.
Adormeci a meio do filme, não é que me senti-se cansada, mas adormeci encostada ao meu amor.
Acordei com um beijo na bochecha. Olhei e vi o Rodrigo a olhar para mim e a sorrir.
Raquel- Oh amor. - Disse corando.
Rodrigo- O que foi princesa?
Raquel- Não gosto que te ponhas a olhar para mim.
Rodrigo- Então porque?
Raquel- Porque fico com cara de parva.
Rodrigo- Tens razão, uma parva linda que eu adoro né?
Ri-me e dei-lhe um beijo demorado.
Rodrigo- Amor, ainda queres ir sair.
Fiz cara feia, por mim ficava ali com ele, só nós dois.
Rodrigo- Já percebi que não.
Raquel- Não me apeteçe amor.
Rodrigo- Ainda bem, a mim tambem não.
Sorri-lhe.
Rodrigo- Queres que te leve a casa ou queres cá ficar?
Raquel- Achas que isso se pergunta?
Rodrigo- Ficas amor? - Disse-me isto com um ar super intusiasmado.
Raquel- Claro que não, quero que me vás levar a casa. - Disse-lhe isto com uma cara muito séria. A expressão dele mudou por completo. Não consegui evitar e começei-me a rir desalmadamente.
Rodrigo- Ok, vamos.
Agarrei-me ao pescoço dele.
Raquel- Mas é claro que fico.
Rodrigo- Tu não me resistes.
Sentei-me e fiquei a olhar para ele com cara de parva.
Rodrigo- É não é?
Raquel- Realmente tens razão.
Ele riu-se e ficou a olhar para mim.
Raquel- Opá, já te disse que não gosto que olhes assim para mim.
Rodrigo- Eu gosto tanto de ti.
Raquel- Oh amor, que querido. - Fui para perto dele e beijei-o.
Rodrigo- Mas é que gosto mesmo Raquel. - Disse-me isto quando me agarrava na cara a olhar-me olhos nos olhos, com uma cara séria.
Beijámo-nos e ficamos abraçados imenso tempo. Sentia-me tão segura nos braços dele, sentia-o tão meu, sentia-me tão dele. Passamos a noite juntos, uma noite calminha e só nossa.
A Rita entrou pelo quarto a dentro, pregando-nos um enorme susto, nós que dormiamos ali agarradinhos até demos um salto da cama.
Rita- Ai não sabia que estavas cá Raquel.
Sorri-lhe.
Rodrigo- O que é que queres?
Rita- Oh Rodrigo, fogo, é presiso seres assim?
Rodrigo- Pronto desculpa. Presisas de alguma coisa?
Começei-me a rir claro.
Rita- Assim está muito melhor.
Rodrigo- Vá diz lá o que é que queres?
Ela sentou nos pés da cama.
Rita- Então é assim. Eu queria preparar qualquer coisa para o Hugo, queria lhe fazer uma surpresa, mas não sei bem o que. E como tu e ele são muito amigos podia..
Rodrigo- Pará já por ai. Já sabes a minha opinião acerca desse assunto, não sei porque é que ainda insistes.
Rita- Porque gosto dele.
Rodrigo- Mas ele não gosta de ti.
Rita- Gosta sim, não me pode ter esqueçido assim do nada.
Rodrigo- Rita, primeiro, se ele gostasse de ti não tinha acabado contigo, e já se passou quase um ano, ele não está nem ai, tu é que ainda estás agarrada a uma coisa que nunca mais vai voltar, a vossa história acabou de vez.
Dito isto a Rita saiu do quarto, não percebi se estava triste ou chateada, mas bem não estava.
Raquel- Oh amor, era presiso isso tudo?
Rodrigo- Era, porque ela não percebe, está agarrada ao passado e não segue em frente.
Raquel- Ela gosta dele é normal que viva naquele ilusão.
Rodrigo- Mas não pode ser.
Raquel- É melhor ir lá ver como é que ela está.
Rodrigo- Ela está bem, já lhe passa.
Dei-lhe um beijo e levantei-me da cama.
Bati à porta do quarto da Rita, mas ela não respondia.
Raquel- Rita? Posso?
Ouvi um voz muito tremida a dizer que sim.

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