domingo, 30 de setembro de 2012

22º Capitulo

Estavam os dois aos beijos, quase despidos, completamente bêbados.
Rodrigo- Rita?
Raquel- João?
Eles pararam e ficaram a olhar para nós, não disseram nada, desataram a rir, estavam mesmo bêbados.
O Rodrigo agarrou no braço da Rita e puxou-a.
Rita- Calma Primão.
Rodrigo- Calma Rita? Já viste a tua figura?
Rita- Shiuu.
Rodrigo- Tu é que pediste.
Ele pegou nela ao colo e foi a caminho da praia.
A Rita nem se queixou, apenas se desmanchava a rir.
Fui atrás deles, claro que levei o João a reboque.
Quando cheguei perto dele, ele estava a tirar a blusa, voltou a pegar na Rita ao colo e atirou-a para dentro de àgua, despertou logo para a vida, começou logo aos gritos com o Rodrigo.
Raquel- Amor.
Já ele estava ao meu lado a vestir a blusa.
Rodrigo- Passou-lhe logo a bebedeira.
Rita- Estás parvo Rodrigo? A água está gelada.
Desatamos todos a rir, já a Rita estava com cara de chateada. Começou a andar com o passo acelaradissimo.
Rodrigo- Onde é que tu vais?
Rita- Deixa-me.
Quando olhei para o João já ele estava deitado na areia, parecia que estava a dormir.
Raquel- E agora?
Rodrigo- Bom, agora temos que o levar para casa.
Raquel- Pois que remédio.
A muito custo tentamos levanta-lo, mas ele tinha adormecido, o que não ajudava nada, por mais chapadas que lhe dessemos ele não acordava.
Raquel- Amor, isto é normal?
Rodrigo- Não sei amor, acho que sim.
Raquel- Nós não o vamos conseguir levar, a casa fica longe.
Rodrigo- Mas não o podemos deixar aqui.
Raquel- Pois amor, mas não o vamos conseguir levar.
Rodrigo- Mas esta gente não pensa, para que apanhar estas bebedeiras.
Raquel- Vais me dizer que nunca apanhaste uma?
Rodrigo- Claro que já, mas não ao ponto de adormecer e de fazer figuras, sei quando tenho que parar.
Raquel- Amor, eu vou ao bar pedir ajuda e aproveito e chamo a Melissa.
Rodrigo- Está bem amor, mas cuidado.
Abanei a cabeça como que a dizer que sim, que ia ter cuidado, dei-lhe um beijo e fui ao bar.
Quando lá cheguei já não estava muita gente, procurei a Melissa, lá estava ela, sentada a beber, fui lá ter com ela, contei-lhe o que se estava a passar e não me parece que tenha percebido tudo o que disse, sim porque ela também já não estava muito bem. Agarrei-lhe na mão e trouxe-a a reboque, fui ao balcão, por sorte estava lá o David, pedi-lhe por tudo que me ajudasse a levar o João a casa, claro que ele não negou, mas pediu-me para esperar 10 minutos, pois o turno dele estava mesmo a acabar.
Esperei por ele e fomos ter com os rapazes.
O Rodrigo não fez boa cara ao ver o David, mas não resmundou, nem foi muito antipático com ele.
Entre os dois lá conseguiram por o João em pé, demoramos algum tempo a chegar a casa, assim que abri a porta eles foram po-lo em cima da cama dele.
A Teresa deve de ter ouvido barulhos e foi ver o que se passava.
Teresa- Então?
Suspirei.
Raquel- Desidiu tudo beber hoje.
Teresa- Mel? Tu também?
A minha irmã desatou à gargalhada.
Teresa- Anda cá Mel, vamos por te na cama.
Não sei como é que a Teresa tem paciência para aturar as bebedeiras de todos.
O Rodrigo e o David vieram ter comigo.
Rodrigo- Pronto.
Raquel- Obrigada David.
David- Oh de nada.
Rodrigo- Ya, obrigado.
David- Na boa, já sabem, sempre que precisarem é só dizer.
Raquel- Oh muito Obrigada asério, se não fosses tu não nos safavamos.
David- Lá isso é verdade, mas foi na boa, mas vá, eu vou andando. Até amanhã.
Despedi-me dele e fechei aporta.
Rodrigo- Adeus, até nunca.
Raquel- Oh Rodrigo.
Rodrigo- Não gosto da mania daquele gajo.
Raquel- Mas qual mania?
Rodrigo- Não vês ele a armar-se todo?
Raquel- Amor, não faças filmes. Vá deixa lá isso. - Agarrei-o e beijámo-nos.
Sentámo-nos um bocadinho a namorar.
Raquel- Amor?
Rodrigo- Hum?
Raquel- E a Rita?
Rodrigo- É verdade.
Raquel- Fazes ideia de para onde é que ela foi?
Rodrigo- Espero que tenha ido para casa.
Raquel- Achas?
Rodrigo- Decerteza que foi, estava toda molhada, não me parece que tenha ido a algum sitio naquele estado.
Raquel- Sim, realmente também acho.
Rodrigo- Amor, já é tarde.
Raquel- Tens mesmo que ir amor?
Rodrigo- Ter não tenho.
Raquel- Queres ficar?
Rodrigo- Isso é um convite?
Raquel- O que é que te pareçe?
Rodrigo- Hum, não sei diz me tu. - Disse-me isto enquanto me agarrava com força contra ele.
Abanei a cabeça como que a dizer que sim, beijámo-nos cheios de desejo.
Aquele momento tinha de ser interrompido, coube à Teresa interromper.
Teresa- Hum, desculpem.
Olhei para ela.
Raquel- Não interrompes nada.
Teresa- Notasse. Bem, eu vou me deitar já é tarde.
Raquel- Está bem. Boa noite.
Teresa- E voces deviam de ir fazer o mesmo. Dormir claro.
Eu e o Rodrigo começamos a rir.
Teresa- Vá boa noite. Juizinho.
Rodrigo- Boa noite.
Raquel- Boa noite Teresa.
Assim que a Teresa fechou a porta do quarto, o Rodrigo agarrou-me.
Rodrigo- Enfim sós.
Raquel- Finalmente.
Rodrigo- Sabe tão bem acabar o dia aqui agarradinho a ti.
Raquel- Acabar e acordar.
Rodrigo- Sim, essa é a melhor parte.
Raquel- Vamos amor?
Rodrigo- Para aonde?
Raquel- Achavas mesmo que ias dormir no sofá?
Rodrigo- E não vou?
Raquel- Não não vais.
Agarrei-lhe na mão e caminhei na direção à porta que dava para as escadas, que davam para o primeiro e ultimo andar da casa.
Rodrigo- Bem, não sabia que isto tinha primeiro andar.
Levei-o para o quarto de casal, assim podiamos dormir juntinhos como na noite anterior.

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