segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

G*

Bem, eu não sou nada destas coisas. Mas acho que preciso mesmo é disto. Escrever, escrever tudo o que me vai na alma, tudo o que sinto. Libertar-me.
Estes ultimos meses, vá para ser sincera, desde que começamos a falar que tenho tido um turbilhão de sentimentos e houve um turbilhão de acontecimentos. Sabes que me mudaste, não, provávelmente não sabes, nem nunca o vais saber. Despertaste o meu lado romântico, o meu lado sensivel, o meu lado lamechas.
Fizes-te com que eu me pegasse tanto a ti, embora eu não quizesse, era inevitável isso não acontecer. Apesar de tudo, de toda a tua história, das coisas que me contavas. Apaixonei-me por ti de uma maneira, tão, mas tão intensa. Eu nunca chorei por amor, pela primeira vez, eu chorei por ti, por te perder. Mesmo sendo tua a culpa eu chorei, iludiste-me, fizeste-me acreditar em "nós" que não existia. Fizeste-me sentir a rapariga mais feliz do mundo e a seguir magoavas-me, e uma vez, e outra e outra. Até ao momento em que não dá mais. Em que uma pessoa já não tem forças para continuar. Eu fui contra tudo e todos por ti, e talvez nem deste valor a isso, foi-te indiferente. Dizia que estava bem enquanto chorava em silêncio. Porquê tanto paleio? Porquê?
Tenho saudades tuas, tenho muitas saudades tuas mesmo.
Foste embora assim, deixaste-me. Não cumpriste com a tua palavra. Porquê? Eu não presiso que sejas o meu "amor". Ok, eu presiso e muito. Mas ficava feliz em ter-te como amigo. E continuar a ouvir a tua voz todas as noites, ler as tuas palavras. Saber de ti. Saber que estavas aqui para mim.
Agora resta-me um vazio. O vazio que deixaste em mim.
Sinto a tua falta como nunca senti a falta de alguem. A tua imagem não me sai da cabeça. O teu sorriso. Neste momento sinto falta de tudo, sinto falta de ti, do teu humor, de quando atrofiavas comigo por tudo e por nada. De quando cantavas para mim. "PRINCESA GOSTO DE TI, PRINCESA QUERO-TE TANTO, PRINCESA ÉS A MINHA PRINCESA." De quando me chamavas de parva estúpida mas tua. De quando adormeçia e tu ligavas-me e gozavas com a minha voz de sono. Tenho tantas saudades tuas.
Tenho uma enorme vontade de pegar no telemóvel e ligar-te nem que seja para ouvir só mais uma vez a tua voz.Tenho vontade de te dizer que sinto saudades tuas. Mas não posso. Prometi que não ias passar do passado. E é isso que tem que ser. Mas prometo que o que foi nosso, eu não vou esqueçer. Beijo G*

Bem-vindo 2013

Bem, 2012 foi um ano em cheio. Foi um ano dificil, não começou da melhor maneira. Os primeiros meses foram para esqueçer por completo. Foi um ano de novidades, foi um ano em que perdi amigos, conheçi outros. Cresci, mudei, aprendi.
Foi o ano em que reprovei, que desiludi-me a mim mesma e aos que me rodeiam. Mas tambem foi o ano em que não baixei a cabeça, que lutei mais.
Foi este ano que conheçi o meu verdadeiro "eu". Descobri que era capaz de fazer coisas que nunca pensei que fosse.
Foi humilhante ver todos os meus amigos a seguirem com as suas vidas para a frente e eu ficar aqui presa. Mais um ano, mais uma batalha mas que eu vou vencer.
Se me perguntarem se me arrependo por ter chumbado. Não. Porque conheçi pessoas novas, boas pessoas. E era isso que presisava. Novos ares. O que me ajudou a crescer. Foi este Verão que conheçi um grupo de amigos, com quem agora sei que posso contar. E que foram eles que me fizeram mudar por completo, nem eles fazem ideia. Um Obrigada a todos eles.
Foi tambem este ano que me apaixonei, mas asério. Foi tambem um ano de desiluzões. Daquelas bem grandes. Mas é assim que se aprende. 
Espero que 2013 seja melhor, muito melhor.
Desejo-vos um Feliz Ano Novo.
Bem-vindo 2013. Surpreende-me

Pride


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

32ºCapitulo

Já estavamos quase a chegar, já se via o T (é o nome que damos à ponte porque é em forma de T), ao longe. Tinhamos pedido ao meu pai para nos ir buscar junto à bilheteira, pois estavamos super carregados.
Desembarcamos, lá estavam os meus pais à conversa com os pais do João. Chegamos perto deles. Abraçei a minha mãe, estava cheia de saudades dela, e do meu pai claro. Cumprimentei os pais do João, ficamos ali algum tempo à conversa entre todos, contavamos assim por alto certas partes das nossas férias.
Despedimo-nos do João e dos pais dele.
Pai- Vá Teresa, enfia-te no carro que eu levo-te a casa.
Teresa- Bem, sendo assim aceito Tio.
Levamos a Teresa a casa e fomos tambem nós para casa.
Soube tão bem chegar a casa, entrar no meu quarto, ver os meus animaizinhos todos, que já estava cheia de saudades deles.
Estava um bocado cansada, mas detesto ter as coisas por arrumar, então começei logo a desfazer a mala e a arrumar as coisas.
Era hora de fazer o jantar, então fui para a cozinha ver se a minha mãe presisava de ajuda. Como sempre ela respondeu-me que não, mas ajudei-a na mesma.
Mãe- Então vá, conta-me lá como é que foi.
Raquel- Ai mãe, aconteçeu tanta coisa nestas férias.
Mãe- Pois eu imagino, tanto tempo fora de casa.
Raquel- Então e por aqui? Como é que foi?
Mãe- Oh, correu bem, trabalho a dobrar, sem ti e sem a mana para me ajudar, mas consegui tratar de tudo.
Raquel- Oh mamã desculpa.
Mãe- Ai filha, não sejas parva, o importante é que se divertiram.
Raquel- Sim, e muito.
O meu telemóvel começou a tocar. Corri para o atender. Era a Teresa.
Teresa- Raquel?
Raquel- Sim diz.
Teresa- Tens que dizer à tua irmã para ter atenção ao telemóvel.
Raquel- Deve de estar no silêncio.
Teresa- Bem, mas é o seguinte. O que é que me dizem de irmos hoje dar uma voltinha?
Raquel- Oh Teresa, acabaste de chegar a casa e já queres ir sair?
Teresa- Oh, não me apeteçe nada estar em casa.
Raquel- Não hoje não, hoje vamos ficar em casa com os meus pais.
Teresa- Oh, está bem. Eu percebo. Mas amanha combinamos qualquer coisa, sim?
Raquel- Sim, amanha sim.
Teresa- Optima, então vá, amanha falamos, beijinhos, manda beijinhos à Mel.
Raquel- Sim eu mando, vá, beijinhos Teresa.
Voltei para a cozinha, pus a mesa e ainda conversei um bocado com a minha mãe.
Durante o jantar, fomos conversando, claro que o tema era as férias da Melissa e da Raquel. Contámos o que tinhamos feito, sem entrar em promenores claro. Ainda não lhes tinha contado sobre o Rodrigo, mas fazia questão de o fazer. Mas talvez não já, principalmente ao meu pai, ele é um bocado conservador, mas ia contar à minha mãe assim que podesse.
Bem, eu e a Melissa ficamos de arrumar e lavar a loiça do jantar. Mas como fazemos sempre, sentamo-nos um bocado à conversa enquanto os meus pais estavam na sala a beber o café.
Melissa- Então, ele já te disse alguma coisa?
Raquel- Não, ainda não. E o Hugo?
Melissa- Sim, temos estado a falar por mensagens, não achas isso um bocado estranho?
Raquel- O que?
Melissa- Ele não te ter dito nada.
Raquel- Não, não presisamos de estar sempre a falar.
Melissa- Está bem mas..
Raquel- Ele vai dizer alguma coisa.
Melissa- Pois espero que sim.
Raquel- Vais contar à mãe?
Melissa- Sim, quero lhe contar, só não quero é contar já ao pai, acho um bocadinho cedo.
Raquel- A mãe vai ficar um bocado em choque. Saber que estamos as duas a namorar.
Melissa- Oh mana, nós estamos na idade disso.
Raquel- Sim eu sei.
Continuamos a conversar, mas começa-mos a arrumar a cozinha.
Depois de arrumada, fomos vestir os pijamas e fomos para a sala ver televisão com os meus pais. Coisa que já não faziamos à uma série de tempo.
Já era um bocadinho tarde, então fui me despachar para ir para a cama, despedi-me dos meus pais e fui para o quarto. Não é que fosse logo dormir, tenho sempre aquele tempinho antes de ir para a cama para ir ao computador. Liguei o computador, fui ao meu facebook que estava cheio de notificações, nem vi o que eram, fui só dar uma vista de olhos, saber as novidades. Fui tambem ao meu blog, que já não ia desde que tinha ido para a ilha, como já não escrevi-a a algum tempo, escrevi um pequeno resumo das minha férias, conversei com algumas amigas pelo chat do Facebook, mas de seguida acabei por desligar o computador e ir para a cama, liguei a televisão e começei a fazer zapping.
Senti ao telemóvel a vibrar, e logo de seguida a tocar. Procurei por entre os lençois, era o Rodrigo.
Rodrigo- Amor?
Raquel-Olá amor.
Rodrigo- Está tudo bem?
Raquel- Sim. Porque esse tom de voz?
Rodrigo- Amor, eu já te liguei pelo menos umas cinco vezes.
Raquel- Ligaste amor? Desculpa mas eu não ouvi nada.
Rodrigo- Já me estava a preocupar.
Raquel- Amor, asério eu não ouvi.
Rodrigo- Deixa lá isso, agora já estas a falar comigo.
Raquel- Sim, tens razão.
Rodrigo- Então, e novidades?
Raquel- Oh, nada de especial, ia agora me deitar, estou um bocadinho cansada.
Rodrigo- Então vai lá amor, vai descansar.
Raquel- Não amor, fica a falar comigo, eu quero ouvir a tua voz.
Ouvi-o a rir-se.
Rodrigo- Eu fico amor, com muito gosto. Já tenho saudades tuas.
Raquel- Tambem eu amor.
Rodrigo- Então e amanhã o que é que a menina vai fazer?
Raquel- Amanhã vou até à escola ver as turmas, e talvez vá dar uma voltinha com elas. E o menino?
Rodrigo- Olha, eu amanha tambem vou ver as turmas, vou tratar dos papeis para começar as aulas de condução.
Raquel- Então amanha vens cá a Terra né?
Rodrigo- Sim, posso te ir visitar queres?
Raquel- Claro que quero amor.
Rodrigo- Tu não me resistes.
Raquel- Oh, então não venhas.
Rodrigo- Ai amor, cala-te, amanhã na estação às cinco horas.
Raquel- Está bem, eu vou lá estar.
Conversámos mais um pouquinho, desligamos e fui dormir, estava cansada, presisava de descansar.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

31ºCapitulo

Soube tão bem dormir a acordar agarradinha ao meu principe, ainda mais depois do que aconteceu, já estava tudo resolvido, já estava tudo mais que bem entre nós.
Dentro que dois dias ia voltar para casa, era tudo o que eu menos queria, mas já lá estava à imenso tempo, já tinha saudades da mamã, de casa, dos animaizinhos, de tudo. E além do mais daqui a uma semana já começava a escola, e tinha que ir preparar tudo para o começo das aulas.
De certa forma estava entusiasmada com o começo das aulas, mas por outro, pronto começavam as aulas, acabava a boa vida. Este ano tinha que me dedicar, tinha mesmo que ter boas notas. Estava mesmo a ver que este ano iria ser um ano preenchido, teria que consiliar a escola com os treinos de basquete, estar com o meu namorado e ainda as minhas corridinhas, e claro arranjar tempo para estudar. Decerteza que iria arranjar uma solução.
Ainda não sei bem como é que vou fazer com o Rodrigo, ele estuda noutra cidade, que por sorte ou não fica apenas a 9 quilómetros da minha, acerca de 10 minutos de comboio, sei que vai ser complicado, além do mais ele tem que vir todos os dias da ilha, mas dê por onde der, eu e ele vamos superar isto.
Foi uma dia bom, passamos na praia, nunca o grupo tinha estado tão unido como nas últimas semanas.
Bem, depois de amanhã ia voltar para casa. Já estavamos a fazer as malas, não queriamos deixar tudo para o último dia.
Fizemos uma jantarada lá em casa, depois fomos até ao bar, dança-mos, ri-mos, bebemos, bem mais um dia cansativo mas bem passado

Como me deitei tarde, tambem me levantei mais tarde que o habitual.
Vesti o bikini, uns calções, um top e fui correr, já havia muitas pessoas na praia, então caminhei e só mais para o fundo onde não havia tantas pessoas é que começei a correr.
Ia sentir saudades daquela ilha, mas concerteza que ia voltar brevemente.
O sol já estava no topo, devia de ser por volta do meio dia, então regressei a casa. Juntei-me ao grupo e almoçamos todos juntos. A tarde foi passada na associação, e tambem fomos até à praia dar um mergulho.
Jantei em casa do Rodrigo, para depois irmos dar uma volttinha só os dois.
Caminhavamos de mão dada.
Rodrigo- Vou ter saudades disto amor.
Raquel- Oh amor, eu tambem, destes passeios pela praia.
Rodrigo- E amanhã vais de manhã ou de tarde?
Raquel- Vou de tarde, para poder aproveitar a manhã. Rodrigo- Vais em que barco? Raquel- No das 4 horas. Rodrigo- Esta bem.
Ficámos em silêncio, apenas nos mimamos.
Rodrigo- Amor, anda. - Agarrou-me na mão e puxou-me.
Raquel- Onde é que vamos?
Rodrigo- Onde tudo começou.
Sorri-lhe, já sabia onde é que iamos.
Andamos, não muito pois estavamos pertinho do Farol.
A porta estava fechada.
Raquel- Pois amor, pareçe que já não vamos a lado nenhum.

Rodrigo- Achas mesmo? - Piscou-me o olho, fiquei sem perceber.
Com muito jeitinho ele lá abriu a porta.
Fiquei a olhar para ele com cara de admirada, ele sorriu-me e deu-me um beijo.
Rodrigo- Anda amor.
Agarrou-me e entramos. Subimos aquela escadaria toda, depois dos 147 degraus subidos, estavamos exactamente no mesmo sitio onde ele me tinha pedido em namoro. Assim que lá chegamos beijamo-nos e abraçamo-nos fortemente.
Virei-me para o mar ele agarrou-me por trás. Respirei fundo.
Raquel- Promete-me que nunca me vais deixar.

Rodrigo- Eu Rodrigo Motta prometo que nunca vou deixar a minha namorada. Porque não existe Principe sem Princesa, porque Ken e Barbie foram criados para ficarem juntos, porque a Terra não existiria se não houvesse sol, porque o  céu só está completo quando há Lua e estrelas, porque eu Amo-te e nunca te vou deixar, Nunca.
Quando ele me disse isto, as lágrimas vieram-me aos olhos. Virei-me de frente para ele e abraçamo-nos, ele limpou-me as lágrimas e olhou-me nos olhos.
Rodrigo- Eu prometo. - Beijei-o.
Raquel- Nunca me tinham dito uma coisa tão..

Rodrigo- Ainda bem, porque se o te tivessem dito não estavas aqui. Porque eu nunca disse nada assim a ninguem, porque eu nunca gostei tanto de ninguem como gosto de ti.
Raquel- Rodrigo.
Rodrigo- Sim?
Raquel- Eu amo-te.
Voltamos a beijarmo-nos, ficamos lá um bocadinho, mas depois fomos para casa dele, já era tarde.
Ainda ficámos um bocado à conversa, mas acabamos por adormeçer agarradinhos.
Na manhã seguinte, despachamo-nos e fomos até minha casa.
Já estavam todos a preparar as coisas, fazer as malas, dar um jeitinho à casa, desfazer as camas, bem, juntei-me e ajudei-os, o Rodrigo tambem deu uma ajuda, entre todos despachamos as coisas bem rapidinho. Demos um saltinho à praia para apanharmos um bocadinho de sol. Acabamos por almoçar no bar da praia, voltamos à praia, demos uns mergulhos e tinhamos que regressar a casa.
As coisas já estavam todas arrumadas.
Chegamos a casa, todos queriam tomar banho antes de apaharmos o barco. Então tinhamos que esperar uns pelos outros. Finalmente chegou a minha vez, tomei um banho, vesti-me e pronto, já estavamos todos despachados para ir para a ponte.Faltava meia-hora para as quatro, em meia-hora chegavamos à ponte. Pussémo-nos a caminho.
Chegámos e as pessoas jà estavam a embarcar, o grupo estava lá todo para se despedir de nós.
Teresa- Bem, esta na hora.
Rita- Opá, vosses vão fazer falta.

Hugo- Yah, muita mesmo.
João- Oh pessoal, nós vamos voltar yah.
Melissa- Claro que sim. Mas vá temos que ir senão perdemos o barco.
Rodrigo- Sim é melhor irem.
Despedimo-nos todos uns dos outros, tinahamos mesmo que ir.
Eles ajudaram-nos a colocar a bagagem no barco.
Rodrigo- Pronto amor, vai lá.
Raquel- Pois tem que ser.
Rodrigo- Vá tira essa carinha triste, põe um sorriso na cara. - Beijamo-nos, abraçamo-nos e voltei para o barco com a Melissa que tambem tinha estado a despedir-se do Hugo.



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

30ºCapitulo

Dormir, claro que não dormi nada, levei a noite toda a pensar no que fazer, nas palavras do Rodrigo, naquilo que tinha visto, de facto eu gosto mesmo muito do dele, mas eu vi os lábio dele tocarem nos da outra rapariga, ninguem me contou, eu vi com os meus olhos, não é que não acreditasse no que o Rodrigo dizia, mas ao mesmo tempo.
A minha irmã levantou-se disse-me que ia até à praia com o Hugo e com a Teresa, não quiz ir, preferi ficar na cama, tinha que por as ideias no lugar.
Levantei-me, fui até à sala, sentei-me no sofá, liguei a televisão.
João- Então pequena? Melhor?
Raquel- Oh.. Sim
João- Não me pareçe, ainda não paraste de fazer zapping.
Não lhe respondi, nunca tinha tido uma relação muito boa com ele, mas o que é certo é que ele mudou muito durante as férias. Estava uma pessoa melhor.
Conversámos um bocado, mas ele ainda queria estar com a amiga, fiquei sozinha em casa, eram os meus ultimos dias na ilha, deveria de estar a aproveitar, mas com toda a situação do Rodrigo, deixou-me sem vontade de fazer seja o que for.
Era já perto da hora de almoço, e minha irmã ligou-me a dizer que iam ficar na praia e comiam qualquer coisa por lá, e pediu-me para ir ter com eles, não sabia ainda se ia, talvez passa-se por lá mais logo.
Adormeçi no sofá, bateram à porta, sem vontade lá me levantei e fui abrir a porta, era o Rodrigo.
Rodrigo- Posso?
Olhei-o nos olhos e voltei a sentar-me no sofá, ele entrou, fechou a porta e sentou-se a meu lado.
Rodrigo- Estás bem?
Raquel- O que é que te pareçe?
Rodrigo- Raquel, eu amo-te. Tudo o que se passou, não passou de um mal entendido.
Raquel- Desculpa, mas não consigo esqueçer aquilo que vi.
Rodrigo- Eu percebo, no teu lugar ficaria igual, mas acredita que eu não queria que nada disto tivesse acontecido. Tudo o que eu mais quero é estar bem contigo.
Raquel- Se eu não tivesse visto, contavas-me?
Ele fez silêncio, olhei para ele.
Rodrigo- Contava.
Raquel- E contavas mesmo?
Rodrigo- Eu sempre te prometi que nunca te iria esconder nada, e eu cumpro com as minhas promeças.
Não disse mais nada, nem sabia o que fazer, sentia-me como um barco à deriva no mar, sem rumo, sem destino.
Rodrigo- Queres que me vá embora?
Baixei a cabeça.
Ele levantou-se, abriu a porta, senti-o a olhar para mim e saiu.
As lágrimas voltaram a cair-me pelo rosto. Não era isto que eu queria, eu queria-o comigo, a meu lado para o que desse e viesse.
Levantei-me numa fração de segundo e corri até à porta, mesmo de pijama sai a correr pela passadeira para o apanhar, viu-o ao longe, gritei por ele, ele olhou para trás e parou, corri até ele e abraçámo-nos fortemente, olhei-o nos olhos e beijámo-nos intensamente.
Raquel- Desculpa amor, eu... - Sem me deixar acabar a frase, beijou-me inumeras vezes.
Ficámos ali algum tempo, no meio das pessoas que passavam e ficavam a olhar para nós.
Raquel- Eu amo-te.
Rodrigo- Eu amo-te Raquel. - Sorri-mos e beijamo-nos uma vez mais. Demos as mãos e voltamos à minha casa, decerto que não ia de pijama para a praia.
Fomos até ao quarto, namoramos tanto, mimámo-nos tanto um ao outro.
Mas acabamos por nos levantar e irmos até à praia ter com a Melissa, com a Teresa e com o Hugo.
Chegámos perto deles de mão dada, todos já tinham percebido que já estava tudo bem entre nós.
O resto da tarde foi boa, o Ivo depois de sair da escola de surf tinha ido ter connosco.
Jantámos todas lá em casa, como a casa era grande, havia quartos para todos, dormiram todos lá em casa. Fiquei no meu quarto com o Rodrigo, a minha irmã e o Hugo tinham ido para o andar de cima, onde estava o Ivo num quarto e a Rita noutro.

sábado, 15 de dezembro de 2012

29ºCapitulo

Fui até à praia onde o Rodrigo me tinha levado, sentei-me na areia a olhar o mar, as lágrimas escorriam pela cara, não conseguia parar de chorar, o amor que senti por ele era tão grande mas tão grande que toda aquela situação me estava a deixar de rastos. Tinha desligado o telemóvel dado que as chamadas eram a toda a hora.
(...)
Estavam todos em minha casa, sem saberem de mim, o Rodrigo tinha acabado de chegar a casa, tinha andado toda a tarde à minha procura.
Rodrigo- Então novidades?
Melissa- Não. - Disse a minha irmã com voz de zangada.
Hugo- O que é que aconteceu mano?
Melissa- Sim, ainda estou à espera que me digas o que é que tu fizeste para deixares a minha irmã naquele estado.
O Rodrigo calou-se, ele sabia que tinha errado, e tinha decerto vergonha de lhes contar.
Ivo- Podes contar Rodrigo, ninguem te vai julgar, só queremos perceber o que é que se passou.
Rodrigo- A culpa não é minha, quer dizer de todo não foi minha.
Melissa- Mas o que é que se passou?
Rodrigo- Quando estavamos a entrar no bar, eu dei de cara com a minha ex-namorada, a Marta, e ficámos um bocado à conversa, epá mas coisas básicas mesmo, ela começou a fazer-se a mim, opá e do nada mesmo deu-me um beijo, e deve de ter sido isso que a Raquel viu.
Teresa- E o que é que tu fizeste quando ela te beijou?
Rodrigo- Empurrei-a claro.
Hugo- Pois, e isso ela já não viu.
Rodrigo- Pois, decerteza.
Melissa- Se visse o meu namorado aos beijos com outra tambem não ia ficar ali a ver o resto do especteculo.
Rodrigo- Não tem a ver com isso, mas ao menos ficavas para perceber o que realmente se estava a passar.
Teresa- Sim, isso sim. E depois espetava um murro na cara da outra.
Ivo- Rodrigo, fazes alguma ideia de onde é que ela pode estar, é que está a ficar escuro, e não é muito bom ela andar por ai sozinha.
Rodrigo- Espera eu acho que sei... - E saiu a correr de casa.
(...)
O sol já se estava a por, tinha que voltar para casa, mas a vontade de o fazer era "nenhuma".
Fechei os olhos e respirei fundo, aquela devia de ser a última vez que respirava aquela brisa a mar, ouvia passos atrás de mim, levantei-me rápidamente e o dono dos passos parou atrás de mim.
Rodrigo- Sabia que estavas aqui..
As lágrimas voltaram a cair-me pelo rosto, nem sabia o que fazer, se lhe respondesse, se lhe virava costas.
Num implulso virei-me para trás, fitei-o com os olhos e começei a andar em direcção à passadeira de madeira. Ele agarrou-me no barço, não dei resistencia, simplesmente parei, tinha que ouvir aquilo que ele tinha para me dizer.
Rodrigo- Ouve-me por favor.
Raquel- Eu tenho que ir.
Rodrigo- Raquel, por favor ouve-me, só te peço que me ouças uma única vez.
Virei-me de frente para ele.
Raquel- Para que? Para me contares como foi beijar aquela rapariga? Desculpa mas dispenso saber.
Rodrigo- Não é nada disso Raquel. Ouve-me primeiro e depois julgas-me.
Raquel- Eu não te vou julgar, és livre para fazeres o que quizeres.
Rodrigo- O que é que tu viste?
Raquel- Ainda me perguntas isso? Asério?
Rodrigo- Só viste o beijo?
Raquel- Ainda dizes só?
Rodrigo- Pois devias ter ficádo até ao fim para perceberes o que realmente aconteçeu.
Raquel- Oh sim, ver o resto do espectáculo, pois estou a ver.
Rodrigo- A Marta, é uma ex-namorada, encontramo-nos por acaso, ficamos a falar um bocado e do nada ela beijou-me.
Raquel- Não tens de me dar justificações, é a tua vida, fazes dela o que bem entenderes.
Rodrigo- Raquel, não estás a ajudar, estou a tentar resolver as coisas, e tu estás a ter essa atitude infantil.
Raquel- E depois eu é que sou infantil, pois claro.
Rodrigo- Eu não a beijei, ela é que me beijou, se tivesses ficado até ao fim percebias que a afastei segundos após ela me ter beijado.
Raquel- Tão tipico.
Rodrigo- Mas é a verdade Raquel, tens que acreditar em mim, eu amo-te e nunca me passaria pela cabeça trair-te, eu nunca gostei de ninguem como gosto de ti, e achas que ia deitar tudo a perder? Logo agora que estavamos tão bem um com o outro? Achas?
Raquel- Eu não sei o que te vai na cabeça, mas imagina-te no meu lugar?O que é que fazias?
Rodrigo- Tentava perceber o que é que se tinha passado, e se a culpa não fosse da minha namorada, claro que ficava tudo bem entre nós.
Raquel- Dá-me tempo.
Rodrigo- Eu sei que a situação não é fácil amor, mas tens de confiar em mim, eu nunca na minha vida me passou pala cabeça trair-te, nunca mesmo.
Raquel- Amanha falamos é melhor.
Rodrigo- Posso ao menos levar-te a casa? Não te vou deixar ires sozinha.
Abanei os ombros, e continuei a andar, ele despiu o casaco e deu-mo, ao inicio exitei, mas de facto estava com frio, e para todos os efeitos ele ainda é o MEU namorado. Pelo caminho não falámos, já não queria tocar naquele assunto, ia dormir sobre o assunto e amanhã logo se vê.
Cheguei a casa, e ficou tudo a olhar para mim, disse-lhes que estava tudo bem, despi o casaco devolvi-o ao Rodrigo, desejei boa noite a todos e enfiei-me no quarto, só sai para tomar banho, quando todos já se tinham ido embora. Tomei um belo de um banho e fui para o quarto, tinha prometido contar à minha irmã e à Teresa o que se tinha passado, mas estava com uma enorme dor de cabeça de ter levado toda a tarde a chorar, que tive mesmo de me ir deitar.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Desculpem...

Peço imensa desculpa por não ter publicado o próximo capitulo. Sei que não publico à muito tempo, o meu  computador teve um problema ,decidiu avariar sem mais nem menos. Tenho todos os próximos capitulos lá gravados. Vou tentar encontrar uma maneira de o arranjar rápidamente.
Sei que estes capitulos que tem lido não tem sido grande coisa. Mas prometo que o próximos são mais empolgantes. Espero que gostem.
Mais uma vez desculpem. Beijinhos.
Sté