terça-feira, 28 de agosto de 2012

14ºCapítulo


Sentámo-nos na esplanada no areal, pedimos um sumo de laranja para beber.
Rita- Então?
Raquel- Nem me digas nada. Assim que entrei em casa, a minha irmã começou logo a discutir, eu sei que devia ter avisado, mas não deu mesmo, fui apanhada de surpresa, claro que todos começaram a defender-me, ela não gostou e saiu.
Rita- E sabes onde é que ela está?
Raquel- Não, não sei, mas sei que ela quando voltar vai estar calma.
Rita- Vá esqueçe isso, conta-me de ontem? Quero saber.
Assim que a Rita disse aquilo, e minha feição mudou por completo, fiquei com um enorme sorriso na cara.
Raquel- Não há muito para contar.
Rita- Ele disse-me que tinha de fazer uma coisa muito importante, e que não passava de hoje, fiquei super curiosa.
Raquel- Asério que ele disse isso? Oh que querido.
Rita- Não tens noção do quanto ele está feliz, passou o tempo todo a sorrir, gosto tanto de o ver assim.
Raquel- Sinto-me tão bem com ele.
Rita- Espero que dure.
Raquel- Também eu, por mim claro que sim, gosto mesmo dele.
Rita- Raquel, eu nunca vi o meu primo assim, por favor não o faças sofrer.
Raquel- Claro que não, nem quero isso, eu adoro-o, sinto-me super bem com ele, não o quero perder de maneira nenhuma.
Avistámos o Rodrigo ao longe, ali vinha o meu principe encantado.
Rita- Falando nele.
Vinha ao longe e já vinha com um enorme sorriso na cara, aquele sorriso encantador, oh meu deus, deixou-me completamente derretida.
Rodrigo- Meninas.
Chegou perto de mim e beijou-me demoradamente.
Rita- Meninos, eu vou a casa, fiquem aqui a namorar com juizinho, quando voltar, voltamos para junto do pessoal. Até já.
Rodrigo- Até já priminha. Demora o tempo que quiseres.
Rita- Oh sim claro. Tonto.
Lá foi ela, deixando-nos sozinhos.
Rodrigo- Queres ficar aqui? É um bocadinho arriscado.
Raquel- Tens razão, para onde é que queres ir?
Rodrigo- Para um sitio em que possamos namorar à vontade.
Deu-me a mão e puxou-me para ele, os nossos lábios uniram-se suavemente.
Caminhámos até ao outro lado do Farol, havia uma pequena praia, por incrivel que pareça, não estava quase ninguem, só um outro casal, descemos por uma passadeira de madeira, andámos junto ao mar, sentámo-nos na areia, à beira mar, estavamos ali a namorar, agarradinhos um ao outro, naquela calma manhã.
Levantou-se e agarrou-me nas mãos, tirou-me o vestido, tirei-lhe a blusa, pegou-me ao colo e entrou dentro de água, iamos-nos beijando, tocando, agarrando.
Pegou-me ao colo de novo, agarrando-me nas pernas, entrelaçei as minhas pernas à volta da sua cintura, beijavámo-nos cheios de desejo.
O tempo ia passando, não demos pelas horas.
Raquel- Amor, é melhor irmos andando, a Rita já deve de estar à nossa espera.
Rodrigo- Oh amor, não, estamos tão bem aqui.
Raquel- Sabes que por mim, passava o dia inteirinho aqui contigo.
Rodrigo- E o que te impede?
Raquel- Oh amor, tu sabes...
Beijou-me sem me deixar explicar, amei que me tivesse calado com aquele beijo.
Rodrigo- Eu sei que pode pareçer estranho, mas sinto que já te conheço tão bem.
Beijei-o.
Rodrigo- Eu estou completamente apanhado. Isto nunca me tinha acontecido.
Rimo-nos juntos.
Raquel- Rodrigo?
Rodrigo- Sim?
Raquel- Isto é sério?
Rodrigo- Não tenhas dúvida alguma, pela primeira vez, posso dizer que amo uma pessoa, e prometo que isto vai resultar, vou fazer de tudo para que sim, eu amo-te Raquel.
Não tinha palavras, estava completamente derretida com o que ele me tinha acabado de dizer.
Agarrei-me a ele, beijámo-nos vezes sem conta, foi lindo.
Ouvimos ao longe a Rita.
Rita- Meninos?
Olhámos e vimo-la a caminhar pela praia na nossa direção.
Rita- Estou à meia hora à vossa espera.
Saimos da água, e fomos ao encontro dela.
Raquel- Desculpa, não demos pelo tempo passar.
Rita- Assim vão dar nas vistas.
Rodrigo- Sim, tens razão, mas sabes que isto.

Raquel- Como é que sabias que estávamos aqui?
Rita- Duas razões muito simples, é o lugar preferido do Rodrigo, depois, custumava vir para aqui com o Hugo.
Raquel- Já vi que é a praia dos casais.
Rodrigo- É a nossa praia amor. - Deu-me um beijo leve.
Rita- Vá vamos lá.
Pegámos nas nossas coisas, demos a mão e seguimos caminho.
Em 10 minutos, em passo acelerado, assim que chegámos perto do grupo, olhei para o Rodrigo, e olhamos ao mesmo tempo para as nossas mãos unidas, sorri-lhe, e soltámos as nossas mãos, queria tanto poder estar à vontade com ele, mas queria primeiro falar com a Melissa, queria resolver as coisas com ela, e só depois contar-lhe de mim e do Rodrigo.
Chegámos perto do grupo, sentámo-nos e metemos logo conversa.
Raquel- Sabem de alguma coisa da minha irmã?
Teresa- Não, mas já estou a ficar preocupada.
Rafael- Ela está bem.
Ivo- Olha que isto pareçe seguro, mas não é assim tanto, não é muito bom ela andar tanto tempo sozinha.
João- Yah, isso é verdade
Raquel- Eu vou a casa, pode ser que ela esteja lá.
Teresa- Eu vou contigo.
Rafael- Depois digam qualquer coisa.
João- Yah, avisem, se não tiver em casa, nós vamos à procura dela.
Raquel- Obrigada pessoal, até já.
Fui andando com a Teresa até casa, fomos em passo acelerado, estava mesmo preocupada, não sabia sequer onde a minha irmã estava.
A Teresa abriu a porta, entrei, procurei em todos os quartos, mas não havia sinal da Melissa.
Raquel- E agora Teresa?
Tesesa- Vou ligar ao Rafael.
Estava impaciente, não sabia onde procurar, e a Melissa não conheçia a ilha assim tão bem, já estava há pelo menos 3 horas sozinha, o que me deixava ainda mais preocupada.
Teresa- Pronto, o Rafa diz que vem agora para aqui, e diz que já falamos.
Raquel- Eu sei que agi mal, mas ela tambem não esta a agir da melhor maneira.
Teresa- Eu percebo-te, mas tem calma, ela está bem.
Raquel- Espero que sim.
O pessoal chegou, vieram todos, incluindo o Hugo que já tinha vindo da escola de surf.
João- Têm alguma novidade?
Teresa- Não.
O Rodrigo olhou para mim, percebeu que estava preocupada, veio ter comigo e susurrou-me ao ouvido.
Rodrigo- Amor, calma, ela está bem.
Suspirei, e respondi-lhe baixinho.
Raquel- Espero que sim amor.
Rita- Sabem que mais, ela vai acabar por vir para casa, se ela saiu, foi porque precisava de estar sozinha, ela precisa disso mesmo, de estar sozinha, deixem-na estar, ela sabe vir para casa, vai perceber que não é fugir que vai resolver os problemas.
João- Bem dito, muito bem dito.
Rafael- A Rita tem razão, a Mel já tem 17 anos, já sabe aquilo que faz.
Teresa- O grande problema dela é que age sem pensar duas vezes.
Raquel- Têm razão, não há motivos para me preocupar, ela sabe o que faz.
Ivo- Vamos comer qualquer coisa?
Hugo- Yah, vamos à associação?
Rita- Boa ideia.
Foi o que fizemos, todos juntos fomos à associação, pelo caminho iamos falando sobre o mesmo, a minha irmã.
Não tinha muita fome, mas acabei por comer qualquer coisa, não tinha razões para tal, mas estava preocupada com a Melissa, agora sim, percebi aquilo que ela sentiu quando não dormi em casa sem avisar.
Quando saimos da associação fomos até à praia, assim que cheguei fui direitinha ao mar, estava imenso calor, soube mesmo bem. O Rodrigo fez-me companhia claro.
Estávamos a tentar não dar muito nas vistas, mas era dificil.
O Rodrigo aproximou-se de mim.
Rodrigo- Vá, não fiques assim.
Raquel- Eu estou bem.
Rodrigo- Sabes o quanto é preciso me controlar?
Sorri-lhe, por dentro de àgua demos as mãos, mas mais que isso, não podia ser mesmo.
Raquel- Oh amor, prometo que não vai ser por muito mais tempo.
Rodrigo- Quero tanto, mas tanto, poder estar à vontade contigo, sem estar preocupado se nos vão ver.
Raquel- Oh Rodrigo.
Rodrigo- Shiuu - Unimos os nossos lábios.
Empurrei-o suavemente.
Raquel- Rodrigo..
Rodrigo- Desculpa, mas é dificil.
Olhei para o grupo, mas por sorte estavam todos de costas para nós.
Entretanto vejo a Teresa a vir na nossa direção, eu e o Rodrigo afastamo-nos um do outro.
A Teresa entrou na água e mergulhou na minha direção.
Teresa- Raquel?
Raquel- Sim?
Teresa- Se querem que ninguém saiba, sejam mais discretos.
Fiquei sem saber bem o que dizer, fiquei a olhar para ela com cara de parva.
Teresa- Não me olhes assim, eu conheço-te, só aqueles olhares, e agora o beijo, só fez com que tivesse a certeza.
Raquel- Não lhes contes.
Teresa- Claro que não, tu é que lhes vais contar.
O Rodrigo aproximou-se de nós duas.
Teresa- E tu, é bom que cuides bem dela, e não abuzes.
Ele olhou para mim.
Raquel- Sim ela sabe.
Rodrigo- Ahm, não te preocupes, eu vou tratar muito bem dela.
Teresa- É bom que sim. Vá agora venham para a toalha, senão ainda desconfiam.
Assim o fizemos, fomos os três para as toalhas.
A tarde passou calma, a Melissa ainda não tinha aparecido, talvez já estivesse em casa.
Fomos andando para casa, despedimo-nos do resto do pessoal, ficámos de nos encontrar depois do jantar.
Cheguei a casa, e a minha irmã ainda não estava em casa, tentei não me preocupar, fui ao meu quarto buscar as coisas para tomar banho, e dirigi-me para a casa de banho.
Começei a despir-me, quando bateram à porta, era a Teresa, tinha o meu telemóvel na mão, estava a tocar, era a minha mãe, atendi, perguntou-me se estava tudo bem, como estavam a ser as férias, o que tinhamos feito, se já tinhamos um bom bronze, e aquelas perguntas de mãe, têm comido, têm dormido, pronto aquele pequeno interrogatório de mãe galinha, repondi-lhe a tudo, perguntou-me pela Melissa, não a queria preocupar, então disse-lhe que a Melissa estava no banho, mas que estava tudo bem, a conversa foi longa, soube tão bem ouvir a voz da mamã, já só tinha passado uma semana e já estava cheia de saudades. Assim que desliguei, meti-me na banheira, tomei o meu banhinho, vesti um vestido, e sai da casa de banho, logo a seguir a mim entrou a Teresa.
Fui para a cozinha e começei a fazer o jantar, não era a minha vez de o fazer, mas como adoro cozinhar não me importei nada.
O tempo de fazer o jantar foi o tempo do resto do pessoal se despachar do banho, pedi ao Rafa para pôr a mesa, entre os três puseram a mesa num instante, levei o jantar para a mesa, sentámo-nos, e começamos a comer, minutinhos depois, ouvimos a porta a abrir, finalmente a Melissa tinha chegado.
Fechou a porta e veio ter connosco, pousou a mala dela no chão e sentou-se no seu lugar.
Melissa- Bem, espero que tenham feito comida a contar comigo, estou cheia de fome.
Achamos todos estranho, tinha saido de casa super furiosa, e voltou horas depois, como se nada tivesse acontecido. O que é certo é que estava de melhor humor.
Raquel- Estás bem?
A Teresa olhou para mim, fez-me um olhar como que a pedir para não picar a minha irmã. Mas não era esse o meu objectivo.
Melissa- Sim, desculpa aquilo de manhã, fiquei preocupada, e não soube lidar muito bem com a situação, mas agora estou calma, não há razões para não estar.
Raquel- Ainda bem.
Rafael- Sabes que todos nós ficámos preocupados.
João- Ficaste o dia quase todo fora.
Melissa- Eu sei, mas precisava disso, mas já aqui estou, e já está tudo bem.
Teresa- Tens razão, vamos esqueçer o episódio de hoje.
Mudámos de assunto, e o jantar decorreu na maior das calmas.
Arrumámos a cozinha enquanto a minha irmã tomava banho e se vestia.
João- Ficámos de ir ter com o pessoal né?
Teresa- Sim.
Melissa- Então vamos.
Liguei à Rita, perguntei-lhe se estava demorada, respondeu-me que não.
Raquel- Vamos ao bar da praia, a Rita e o Rodrigo vão lá ter.
Rafael- Então digo aos gémeos para irem lá ter.
Fomos andando até ao bar, acabámos por encontrar os gémeos pelo caminho, juntaram-se a nós e fomos para o bar.
O bar estava animado, a música era boa, não estava cheio de gente, estava-se bem.
Escolhemos uma mesa na esplanada do areal, estava menos confusão, fui lá dentro pedir as bebidas, pois não estava nenhum empregado lá fora, quem me atendeu foi o David, quando me viu sorriu.
David- Por aqui? Nunca mais te vi.
Raquel- Não tenho vindo muito aqui, só durante o dia.
David- É normal que não te veja, só faço turnos da noite.
David- Então o que vais querer?
Raquel- Então são..
Fiz os pedidos todos, entretanto vi o Rodrigo e a Rita a entrarem.
Vieram ter comigo, o Rodrigo quando me viu à conversa com o David não fez muito boa cara.
Rodrigo- Boa noite. - Olhou para o David fez-lhe um olhar matador e depois deu-me um beijo.
Rita- Oié amiga, e o pessoal?
Raquel- Estão lá fora.
Rita- Hum, está bem, eu ajudo-te a levar as bebidas.
Raquel- Obrigada.
O Rodrigo também levava bebidas na mão, eles os dois iam à frente, fiquei para trás.
Raquel- Desculpa lá.
David- Pelo teu namorado?
Raquel- Sim.
David- Não tem mal, no lugar dele fazia o mesmo, com uma miúda como tu, há que ter atenção aos outros rapazes.
Levantei o sobrolho e fiquei a olhar para ele, sorri-lhe.
Raquel- Eu vou andando.
Sorriu-me, virei costas e juntei-me ao grupo.
Estivemos à conversa, rimos, e ainda dançámos.
A noite correu bem, sem discussões, tudo na boa, estava apensar em falar com a minha irmã esta noite, quando chegassemos a casa, não sei se era boa ideia ou não, não queria que me criticasse em relação ao Rodrigo, podemos não nos conheçer há muito tempo, mas apaixonei-me mesmo asério, nunca senti tanta vontade de estar com alguem, qualquer das maneiras, vou ficar com o Rodrigo, mesmo que a minha irmã não concorde.
As pessoas começaram a sair, a conversa ia tão bem que nem demos pelo tempo a passar.
Rita- Já é tarde.
João- Tarde? Não é nada.
Rodrigo- Olha que é.
O empregado veio ter connosco.
Empregado- Desculpem, mas temos de fechar o estabelecimento.
Teresa- Oh sim, obrigada, nós vamos já sair.
O Rafael, estava demasiado contente, já tinha bebido demais, então tivemos de o tirar do bar à força.
Combinámos encontrarmo-nos na manhã seguinte, amanhã era sexta-feira, e os gémeos estavam de folga, como no Sabádo a escola estava fechada, os gémeos convidaram-nos para irmos passar sexta e Sábado no veleiro com eles, se da ultima vez tinha sido brutal, desta concerteza que tambem vai ser.
Ivo- Não se esqueçam que são dois dias, por isso levem comida, bastante comida, porque dá sempre muita fome, e roupa, levem a mais porque num barco pode-se esperar de tudo.
Teresa- Está bem.
Melissa- Vai ser muito fixe.
Hugo- Nós vamos hoje fazer um plano, programar as coisas.
Rodrigo- Ok, qualquer coisa, liguem.
Rita- Vai ser fixe.
Raquel- Claro que sim.
Ivo- Amanhã às 9 horas na ponte, pode ser?
Melissa- Sim, claro.
João- Mas isso é búe cedo.
Raquel- Não é nada, é uma boa hora.
Hugo- Se quiserem podemos ir mais tarde.
Rita- Vá, ás 10.
Ivo- Está bem.
Rodrigo- Então vamos andando para casa.
Rita- Sim vamos, ainda temos de preparar as coisas.
Raquel- Tens razão.
Melissa- Vamos lá então.
Despedimo-nos uns dos outros, despedi-me de todos menos do Rodrigo, quando fui para lhe dar um beijo na cara, foi estranho, olhámos um para o outro e sorrimos. Deu um passo atrás e começei a andar para perto da minha irmã.
Teresa- Então até manhã pessoal.
A Teresa e o João agarravam no Rafael que estava a andar todo torto.
Não demorámos nada a chegar a casa, quando chegámos atiramos o Rafael para cima da cama dele, e ali ficou.
Fomos todos preparar o que iamos levar amanhã, entre as três decidimos o que iamos fazer de comida.
Depois eu e a Melissa fomos para o nosso quarto, preparamos o que iamos vestir nos próximos dias.
Raquel- Mana?
Melissa- Diz.
Raquel- Estamos bem?
A Melissa aproximou-se de mim e abraçou-me.
Melissa- Claro que sim tonta, não vai ser uma discussão que nos vai separar.
Raquel- E desculpa, não queria que isto tivesse acontecido.
Melissa- Esqueçe, é passado, vamos divertirmo-nos, estamos de férias.
Raquel- Tens razão.
Raquel- Mana, tenho uma coisa para te contar.
Melissa- Ai sim?
Raquel- Sim.
Melissa- Então diz lá. - Sentou-se na cama de frente para mim.
Raquel- Então é assim, foi uma decisão que tomei, e não estou nada arrependida.
Melissa- Então vá mana diz.
Raquel- Eu e o Rodrigo estamos a namorar.
A minha irmã ficou a olhar para mim com cara de admirada.
Melissa- Asério?
Raquel- Sim.
Melissa- Ficou feliz por ti mana. Asério que fico. Felicidades mana.
Raquel- Obrigada.
Melissa- Raquel?
Raquel- Diz.
Melissa- Tu dormiste na casa dele hoje, tu e ele?
Raquel- Claro que não, dormi na casa dele sim, na cama dele, mas ele dormiu na sala.
Melissa- Ah, oh mana, promete que vais ter juizo.
Raquel- Claro que sim mana, sabes como é que eu sou.
Melissa- Mas conta-me como é que foi que começaram.
Contei-lhe, ela ficou tão encantada como eu, claro que me deu um lição de moral, e tudo o que devia e não devia fazer, mas em relação a essas coisas, sou muito certinha, até demais.
Melissa- Então mas e porque é que não tem estado juntos?
Raquel- Porque eu queria-te contar primeiro, e não quero ir demasiado rápido.
Melissa- Admitirem que estão juntos não é ir demasiado rápido. É seres sincera com o resto do grupo. Acho que não deviam de esconder o que sentem um pelo outro, ainda mais se estão felizes não há razão nenhuma para esconderem.
Raquel- Tens razão, eu e ele estamos bem, e não quero esconder mais isto.
Melissa- Mas sabes que este namoro pode não ser bem visto por todos, tens de estar preparada para isso, mas em principio ninguem vai ter nada contra, e se estás feliz assim, ninguem tem nada a ver com isso.
Raquel- Tens razão, amanhã falo com o Rodrigo, depois vemos o que vamos fazer.
Melissa- Já sabes, se precisares de mim, estou aqui.
Raquel- Eu sei mana, e obrigada.
Melissa- Agora vamos dormir, senão amanhã não nos levantamos.
Deitei-me e fechei os olhos, mas acordei com o telemóvel a vibrar, era uma mensagem do Rodrigo.
Melissa- Aposto e ganho que é do teu principe.
Sorri, e carreguei para ler a mensagem que dizia.
- "Boa noite minha princezinha, quero que saibas que te adoro, dorme bem, muitos beijinhos."
Respondi-lhe.
- "Boa noite amor, amanhã preciso de te dizer uma coisinha, dorme bem e adoro-te muito principe <3"
Pousei o telemóvel na mesinha ao lado da cama, e adormeçi sorrindo.


Sté

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

13º Capitulo

Sim, fomos mesmo para o Farol, eu que queria mesmo ir ao Farol, nem acredito que ele acertou.
Assim que chegámos perto da porta, vimos que a porta estava trancada, ouvimos umas vozes, ele agarrou-me na mão e escondemo-nos, atrás da vegetação, vimos um homem a sair de lá de dentro, por sorte ele deixou a porta encostada, aproveitámos aí e entrámos, com cuidado, o Farol aparentava estar vazio, sem ninguém lá dentro, sempre de mão dada subimos os 337 degraus, saimos por uma porta estreita que ficava por baixo da luz do Farol, aquilo era bastante alto, mas tem uma vista lindíssima, fiquei algum tempo a olhar para o horizonte, a sentir a brisa fresca que se fazia sentir naquela madrugada.
Fechei os olhos e senti o Rodrigo atrás de mim, agarrando-me nas mãos e apoiando o seu queixo sobre o meu ombro, ficámos ali bastante tempo, juntos a olhar para aquela linda paisagem.
Não sei o que me deu, mas virei-me de frente para ele, ficámos frente a frente, ele pôs as suas mãos no meu pescoço, pus as minhas mãos no seu peito, senti o coração dele bater a mil.
Rodrigo- Posso? - Passou a sua mão ao de leve na minha cara.
Não lhe cheguei a responder, tomei a iniciativa e beijámo-nos intensamente, o desejo era mutuo, o meu coração acelerou por completo. Ficámos ali longos e longos minutos, agarrados um ao outro, beijámo-nos milhares de vezes, não dissemos nada simplesmente deixámo-nos levar pelo momento.
Abraçamo-nos e ficamos ainda algum tempo agarrados um ao outro.
Rodrigo- Obrigada.
Raquel- Porque?
Rodrigo- Por me fazeres sentir o rapaz mais feliz do mundo neste momento.
Decerteza que corei, não sabia o que dizer, ele era tão querido, deixava-me completamente derretida.
Rodrigo- Raquel?
Raquel- Sim?
Ele afastou-se, meteu-se de joelhos e olhou-me nos olhos.
Rodrigo- Queres namorar comigo?
Puxei-o para mim e beijámo-nos de novo, outra vez e outra vez.
Raquel- Quero.
Ele voltou a beijar-me.
Sentia-me super feliz, não podia ter pedido melhor noite, melhor lugar para o primeiro beijo, não podia sem dúvida alguma ter pedido melhor amante que o Rodrigo.
Sentámo-nos no chão, encostei-me a ele, ficámos ali algum tempo.
Adormeci encostada ao meu principe, mas acordei com um beijo perto do ouvido.
Rodrigo- Princesa, já é demasiado tarde, é melhor irmos andando.
Estava ensonada, mas abanei a cabeça a dizer que sim.
Ele levantou-se e ajudou-me a sair do chão, descemos os 337 degraus, com cuidado fomos até à porta de saida, ainda estava encostada, tal e qual como a tinhamos deixado, saimos dali rápido, para que ninguém nos visse, sim, porque entrar no Farol era totalmente proibido.
Caminhámos nas calmas pela passadeira de cimento, iamos agarrados um ao outro, trocávamos beijos de vez em quando, sentia-me tão bem ao lado dele.
Não demorámos a chegar ao cruzamento, se seguissemos pela direita iamos para casa dele, se fossemos em frente iamos para a minha.
Rodrigo- Queres ficar em minha casa.
Raquel- E quando a Melissa acordar e não me vir?
Rodrigo- Liga-te.
Raquel- Mas não tenho telemóvel amor.
Rodrigo- Oh princesa, não te preocupes, se quiseres amanhã levo-te bem cedo para casa.
Sorri-lhe. Dei-lhe a mão e seguimos pela direita.
Assim que chegámos a casa dele, abriu a porta com cuidado, para não fazer barulho.
Entrámos em casa, e fomos logo para o quarto dele.
Rodrigo- Amor, ficas aqui, que eu durmo na sala, thim?
Fiquei super admirada por ele não querer que durmamos juntos, qual é o rapaz que não queria? A cada minuto que passava ficava mais feliz com as atitudes dele. Era um sonho tudo aquilo que estava a viver.
Raquel- Tens a certeza amor?
Rodrigo- Tenho amor, quero que te sintas à vontade.
Raquel- Obrigada amor.
Rodrigo- Fica à vontade princesa. Vá dorme bem.
Raquel- Obrigada amor, dorme bem.
Deu-me um beijo, mas quando ia a sair do quarto, voltou atrás e voltou a dar-me um beijo, este mais demorado. Finalizando com um "Adoro-te Princesa".
Demorei a adormeçer, só pensava no que tinha acontecido, parecia um sonho.
Quando adormeçi, sonhei com tudo o que tinha acontecido.
Assim que o sol bateu na janela, acordei, estava um dia de céu limpo, não havia uma unica nuvem, levantei-me, abri a porta do quarto e vi o Rodrigo ainda a dormir.
Em bicos de pés fui até ao quarto da Rita, abri a porta, como ainda estava a dormir voltei a fechar a porta, virei-me e fui para perto do sofá, fiquei ali a olhar para ele.
Sentei-me no braço do sofá.
O telemóvel do Rodrigo começou a tocar, fazendo assim o rapaz acordar, abriu os olhos e olhou para mim, disse-me bom dia e apanhou o telemóvel que estava no chão.
Rodrigo- É o Rafael!
Raquel- Atende.
Atendeu o telemóvel.
Rodrigo- "Estou?"
Rafael- "Tou Rodrigo?"
Rodrigo- "Sim diz."
Rafael- "Desculpa lá acordar-te a estas horas, mas é que a Raquel não dormiu em casa, e a Melissa está super preocupada, sabes de alguma coisa?"
Rodrigo- "Diz à Melissa para não estar preocupada que ela está aqui em casa."

Percebi que estavam a falar de mim.
Rafael- "Está? Ainda bem. Olha a Melissa está a dizer para ela vir para casa."
Rodrigo- "Está bem, eu digo-lhe, vá até já."
Rafael- "Até já."
Assim que a conversa entre eles acabou, perguntei-lhe logo.
Raquel- Então?
Rodrigo- Hum.. A tua irmã não me parece nada contente, mandou-te ires para casa.
Levantei-me e sentei-me no colo do meu principe.
Raquel- Não me apeteçe nada. - Beijámo-nos.
Rodrigo- Não quero que vás amor.
Raquel- Não quero ir.
Começámos aos beijos, mas fomos apanhados de surpresa pela porta do quarto da Rita a abrir.
A Rita abriu a porta e ficou a olhar, esfregou os olhos para ver se estava mesmo a ver bem.
Rita- Raquel? Rodrigo?
Olhámos um para o outro e sorrimos.
Raquel- Bom dia..
Rodrigo- Bom dia priminha.
Rita- Voçes? O que estás aqui a fazer? Voçes estão mesmo juntos?
Raquel- O que te pareçe?
Rita- Que sim claro.
Rodrigo- Ai tens a tua resposta.
Rita- Ohhh, eu sabia, oh que queridos. Oh Felicidades, fico tão feliz por voçes, asério meninos.
Rita- Mas ficaste cá a dormir? Dormiram juntos? Como é que foi o primeiro beijo?
Rodrigo- Oh prima, que cusca.
Rita- Cusca? Vá quero saber.
Raquel- Eu depois conto-te tudo sim?
Rita- Está bem, mas vou ficar à espera.
Raquel- Bom, eu tenho que ir.
Rita- O quê? Já?
Rodrigo- A irmã ficou um bocado chateada por ela não ter dormido em casa, e por não ter avisado.
Rita- Mas ela não é tua mãe, já tens idade para fazeres o que quiseres.
Raquel- Não é bem assim, ela também é muito protectora, e é normal que esteja assim, eu não dormi em casa, ela ficou preocupada, eu percebo.
Rodrigo- Eu levo-te a casa amor.
Rita- Posso só fazer uma pergunta?
Raquel- Claro faz.
Rita- Voçes vão contar ao pessoal que estão juntos?
Rodrigo- Amor?
Raquel- Amor, quero que saibas que estou super feliz contigo, mas que para já, é melhor eles não saberem.
Rodrigo- Ok amor, quando lhes quiseres contar, ai contas.
Dei-lhe um beijo demorado, enquando a Rita nos olhava.
Raquel- Tenho mesmo de ir.
Rita- Raquel? Estamos juntas hoje?
Raquel- Sim, eu quero ver se ainda consigo estar com voçes, a sós.
Rita- Então depois diz-me qualquer coisa.
Raquel- Sim, eu ligo-te.
Rodrigo- Vá amor vamos.
Levantámo-nos do sofá, o Rodrigo vestiu a t-shirt e deu-me a mão, despedi-me da Rita e saimos.
Rodrigo- Princesa? Posso te fazer uma pergunta?
Raquel- Claro amor.
Rodrigo- Porque é que não lhes queres contar de "nós"?
Fiz silencio durante algum tempo, mas acabei por responder.
Raquel- Oh amor, eu quero que isto resulte, não quero precipitar muito as coisas, quero ir com calma.
Rodrigo- Eu também quero que resulte, e vai resultar.
Raquel- Não quero que isto seja só uma curte de Verão, quero, claro que se tu também quiseres, que isto seja sério.
Rodrigo- Vamos com calma amor, e isto não vai ser só uma curte de Verão, eu não sou assim, quando me apaixono, apaixono-me asério.
Parei e únimos os nossos lábios, estava tão feliz, sentia-me tão bem comigo mesma, e sentia-me bem com ele perto de mim.
Entretanto chegámos à porta da minha casa, beijámo-nos de novo.
Rodrigo- Quero tanto que fiques comigo.
Raquel- Acredita que é o que mais quero fazer.
Voltámos a beijar-nos, bati à porta e ele seguiu caminho para casa.
Quem me abriu a porta foi a Teresa.
Teresa- Então rapariga, onde é que andaste?
Entrei e estavam todos na sala.
Raquel- Desculpem não ter avisado, mas estavam todos a dormir.
Melissa- Não interessa, devias de ter avisado na mesma.
Raquel- Já aqui estou Ok?
Melissa- Tens noção como é que eu fiquei? Acordar não te ver, correr a casa toda
e não te encontrar? Ainda por cima dormiste na casa de pessoas que tu nem conheçes.

Raquel- Pronto Melissa, já acabaste?
Melissa- Não me mandes calar.
Raquel- Não te estou a mandar calar, mas percebe, eu sei o que faço, já tenho idade para tomar as minhas decições, não tens de andar atrás de mim o dia todo, dá-me espaço.
Rafael- Mel, a tua irmã tem razão, ela já tem idade suficiente para tomar certas decisões.
Melissa- Pára de a defender Rafa, ela não tinha nada de sair.
Teresa- Tudo bem Mel, ela não tinha de sair, mas já se percebeu, a única falha que a tua irmã cometeu foi mesmo não nos ter dito nada, mas não achei que tivesse feito nada de errado, ela está na idade de conheçer pessoas novas, estás te sempre a queixar que ela não se dá com outras pessoas, assim que ela conheçe alguém novo, estás tu sempre em cima.
Melissa- Viraram-se todos contra mim foi? Caramba. - A minha irmã pegou na mala e saiu toda marfada.
Sentei-me no sofá e apoiei a cabeça nas minhas mãos, detesto discutir com a minha irmã, gosto tanto dela, mas é demasiado protectora.
João- Vá Raquel, não fiques assim, sabes como ela é, daqui a nada ela vem para casa e já está bem.
Rafael- Sim Raquel, a Mel é demasiado explosiva.
Teresa- Não é que eu concorde que tenhas dormido fora sem avisar, mas percebi o porquê disso, mas sabes como ela é. Dá-lhe tempo, ela vai cair em si.
Raquel- Eu não queria que isto tivesse acontecido, sim agi mal, devia ter avisado, mas não deu.
João- Deixem já isso, ela agora acalma-se, e nós vamos para a praia, quando ela estiver calma vem ter connosco.
Assim o fizemos, fomos andando para a praia, tinha acordado super bem disposta, mas depois da discussão não fiquei com o melhor humor.
Estendemos as toalhas, deitei-me ao sol.
Rafael- Querem que ligue ao resto do pessoal para virem ter connosco?
Teresa- Sim amor, liga-lhes.
Então o Rafael assim o fez, ligou aos gémeos e de seguida ligou ao Rodrigo.
Rafael- Pronto, eles vêm agora aqui ter.
Ficámos ali a apanhar sol, entretanto chega o Rodrigo, a Rita e o Ivo.
Ivo- Então pessoal.
Rafael- Então e o Hugo?
Rita- Ele tem de dar uma aula, mas depois vem cá ter.
Os olhares entre mim e o Rodrigo eram intensos, a vontade de o beijar era imensa, mas tinhamos de nos controlar.
A Rita estendeu a toalha a meu lado, esticou-se toda e susurrou-me ao ouvido.
Rita- Está tudo bem?
Raquel- Nem por isso.
Rita- Então?
Raquel- Eu já te conto tudo.
Rita- Está bem, e a Melissa?
Raquel- Anda, vamos ao bar que conto-te tudo.
Levantámos-nos e fomos até ao bar. Precisava mesmo de desabafar.

domingo, 26 de agosto de 2012

12º Capitulo

Fomos à associação, os gémeos já lá estavam, sentados numa mesa, fomos ter com eles, sentámo-nos todos juntos, ficámos a conversar muito tempo, confesso que o ambiente estava um bocado pesado, a Melissa estava chateada, não percebia o porquê, falava mal com todos, dava com cada resposta que as pessoas ficava sem saber o que dizer.
Depois de tantas respostas mal dadas, cheguei a um ponto que não dava mais.
Raquel- Ok, chega, Melissa anda.
Melissa- Népia.
Raquel- Népia nada, vens e vens mesmo.
Parecia que estava a lidar com uma criança que estava a fazer birra, peguei-lhe pelo braço e puxei-a até mim.
Melissa- Larga-me, não és minha mãe.
Raquel- Cala-te, pessoal, nós já vimos.
Acenaram com a cabeça que sim, levei a Melissa a rasto, tinha de saber o porquê de ela estar assim.
Afastámo-nos da associação, já estávamos perto da praia, larguei-lhe o braço, parei a meio caminho e fiquei a olhar para ela à espera que me contasse o porquê daquilo tudo.
Melissa- O que é?
Raquel- Estou à espera que me digas o porque de estares a agir assim com todos.
Melissa- Não tens nada a ver com isso.
Raquel- Deixa de ser parva e diz-me o que  se passa.
Ela fez silêncio, as lágrimas começaram a cair-lhe dos olhos, agarrou-se a mim a chorar, já não estava a perceber nada, é certo que a minha irmã às vezes tinha umas crises deste género, mas tem estado tudo a correr bem ultimamente.
Raquel- Oh mana, fala comigo.
Deu um passo atrás e ficou a olhar para mim, respirou fundo e começou a falar.
Melissa- Não estou nos meus dias.
Raquel- Então e porque?
Melissa- Porque? Raquel, estão todos bem menos eu, a Teresa e o Rafael, nem comento, tu foste passar a tarde toda com a Rita, estou mesmo a ver, tu e a Rita vão se tornar super amigas, e vais me pôr de lado, tal como a Teresa, está com o Rafael e pronto, são namorados, tudo bem, mas eu sinto-me posta de parte por todos voçes.
Raquel- Melissa, como é que tu podes dizer isso? Todos nós adoramos-te, desculpa se passei o dia com a Rita em vez de contigo, mas conforme tu tens a Teresa, para desabafar, apesar de ela ter o Rafa, são namorados, têm de estar juntos, mas tu sabes que se pedires à Teresa para ires com ela à praia ou assim, sabes que ela vai contigo, mas cada um tem a sua vida, não podem viver em tua função, mas sabes que se precisares de nós, nós todos vamos estar aqui para ti.
Melissa- Eu sei, só que parece que se esqueçem de mim, que ninguém quer estar comigo.
Raquel- Oh Melissa, deixa-te dessas coisas, não tens razões nenhumas para pensares isso, nenhumas mesmo, eu estou aqui, se tu precisares de alguma coisa diz-me. E não penses essas coisas, são só parvoices dessa tua cabeça, asério mana, não vamos arranjar problemas onde eles não existem, ainda agora os conheçemos, não queres que pensem logo mal de ti pois não?
Melissa- Claro que não, eu quero que eles gostem de mim.
Raquel- E Melissa, só mais uma coisa. Não descarregues nos outros. Isso não ajuda nem a ti nem ao ambiente entre o grupo.
Melissa- Eu sei, não falei mal com eles por mal, eu vou-lhes pedir desculpa.
Raquel- Sim, faz isso sim, e vá não fiques assim.
Abraçamo-nos e ficámos ali algum tempo.
Melissa- Obrigada mana.
Sorri-lhe e voltámos para junto do grupo, assim que chegámos a Melissa pediu desculpa ao pessoal, sentámo-nos junto ao grupo de novo, conversámos bastante.
João- Bora dar uma volta, que já me doi o rabo de estar sentado tanto tempo.
Ivo- Sim, bora.
Rodrigo- Então e querem ir onde?
Raquel- Voçes é que são de cá, voçes é que conheçem isto aqui.
Hugo- Sabem o que que me apeteçe?
Rita- O que?
Hugo- Ponte.
Rafael- Excelente ideia, como faziamos o ano passado.
Ivo- Grande ideia mano.
Teresa- Mas é fazer o que?
Rodrigo- Saltar da ponte.
Raquel- Bem, estou mesmo a ver que todas as noites é para irmos à água.
Rodrigo- É Verão, e a essa hora é que a água está mesmo boa.
Teresa- Sim vamos lá então.
Fomos todos até à ponte, andaáos ainda uns 15 minutos, não foi muito, iamos a rir pelo caminho, quando lá chegámos não estava ninguém na ponte.
Ivo- Estranho, não estar aqui ninguém.
Rita- Também ainda é cedo.
Aproximei-me das escadas, descalçei-me e desci até sentir o mar nos meus pés, a água estava quente, não estava corrente nenhuma, nem vento, estava uma noite estrelada, noite de lua cheia, via-se ao longe as luzinhas da cidade do outro lado do mar, que noite tão calma.
Olhei para cima e vi o Rodrigo a olhar-me, sorri-lhe.
Raquel- Sim.. Precisas de alguma coisa?
Rodrigo- Precisar, sim preciso. E muito.
Raquel- Precisas do quê?
Rodrigo- Digo-te depois. - Sorriu-me.
Desceu as escadas e veio ter comigo, sentou-se a meu lado, não disse nada, eu tambem não, não tinha nada para dizer.
Rodrigo- Tens ai o teu telemóvel?
Raquel- Não, deixei em casa, mas porque?
Rodrigo- Ainda bem.
Raquel- Bom, qual é a ideia? Rodrigo?
Assim que disse aquilo, ele pegou-me ao colo e atirou-se para dentro de água.
Assim que vim ao de cima, claro que começei aos gritos com ele.
Raquel- Estás doido?
Ele começou-se a rir, veio para perto de mim, ficámos frente a frente um ao outro, olhámos intensamente nos olhos um do outro, mordi o lábio e agarrei-lhe na cabeça e empurrei para dentro de água, começei a nadar para ver se conseguia fugir dele, claro que veio atrás de mim, ficámos ali a brincar os dois, foi lindo.
Entretanto já o pessoal estava dentro de água, eu e ele eramos os únicos de roupa dentro de água, embora tenha ficado com a roupa encharcada, foi um momento maravilhoso.
Começou a ficar frio, então saimos da água, estava-se melhor dentro de água, mas já era tarde e tinhamos mesmo de sair, enquanto o pessoal se vestia, eu e o Rodrigo, congelávamos à espera deles, assim que se despacharam, demos uma corridinha até à praia, assim do nada começou a luta de areia, mas que grandes malucos, eramos oito malucos numa praia às escuras a brincar com areia. No final da brincadeira, corremos todos em direção ao mar, estava frio, mas tinhamos de tirar toda aquela areia que tinhamos no corpo.
Quando saimos da água, sentámo-nos todos na areia, ficámos ali ainda algum tempo, mas os gémeos tinham que se levantar cedo, pois tinham de dar aulas cedinho, então saimos dali, despedimo-nos uns dos outros e cada um foi para a sua casa.
Chegámos, tomámos outra vez banho, depois de banho tomado e pijama vestido, sentámo-nos todos no sofá.
Teresa- Estou cansada.
Rafael- Vamos para a cama amor?
Teresa- Sim amor, dormir.
Rafael-Pronto, vamos dormir sim.
João- Oh sim, dormir.
Teresa- Vá até manhã pessoal.
Levantaram-se e foram para o quarto.
Melissa- Bem, eu tambem vou, até manhã João.
João- Até manhã Mel.
Quando a minha irmã fechou a porta, o João disse-me que ia dormir.
Não tinha sono, as minha emoções falavam mais alto que o sono, fiquei deitada no sofá, deviam de ter passado uns 20 minutos desde que o João se tinha ido deitar, senti baterem na janela, apanhei um enorme susto, levantei-me do sofá, corri o cortinado e olhei lá para fora, era o Rodrigo.
Pensei para mim, mas o que que ele faz aqui, a estas horas?
Abri a janela e falei-lhe baixinho.
Raquel- O que estás aqui a fazer?
Rodrigo- Quero-te levar a um sitio.
Raquel- A estas horas?
Rodrigo- Sim, vá lá anda.
Não podia dizer que não, eu queria, pois claro que queria.
Raquel- Eu estou de pijama.
Rodrigo- Não faz mal, eu dou-te o meu casaco e nem se nota que estás de pijama.
Raquel- Tu és doido.
Rodrigo- Vens? - Sorriu-me.
Como é que podia dizer que não a um sorriso lindo daqueles.
Sai pela janela, a porta já estava trancada, e fazia muito barulho a abrir, assim não acordava ninguem, claro que ele me ajudou a descer, despiu o casaco e deu-me, vesti-o, e como o casaco me estava bastante grande não se via nem um bocadinho do pijama.
Raquel- Onde é que vamos?
Rodrigo- Já vais ver.
Raquel- Mas assim vou ficar curiosa.
Rodrigo- Não te preocupes que não te vou por em perigo.
Raquel- Disso eu sei.
Olhou para mim e voltou a sorrir.
Fomos conversando pelo caminho, iamos na direção do Farol. Mas será que iamos mesmo lá?



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

11º Capitulo

Sentei-me no sofá enquando o Rodrigo punha o filme no leitor de dvd´s, sentou-se ao meu lado, bem junto a mim, não me importava nada claro, começei a suar, a sentir calor, o meu coração batia a mil à hora, parecia que ia saltar, sentia borboletas na barriga, definitivamente estava apanhadinha por aquele rapaz.
Rodrigo- Estás bem?
Raquel- Eu? Claro que sim.
Rodrigo- Pareces nervosa.
Raquel- Efeitos secundários de certos sentimentos.
Ok, não sei o que me deu para dizer aquilo, mas saiu-se, oh meu deus, eu disse mesmo aquilo?
Ele riu-se do que tinha acabado de dizer, ele percebeu a indirecta.
Rodrigo- Eu sei o que isso é. Mas não presisas de ficar assim.
Raquel- Isso não se controla.
Rodrigo- Eu sei que não, e esperemos que não tenhas de controlar brevemente.
Corei por completo, asério que ele disse aquilo? Só queria que a Rita entrasse pela sala a dentro.
A Rita entrou, com uma grande taça de pipocas, e sentou-se da outra ponta do sofá.
Rita- Vá Rodrigo, carrega no botão para começar, o filme é búe fixe.
Finalmente, o filme começou a dar, mas confesso que não tomei atenção absolutamente nenhuma, só pensava na conversa que tinha tido com a Rita, e no que tinha acabado de acontecer, sentia o Rodrigo a olhar-me, tentáva não corar, para que ele não percebe-se nada, fixando os olhos no ecrâ.
Quando o filme acabou, o Rodrigo levantou-se logo.
Rodrigo- Bora até à praia? Tenho que esticar as pernas.
Rita- Sim vamos. Pode ser Raquel?
Raquel- Sim sim pode,vamos lá então.
Rita- Então eu vou só ao quarto buscar a mala.
Raquel- Vou contigo, assim trago a minha tambem.
Rita- Não te preocupes, eu trago a tua tambem.
Asério Rita, ias me deixar mais uma vez sozinha com o Rodrigo?
Não disse nada, aceitei o que tinha dito, olhei para o Rodrigo que estava a olhar para mim, ficámos a olhar um para o outro fixamente, até que desviei o olhar, olhei para o chão, ele começou-se a rir, tinha percebido a minha atrapalhação.
Voltei a olhar para ele, sorri-lhe timidamente, aproximou-se de mim, levantou o braço e desviou-me o cabelo dos olhos, não dissemos nada, ficámos a olhar nos olhos um do outro, mas entretanto a Rita abriu a porta do quarto, e interrompeu o momento, olhei para baixo e sorri, ouviu-o a dizer bem baixinho " no momento errado", olhei-o nos olhos e sorrimos ao mesmo tempo, logo a seguir afastámo-nos um do outro, a Rita ficou parada a olhar-nos, tinha percebido que tinha chegádo em má altura.
Rita- Desculpem.
Eu e ele voltámos a olhar mais uma vez um para o outro, mas não lhe respondemos, andámos em direção da porta, saimos e caminhámos pela passadeira de cimento em direção à praia.
Estava nas nuvens com o que tinha acabado de acontecer, não quero avançar rápido de mais, mas a vontade de o ter comigo era mais que muita.
Não pensei em mais nada, queria ver no que ia dar.
Quando chegámos à praia, estava vento, mas um vento quente, caminhámos até à beira da água, pousámos as malas, despimos a roupa e fomos até ao mar, a água pela primeira vez, estavava quente, o mar calmo, um final de tarde perfeito, o sol já estava com aqueles tons de laranja e rosa, lindo mesmo, quando saimos, sentámo-nos na areia a olhar o céu, ficámos ali longos minutos sem dizer uma única palavra, cada um nos seus pensamentos.
Rita- Bem que tarde.
Rodrigo- É a melhor hora para estar na praia.
Raquel- Sem dúvida alguma.
Rita- Isto é tudo muito bonito, mas já tenho fome.
Rodrigo- É, eu tambem.
Raquel- Também já é quase hora do jantar.
Rita- É melhor irmos andando.
Raquel- Sim tambem tenho que ir.
Rodrigo- Queres jantar connosco?
Rita- Excelente ideia, queres?
Raquel- Querer quero sim, só tenho de avisar a minha irmã.
Rodrigo- Ela que não se preocupes, estás em boas mãos.
Raquel- Não te preocupes que ela sabe que sim.
Rodrigo- Espero que saiba mesmo. - Sorriu-me.
Liguei à Melissa, avisei-lhe que ia jantar em casa da Rita, ela aceitou claro, apenas me pediu para ter juizo, coisa que não me falta.
Fomos para casa deles, a Rita abriu a porta e entrámos.
Rodrigo- Olha lá Rita. Não é hoje que a minha mãe ia a terra, acho que amanhã tem uma consulta com a avó.
Rita- Ah pois é, ou seja, não há jantar.
Rodrigo- Fazemos nós.
Rita- Ai aborrece.
Rodrigo- Eu faço. As meninas ficam aqui sentadinhas, quando estiver pronto eu chamo.
Raquel- Mas nós podemos ajudar.
Rodrigo- Na na na, deixem que eu faço.
Rita- Pronto se queres ser tu a fazer, então faz, nós estamos no quarto.
Rodrigo- Eu depois chamo.
Fomos as duas para o quarto, e ele foi para a cozinha.
Entrámos e fechei a porta, sentámo-nos na cama, estava-se mesmo a ver que iamos levar o tempo todo na conversa.
Rita- Interrompi alguma coisa?
Raquel- À bocado?
Rita- Sim antes de sairmos de casa?
Raquel- Hum, mais ou menos.
Rita- O que? Beijaram-se?
Raquel- Não, não nos beijámos.
Rita- Mas iam-se beijar?
Raquel- Não sei.
Rita- Oh meu deus, sou mesmo estraga, interrompi o vosso primeiro beijo.
Raquel- Não interrompes-te nada, secalhar nem nos beijavamos.
Rita- Claro que sim, eu é que entrei no momento errado.
Raquel- Tenho medo que isto vá rápido demais Rita.
Rita- Achas que ele está a ir rápido demais?
Raquel- Não sei, eu só quero que resulte, mas com calma.
Rita- Eu percebo-te, vão com calma, não te mostres muito interessada, assim ele se quizer, vai ter de lutar por ti, mostrar o que sente.
Sorri-lhe e abraçei-a.
Raquel- Obrigada.
Rita- Não tens de que. Sei que nos conheçemos à relativamente pouco tempo, mas eu vou estar sempre aqui para o que presisares, sim?
Raquel- Eu sei que sim, digo-te o mesmo.
Sorrimos e continuamos a conversa. Até ouvirmos o Rodrigo a chamar-nos.
Fomos até à cozinha ter com ele, já a mesa estava posta, e a comida na mesa, sentámo-nos.
Rita- Primo, isto cheira bem..
Rodrigo- Claro mas tinhas duvidas dos meus dotes de culinária?
Rita- Calma, até agora só cheira bem, não sei se sabe bem. Tenho de provar.
Raquel- É bom de certeza, só pelo cheirinho.
Rodrigo- Então vamos lá comer.
Sentámo-nos e começamos a comer.
Raquel- Bem, isto esta mesmo bom.
Rodrigo- Gostas?
Raquel- Claro que sim.
Rita- É primo, tens futuro como cozinheiro.
Rodrigo- Não exageres, desenrrasco-me.
Raquel-Mas asério, está bom sim.
Rodrigo- Ainda bem que gostaram, foi feito com muito carinho.
Começamos todos a rir claro.
Continuámos a jantar, conversámos bastante, foi bom.
Assim que acabamos de jantar levantamos a mesa, e arruma-mos a cozinha, voltámos a entrar no sofá.
Rita- Como é? Querem ir sair?
Raquel- Sou sincera, não me apetece muito ir para bares.
Rodrigo- Concordo, hoje apetece é " calma".
Rita- Querem o que? Ir dar um volta ou assim.
Raquel- Podemos ir ter com o pessoal.
Rodrigo- Sim podemos.
Rita- Sim sim vamos.
Raquel- Então vou ligar à Teresa.
Rodrigo- Eu vou ligar aos gémeos.
A Rita ficou a observarnos ao telemóvel, não demoramos muito a combinar as coisas.
Rodrigo- Os gémeos vão agora para a associação.
Raquel- Podemos passar lá por casa para  irmos buscar o resto do pessoal?
Rodrigo- Sim claro.
Saimos e fomos andando até à minha casa, toquei à campainha, pois não tinha a chave, eram só duas chaves, e a chave estava com eles, o Rafael veio abrir.
Rafael- Hey pessoal, estamos à espera das miúdas, elas pensam que vão para um baile.
Raquel- Mas não vão, é que eu ainda nem tomei banho nem nada.
Rodrigo- Deixa estar, estas bem assim. Tambem ainda não tomei banho, estamos na ilha.
Entretanto o João veio tambem à porta.
João- Yah, estamos na ilha, não faz mal nenhum, elas é que são todas "pipis"
Ouvimos a porta a abrir, eram as donzelas, finalmente estão despachadas.
Rita- Finalmente meninas.
Melissa- Nós gostamos de nos arranjar tá? Lá por voçes estarem assim, não quer dizer que nós tenhamos de ir como voçes.
Não estava nada à espera que a Melissa fosse dizer aquilo, muito menos que falasse com aquela agressividade com a Rita.
Rita- Ninguem está a dizer para ires, simplesmente demoram muito tempo.
Raquel- Vá meninas, calma, já estão despachadas, que bom, vá vamos.
Melissa- Yah, pois.
Mas que cena, o que que se tinha passado com ela, ela não custuma ser assim. Estou para ver como é que vai correr a noite, mas quando chegar a casa tenho mesmo de falar com ela.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

10º Capitulo

Demoramos menos de 10 minutos a chegar àquela pequena ilha onde iamos tomar o pequeno almoço. O Hugo e o Ivo atracaram o Veleiro perto da costa, voltamos a entrar no barquinho, todos muito apertados, mas rápidamente chegamos à pontezinha daquela pequena ilha.
Ivo- Vá toca a sair.
Saimos todos do barquinho e ficámos à espera que o Hugo prede-se o barquinho à ponte, o barco já estava preso, e fomos todos juntos até ao café que ficava num pequeno areal.
Sentámo-nos na esplanada, veio uma rapariga mais ou menos da nossa idade, perguntar o que queriamos tomar.
Rafael- Uma torrada e um Ucal.
Teresa- Pode ser uma sandes de fiambre e um Ucal tambem.
Ivo- Uma sandes mista de um galão.
Hugo- O mesmo que ele.
Rita- Fogo são mesmo gémeos. Para mim é uma tosta e um ice tea.
João- Uma torrada e um ice tea de manga.
Melissa- Mana?O que que vais comer?
Raquel- Uma tosta mista e um sumo de laranja.
Melissa- Então para mim é o mesmo.
Rodrigo- Pode ser uma tosta de queijo e um ucal. Se faz favor.
Empregada- Trago já.
Ficámos à conversa até a comida chegar, quando chegou, não se ouviu nem um piu, começou tudo a comer, estava tudo esfomeado.
Hugo- Pessoal, desculpem lá chatiar-vos, mas é que temos que ir.
Rafael- Então porque?
Ivo- A escola de surf né?
Rodrigo- Ya, é verdade, tem de ir dar as aulas.
Hugo- Sim, desculpem lá.
Raquel- Oh,não tens de pedir desculpa, é o teu trabalho.
João- Então vá, vamos lá andando.
Teresa- Sim vamos.
Levantámo-nos todos, e dirigimo-nos ao balcão e pagamos a conta.
Caminhamos para a pontezinha, metemo-nos no barco e regressamos ao veleiro.
O Ivo agarrou-se ao leme e seguimos para a nossa ilha, estava desejosa de chegar a casa para tomar um banhinho de água quente.
Não demorámos a chegar, o vento ajudou, o dia estava ventoso, e assim chegámos mais rápido.
Atrácamos o barco e fomos para a costa, caminhamos todos juntos pela passadeira, mas depois os gémeos foram para a associação, o Rodrigo e a Rita foram para casa, e nós como é claro tambem.
Raquel- Presiso de um banho.
Melissa- Tu e todos nós.
João- E uma sesta tambem calha mesmo bem.
Rafael- Yah, e frango assado tambem.
Teresa- Ai amor, acabamos de comer, e tu já estas a pensar outra vez em comida?
Rafael- O que que queres, tenho fome, eu sou um homem de muito alimento.
Melissa- A parte de que és de muito alimento concordo, já a parte do homem nem por isso.
Assim que a minha irmã disse aquilo todos nós começamos a rir, quem não achou muita piada foi o Rafael.
Rafael- Que piada, Pois fica sabendo que sou homem com H grande.
Teresa- Ai sim amor?

Rafael- Mau mau...
Raquel- Está descansado que nós não duvidamos disso.
Assim que a conversa acabou, fui ao quarto buscar roupa e fui tomar banho. Um banho que valeu por mil, soube mesmo bem, fiquei como nova
O resto da manhã passamos em casa a descansar daquela noite cheia de surpresas, passei a manhã deitada na cama, com os fones nos ouvidos a ouvir os meus meninos (One Direction)
soube-me bem, pois à muito tempo que não ouvia a minha música, vinha-me tudo à cabeça, os dias que temos passado na ilha, como será que iam as coisas lá em casa sem mim e sem a Melissa, o rapaz do bar, a Rita, e principalmente o Rodrigo. Ele mexia comigo, mesmo sem eu querer, ser dizer, querer eu queria, só não me quero arrepender de nada que possa acontecer, ele é lindo, pelo que tenho percebido, é uma excelente pessoa, e não é como os rapazes que tenho conheçido, não se atira a mim, é discreto, simples, e não complica as coisas, o que eu adoro. Ai Raquel, tira essas coisas da cabeça, um rapaz como ele nunca vai olhar para um miúda como tu.
Estava nos meus pensamentos nem dei por baterem à porta, a Rita entrou no quarto e atirou-se para cima da cama, tirei os fones e desliguei a música.
Raquel- Rita.
Rita- Desculpa lá entrar, mas eu bati.
Raquel- Eu não ouvi, mas fizeste bem em entrar.
Rita- Vim saber se por acaso não queres passar a tarde comigo, podias ir ver um filme em minha casa ou assim.
Raquel- Sim, por mim sim, pode ser.
Rita- Ainda bem, assim conversamos um bocado.
Raquel- Sim claro.
Levantámo-nos e fui à procura da Melissa para lhe avisar.
Raquel- Melissa, vou a casa da Rita.
Melissa- Ok, vai lá e diverte-te.
Raquel- Obrigada mana, até logo.
Saimos as duas e fomos andando e conversando bastante até casa da Rita.
Assim que a Rita abriu a porta vejo o Rodrigo sentado no sofá, quando entrámos ficou a seguia-me com o olhar.
Rita- Então primo? Não vais sair?
Rodrigo- Não estava nos meus planos. Só mais daqui a bocado.
Rita- Esta bem, nós vamos para o meu quarto.
Rodrigo- Está bem, vão lá.
Raquel- Até já Rodrigo.
Rodrigo- Até já..
Senti-o a olhar para mim durante o tempo que caminhava até à porta do quarto da Rita, assim que entrei espreitei ao fechar a porta, ele viu que olhava para ele e fez um sorriso timido, e respondi-lhe tambem com um sorriso. Assim que fechei a porta, encostei-me à porta e mordi o lábio para não dar aqueles grandes sorrisos de felicidade.
Rita- Estás mesmo apanhadinha por ele não estás?
Fiquei surpresa com a pergunta, mas respondi-lhe.
Raquel-
Ahm? Eu?
Rita- Não eu.. Claro que és tu, cada vez que voçes se vem, passam o dia inteiro a olhar um para o outro, a sorrir, notasse logo.
Raquel- Oh.. Não digas isso.
Rita- Não é mentira pois não?
Hesitei ao responder, mas não tinha razões para esconder aquilo que sentia.
Raquel- Mentira não é, mas.. Notasse muito?
Rita- Só um cego é que não vê minha querida. Asério, vai em frente, com o Rodrigo estás à vontade.
Raquel- Não sei, e se ele não quizer?
Rita- Ele está de olho em ti, desde a noite do bar, ainda nem sabia que voçes estávam com o Rafael já ele levava o tempo todo a olhar para ti.
Raquel- Asério?
Rita- Raquel, eu sou prima dele, somos como irmãos, vivemos juntos desde de sempre, eu conheço-o, e nunca o vi assim por nenhuma rapariga, e olha que o Rodrigo para se apaixonar é preciso muito.
Fiquei super feliz por ouvir aquilo, queria pular de felicidade, queria sorrir sem parar, queria o ver, queria-me agarrar a ele, queria-o ali comigo. Mas não podia, não queria apressar nada, queria que fosse ele a dar um passo em frente.
Raquel- Eu nem sei o que dizer, não esperava ouvir nada disso.
Rita- Eu sei, ele não pareçe ser assim, eu sei.
Raquel- É isso, não parece mesmo.
Rita- O Rodrigo é uma excelente pessoa, eu tenho muito orgulho nele.
Fiz silêncio, estava ainda a dirigir aquilo tudo, aquela conversa, aquela informação, tudo o que eu queria ouvir.
Rita- Vá, pensa no que te disse, mas prometo que com o meu primo, não te vais arrepender de nada, agora vamos lá para a sala ver um filme.
Sorri-lhe e levantei-me da cama, limitei-me a segui-la até à sala, o Rodrigo ainda lá estava, de televisão apagada.
Rita- Então primo?
Rodrigo- Então meninas? Já falaram tudo é?
Raquel- Sim já.
Rodrigo- Mulheres.

Rita- Vais dizer que tambem não conversas assim com os teus amigos?
Rodrigo- Oh claro, mas não tanto como voces.
Rita- Oh sim sim, voces quando se juntam nunca se calam.
Rodrigo- Tambem temos esse direito oh.
Raquel- Oh meninos, vamos ver um filme ou não?
Rita- Claro que sim, vamos.
Rodrigo- Ah vão ver um filme é? Então vá não vos incomodo mais.
Raquel- Podes ficar e ver connosco se quizeres.
Rodrigo- Pois se não se importarem, fico.
Rita- Fica sim, o filme esta em cima da mesa, eu vou fazer as pipocas e voces põem o filme, até já.
Raquel- Está bem.
E pronto, mais uma vez, estava sozinha com o Rodrigo. Sem saber o que dizer. Mas tinha que começar por algum lado.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

9º Capitulo

Estava sentada na proa do barco, levava com o vento na cara, via as ondas do mar a bater na proa, bem que noite tão perfeita.
Era a vez do Hugo tomar conta do leme, o pessoal estava todo dentro do veleiro, estava uma noite fria por isso resgardaram-se lá.
Hoje estava pensativa, talvez por ser tudo novo, o ambiente, o pessoal, as amizades, e até mesmo por não saber ao certo aquilo que o meu coração me queria dizer.
Estava ali no meu canto, nos meus pensamentos infinitos, a olhar para o céu, ouvia apenas o som das ondas e as gargalhadas do pessoal como voz de fundo.
Rodrigo- Posso?
Dei um pequeno salto da proa, não me tinha apercebido da presença dele.
Raquel- Que susto. Claro que podes.
Ele sentou-se ao meu lado, encostando assim o seu ombro ao meu.
Rodrigo- Desculpa não te queria assustar.
Raquel- Não faz mal. - Sorri-lhe.
Rodrigo- Porque é que não vens para ali?
Raquel- Já vou.
Rodrigo- Já percebi que gostas de silêncio.
Raquel- Sim, muito.
Rodrigo- Eu tambem gosto, daqueles momentos só meus.
Raquel- Aqueles, em que o pensamento está longe de tudo e de todos.
Rodrigo- Isso mesmo, e principalmente quando ninguem nos chateia.
Sorri-lhe e ficamos alguns minutinhos em silêncio.
Rodrigo- Tens frio?
Claro que tinha frio, estava uma noite fria, e ainda por cima estava de alcinhas.
Mas fiz-me de forte, não queria que ele percebe-se que me estava a aproveitar da situação.
Raquel- Hum.. Só um bocadinho, mas já passa.
Ele começou a correr o fecho do casaco que tinha vestido, tirou-o e pos o casaco à minha frente.
Rodrigo- Toma , assim não tens nem um bocadinho de frio.
Raquel- O que? Eu ficar quentinha e tu ai com frio? Nem pensar.
Rodrigo- Não sejas teimosa e veste, eu não tenho frio, aliás, desde que cheguei aqui que estou com calor. - Ao dizer isto, sorriu-me.
Raquel- Que tonto.
Peguei no casaco e vesti.
Raquel- Hum..
Rodrigo- Sim..
Aquilo era suposto ser um pensamento, mas saiu-me por completo, ahm, cheirava tão bem.
Raquel- Nada nada.
Voltamos a fazer silêncio durante uns curtos minutos, mas depois ele pôs conversa, e ficamos longos e longos minutos à conversa, até sentirmos o barco parar.
Raquel- Porque é que parou?
Rodrigo- Calma, não sei, mas vou já descobrir.
Desceu da proa, e agarrou-me pela cintura para me ajudar a descer da proa que ainda era um bocadinho alta, e fomos os dois ter ao leme.
Rodrigo- Então Hugo?
Hugo- Temos um problemazinho.
Raquel- AHM?? -Disse com um ar de assustada.
Hugo- Calma não é nada de grave. Vamos lá ter com o pessoal que assim digo logo a todos.
Ok, não era nada de especial, mas eu estava assustada, nunca tinha ficado num barco em mar alto, à noite.
O Hugo foi à frente, ficando eu e o Rodrigo para trás.
Rodrigo- Estás com medo?
Raquel- Um bocadinho.
Aproximou-se de mim e sussurou-me ao ouvido.
Rodrigo- Eu não deixo que nada te aconteça, estás comigo.
Sorri-lhe e corei ao mesmo tempo. Ele fez um gesto de cavalheirismo com se disse-se para eu continuar caminho, e assim o fiz, fomos ter com o pessoal que estava lá dentro.
Ivo- Então mano? Porque é que paramos?
Hugo- Pois, é que não há vento nenhum.
Rafael- Tchiii...
Melissa- E agora?
Hugo- Calma é na boa.
Teresa- Como é que vamos para terra?
Ivo- Quando a mudança das marés se realizar.
Raquel- E isso é quando?
Hugo- Amanhã de manhã.
Rita- Ficamos cá a dormir é?
Ivo- Pois pareçe que sim.
Rafael- Altamente.
Hugo- Somos búes, mas apertadinhos dá para todos.
Melissa- Sim, damos um jeitinho e cabe tudo.
João- Tipo, lata de sardinhas, tudo ao molho.
Ivo- Não se importam pois não pessoal?
Raquel- Por mim não, sempre quiz dormir num barco.
Melissa- Claro que não.
Teresa- Eu até gostei da ideia.
Rita- Eu já estou é com sono.
João- Já viste as horas? Até eu já tenho sono.
Rodrigo- Fogo, já 4 da manhã.
Hugo- Vá pessoal, não me quero armar em paizinho, mas é melhor irmos todos dormir.
Rafael- Yah, é melhor é.
Todos concordámos, então começamos todos a escolher os sitios onde iamos ficar.
Havia muito por onde escolher, havia uma mesa que se transformava de cama de casal, depois havia uma divisão minuscula que tinha um beliche , e ainda havia a sala que tinha os sofás. A Melissa, a Teresa e o Rafael dormiram na cama de casal, a Rita e eu ficámos nos beliches, e os gémeos, o Rodrigo e o João ficáram na sala, não sei bem como, uns deitaram-se no sofá, outros no chão, mas ficaram lá os quatro.
Acabei por adormeçer, embalada pelas ondas do mar.
Acordei ao sentir que o barco já estava em andamento, queria ver que horas eram, mas tinha deixado o telemóvel na sala, então desci do beliche, olhei para a Rita que dormia que nem uma pedra, corri a pequena porta que separava o quartinho da sala, e voltei a correr a porta, vi o João e o Hugo a dormirem no sofá, e vi duas mantas do chão, devia ser onde o Ivo e o Rodrigo dormiram. Com cuidado para não os acordar fui até à divisão onde a minha irmã, a Teresa e o Rafael tinham passado a noite, ainda estava tudo a dormir, regressei à sala e fui buscar o meu telemóvel, eram 7h30. Caminhei na direção da saida, subi as escadinhas, olhei em frente e vi o Ivo agarrado ao leme, mas não havia sinal do Rodrigo.
Ivo- Então miúda? Já acordada?
Raquel- Sim, senti o barco a andar.
Ivo- Desculpa se te acordei, mas temos de aproveitar o vento.
Raquel- Não faz mal, eu percebo. Então aqui sozinhos?
Ivo- Agora sim, mas tenho estado aqui com o Rodrigo, mas ele foi agora para a frente do barco.
Raquel- Está bem, eu vou só lhe dizer bom dia.
O Ivo abanou a cabeça como se me estivesse a dizer que sim, para eu ir, sorri-lhe e fui ter com o Rodrigo.
Olhei para a frente do barco, e vi-o sentado nos sofás que ficam atrás da proa, claro que fui ter com ele.
Raquel- Bom dia.
Ele olhou para mim, e reparou que tinha ainda o casaco dele vestido, então sorriu.
Rodrigo- Bom dia, já de pé?
Raquel- Sim..
Rodrigo- Já vi que gostaste do meu casaco.
Raquel- Oh sim desculpa, esqueçi-me de o tirar ontem.
Começei a despir o casaco para lhe devolver.
Rodrigo- Deixa estar, logo me dás, precisas mais que eu.
Raquel- Obrigada, mas se tiveres frio diz-me.
Rodrigo- Não vou ter decerteza.
Raquel- Estou a ver que és um rapaz muito quente.
Ele riu-se e não me deixou à espera, e respondeu-me logo.
Rodrigo- Por acaso até sou um bocado. Então e estás a gostar de velejar?
Raquel- Claro que sim, está a ser lindo.
Ele ia dizer qualquer coisa, mas ouvimos o Ivo a chamar-nos.
Rodrigo- Vamos lá então.
Fomos ter com o Ivo.
Rodrigo- Fala..
Ivo- Bora dar um mergulho?
Rodrigo- Agora? A água deve de estar um gelo.
Raquel- Vamos lá, não sejas mariquinhas.
Ivo- O que? Tu tambem vens?
Raquel- Porque não?
Rodrigo- Vá bora.
Só estavamos ali os três, estava ainda tudo dentro do barco, começamos a despir a roupa, e mais uma vez, ia ao banho de roupa interior.
Atirei-me do veleiro, e sim a água estava um gelo autentico, mas continuei lá dentro ainda uns minutos.
Eramos três, mas faziamos a festa toda, riamos, subiamos para o barco e voltavamos a atirar-nos, o que fez com que o pessoal que estava dentro do barco saisse para ver o que se passava.
Melissa- Raquel?
Raquel- Ahm?
Teresa- O que estás a fazer dentro de água?
Raquel- O que será..
Rodrigo- Vá, tudo para dentro de àgua.
Hugo- Bora.
Estava tudo a despir-se, começou tudo a atirar-se à água, pareciam uns loucos, foi tão divertido, fartámos-nos de rir.
Entre palhaçada, gargalhadas, água a saltar por todos os lados, os rapazes a darem mortais, bem um autentico circo. Somos loucos mas somos todos felizes.
Quando saimos da água, estava tudo a tremer, a água estava fria, mais aquela brisa fria da manhã, fazia qualquer um gelar. Foi tudo a correr para dentro do barco, o Hugo foi procurar algumas toalhas que tinha no veleiro. Foram todos cavalheiros e deram as toalhas ás raparigas, ficando eles molhados.
Rafael- Estou cheio de fome.
João- Yah meu, tambem eu.
Hugo- Infelizmente não temos nada que se coma aqui no barco.
Ivo- Bom, estamos perto de uma ilha, é pequena mas tem um café, dá para comer qualquer coisa.
Raquel- Sim, boa ideia.
Rodrigo- Yah, bora lá.
O Hugo agarrou-se ao leme e seguiu para aquela pequena ilha.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

8º Capitulo

Estavamos todos dentro de água quando avistamos o Rodrigo e a Rita a chegarem perto das toalhas, despiram a roupa e foram ter connosco à água.
A tarde estava a passar bem, o dia estava a correr bem, decerteza que a noite tambem vai correr ás mil maravilhas.
Bem , depois de sairmos da água, esticamo-nos todos nas toalhas a apanhar sol.
As horas iam passando e nós iamos falando e rindo como sempre. Eram umas 19H, pegamos nas toalhas e fomos para casa, convidamos os gémeos, a Rita e o Rodrigo para jantarem lá em casa. Depois talvez fossemos dar uma volta à noite.
Abrimos a porta de casa, e o pessoal dispersou pela casa, eu a Melissa, a Teresa e a Rita fomos para a cozinha, quase que não cabiamos lá dentro, apertadas mas lá conseguimos.
Estavamos a tentar decidir o que iamos fazer de jantar, quando os rapazes, todos eles aparecem à porta da cozinha.
Rafael- Hoje fazemos nós o jantar.
As raparigas começaram todas a rir, sim porque aquilo só podia ser uma piada.
Raquel- Voces?
Hugo- Porque não?
Rita- Se for para morrermos à fome, deixem estar que nós fazemos.
Rodrigo- Népia, deixem lá sermos nós a fazer.
Teresa- Vá meninas, se eles querem, deixem eles fazer, menos trabalho para nós.
Melissa- Boa sorte.
Rita- Que medo.
Ivo- Assim tem mais tempo para tomarem banho,se vestirem e tal.
Raquel- Ok, ok.
Sendo assim, saimos todas da cozinha, e os rapazes entreram, estavam muito simpaticos, o que que será que se tinha passado.
Bem, aproveitamos o acto de cavalheirismo e fomos todas tomar banho à vez.
Assim que acabamos de tomar banho, a Melissa foi ao quarto buscar a roupa que ia vestir e foi para o quarto da Teresa, e eu e a Rita ficamos no meu quarto, sim a Rita tomou banho e depois vestiu a minha roupa. Já tinha passado mais de uma hora, concerteza que os rapazes já tinham acabado o jantar.
Rita- Obrigada Raquel, a roupa esta mesmo à medida.
Raquel- Oh de nada, e fica-te bem.
Rita- Obrigada.
Dei-lhe um sorriso e começei a calçar-me.
Rita- Será que os rapazes já fizeram o jantar, é que estou cá com uma fome.
Raquel- Acho que sim, já tiveram tempo para isso.
Rita- Vamos lá ver.
Saimos do quarto e fomos até à cozinha, só lá estava o Rodrigo, a Rita olhou para mim e seguiu caminho até ao quintal, o sitio onde estava o resto do pessoal.
Fiquei só eu e o Rodrigo na cozinha.
Raquel- Presisas de ajuda?
Acho que ele ainda não tinha percebido que eu estava na cozinha, e assim que ouviu a minha voz, olhou logo para trás e deu-me um enorme sorriso.
Rodrigo- Hey estas ai. Não sabia. Mas não, não presiso de ajuda. Mas obrigado.
Aproximei-me da bancada, para ver o que que ele estava a fazer.
Raquel- E isso é?
Rodrigo- Bem era suposto ser uma salada, mas não tenho muito jeitinho para cortar legumes.
Ri-me e ofereci-me para lhe ajudar.
Raquel- Queres que te ajude?
Rodrigo- Nao, não te incomodes.
Raquel- Que parvo, claro que não.
Assim que pus a mão perto da dele, para agarrar na faca que estava na mão dele, ele olhou para mim com aqueles olhinhos, ficamos os dois a olhar um para o outro durante imenso tempo, sem dizer nada, apenas a olhar nos olhos um do outro, até o Hugo entrar na cozinha e interromper o momento.
Hugo- Bem, Rodrigo, a Salada já....
Desviamos o olhar e ficamos a olhar para o Hugo e que se estava a sentir a mais.
Hugo- Desculpem, interrompo alguma coisa?
Eu e o Rodrigo voltamos a olhar um para o outro.
Raquel- Não, estavamos só a acabar de fazer a salada.
Rodrigo- Nós vamos já.
Hugo- Ok, então eu vou para a mesa, não demorem muito.
O Hugo saiu da cozinha e o Rodrigo e eu voltamos a estar sozinhos.
Não sabia bem o que dizer, tentei agir como se nada tivesse acontecido.
Raquel- Pronto a salada já esta pronta. Eu vou por na mesa.
Antes de ter tempo de sair da cozinha o Rodrigo falou.
Rodrido- Obrigado.
E fez-se silencio mais uma vez.
Rodrigo- Obrigado por me teres ajudado a fazer a salada.
Raquel- De nada. - E sorri-lhe.
Rodrigo- Bem vamos lá comer.
E fomos os dois ter com o pessoal que estava à nossa espera para irmos comer.
Rita- Bem estava a ver que tinham ido plantar ainda a alface.
Começaram todos a rir.
Rodrigo- Para a próxima fazes tu priminha.
Priminha? Afinal eles são primos, bem que alivio.
Rita- Vá, sentem-se e vamos comer que estou cheia de fome.
Eu sentei-me ao pé da Melissa, e o Rodrigo sentou-se à minha frente.
Teresa- Meninos, voces estão contratados para todos os churrascos.
Melissa-Sim, realmente esta carne assada esta mesmo boa.
Hugo- Ainda voces duvidaram das nossas capacidades para a culinária.
Rita- Está bom sim..
Rafael- Bem, pessoal, onde é que voces querem ir hoje à noite?
João- Podemos ir até à praia, ou até ao bar.
Entretanto o Hugo e o Ivo olharam um para o outro e riram-se.
Ficámos todos a olhar para eles sem entender o porque de se estarem a rir, coisas de gémeos.
Ivo- Nós temos uma ideia melhor.
Hugo- Se quizerem claro.
Rita- Vá meninos.
Rita- Ah já sei. Fixe.
Melissa- Vá, deixem-se de coisas e digam o que é.
Teresa- Mesmo.
Hugo- Surpresa..
Ivo- Comam lá, e despachem-se.
Assim, o fizemos, não sabiamos o que era, mas estavamos todos ansiosos de saber. Por isso comemos mais rápido e despachamo-nos.
Hugo- Está tudo despachado - Gritou o Hugo em alto, o grito ouviu-se pela casa toda.
Juntámo-nos todos na sala.
Ivo- Bora lá então.
Fomos atrás deles, tinhamos ainda que passar na casa dos gémeos que ficava bem perto da associação, eles tinham que lá ir buscar uma coisa.
Ivo- Vais lá tu mano?
Hugo- Yah yah eu vou.
Quando o Hugo veio, fomos todos em direcção à ponte, onde os barcos custumam atracar.
Ficamos na areia enquando o Ivo foi bucar um barquinho insuflavel que flutuava bem perto da areia.
Ivo- Vá pessoal, saltem ai para dentro.
Raquel- E cabemos todos ai?
Hugo- Yah, é rápido, vamos um bocadinho apertados , mas são só 15 minutos.
Melissa- Mas afinal onde é que vamos?
Rodrigo- Vá calma.
Metemo-nos todos no barquinho, estavamos super apertados, e até houve quem se sentasse em cima dos outros. Mas como era rápido não custou muito.
O Hugo ligou o motor e o barco começou a andar em direcção aos veleiros que ficavam ali atracados a 15 minutos da costa.
Teresa-
O que? Vamos para um veleiro?
Rodrigo- Yap.
Melissa- Estão a falar asério?
Ivo- Sim, claro.
Entretanto chegamos a um veleiro que tinha o nome de '' My Drem''.
Hugo- Eu saio primeiro!
Assim que o Hugo saiu, ajudou-nos a todos a sair, depois do Rodrigo sair, só ficou o Ivo, que levou o barquinho para prender na parte de trás do veleiro.
Raquel- Oh meu deus, é lindo.
Melissa- Podes crer.
Hugo- Não fiquem ai paradas, e vão ver o resto do barco.
Rita- Oh Hugo. Onde é que está a luz, é que está búe escuro aqui.
Hugo- Calma, vou já.
O Hugo foi ajudar a Rita com a luz, a minha irmã e a Teresa andavam pelo barco todo.
Realmente o barco era mesmo lindo, e só o nome encantava.
Quando o Ivo subiu para dentro do barco, juntámo-nos todos na broa, onde havia sofás.
Raquel- Afinal de quem é o barco.
Os gémeos responderam em coro.
Gémeos- Nosso!
Rafael- Mas o ano passado não tinham.
Ivo- Não o ano passado nós já o tinhamos, mas estava no estaleiro, porque o compramos em segunda mão, e então estivemos a arranja-lo e a modifica-lo.
Rafael- E conseguiram juntar o dinheiro para isso tudo?
Hugo- Desde que temos 8 anos que este é o nosso sonho, por isso desde ai que juntamos dinheiro para o barco.
Raquel- Dai o nome ser "My Dream".
Ivo- Isso mesmo.
Raquel- Mas o barco ficou lindo.
Melissa- Isto sim é um veleiro de sonho.
Rita- Podes crer, esta lindo.
Ivo- Deu muito trabalho, muito sagrificio, mas fogo valeu bem apena. Esta tal e qual o que sempre sonhamos.
Teresa- Porque um veleiro?
Hugo- Porque quando eramos pequenos, o meu pai tinha um veleiro, e dai nasceu a nossa paixão pelo velejar, e claro pelo mar.
Ivo- E quando o nosso pai morreu, quizemos seguir as pezadas dele. E ter o nosso veleiro de sonho, poder velejar pelo mar fora.
Teresa- Oh.. Desculpem, eu não sabia.
Hugo- Não tem mal.
A Teresa ficou tão atrapalhada, percebeu-se que nos próximos minutos não ia abrir a boca para dizer seja o que for.
Hugo- Mas vá pessoal, estamos aqui para velejar ou para fazer sorna?
Rita- A estas horas?
Ivo- Estás com medo Ritinha?
Rita- Medo eu? Claro que não, mas está muito escuro.
Raquel- Isso não é perigoso ou assim?
Hugo- Népia é na boa, e à noite é lindo.
Rodrigo- Asério meninas, vão gostar.
Melissa- Confesso que estou com um bocadinho de medo. Mas vamos lá então.
Ivo- Não tenhas, já fazemos isto à muito tempo.
Rodrigo- Estão em boas mãos.
Assim sendo, os gémeos começaram a soltar cordas e a agarrar e aquelas coisas todas que não sei o nome, mas num abrir e fechar de olhos o barco começou a rascar as ondas do mar.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

7º Capitulo

A conversa ia longa, falámos sobre tudo, o que deu para conhecer um bocadinho mais sobre cada um. A manhã passou a correr, demos por nós já era hora de almoçar, então levantámo-nos das toalhas e caminhámos até à passadeira de madeira que fazia caminho até ao bar. Eramos muitos então tivemos de juntar umas mesas para conseguirmos ficar em grupo.
Todos nós nos sentámos, fiquei ao lado da Rita e do Rodrigo, com a Rita já me dava bem, mas ainda não tive a oportunidade de falar com o Rodrigo, tinha vergonha, e para ser sincera, dou por mim muitas vezes a olhar para ele, não sei, mas pareçe que fixo o olhar nele, também não é para menos, ele tem um olhar que me fascina.
Bem, quem nos veio atender foi o David, assim que me viu deu-me um grande sorriso, parece que o David conheçia o Rodrigo, a Rita e os gémeos, falaram bastante bem. Naquela ilha todos se conheçiam, tentei não olhar muito para o David, não queria que a Melissa notasse o meu nervosismo.
Os pedidos estavam feitos, era só esperar pela refeição.
Entretanto fomos conversando, naquele grupo havia sempre conversa, nunca nos calávamos. A comida chegou, começou tudo a comer, uns mais rápidos que outros, acabámos de comer, mas ficámos ali sentados uma data de tempo. Estava tudo a conversar, mas eu não estava muito para ali virada, estava nos meus pensamentos, estava completamente desligada da conversa, o meu corpo estava ali, perto deles, mas o meu pensamento estava bem longe.
Senti que me estavam a tocar, e foi ai que acordei dos meus pensamentos infinitos.
Rita- Raquel?
Ao inicio não estava a reagir, o que fez com que a Rita levantasse o tom de voz ao chamar-me, ficando assim todos a olhar para mim e para ela.
Rita- Raquel?
Acabei por descer à terra.
Raquel- Ahm? Sim diz?
Todos se começaram a rir, e claro que eu corei logo, nem percebi o porquê de se estarem a rir, mas começei a rir tambem.
Melissa- Então, estavas a dormir mana?
Raquel- Não, eu estava a ouvir-vos.

Teresa- Ai sim? E o que é que nós dissemos?
Claro que não os tinha ouvido.
Raquel- Pois...
Começaram-se a rir de novo.
Rita- Bem, tenho de ir a casa. Raquel queres vir comigo? Não me apeteçe nada ir sozinha.
Não ia dizer que não a um convite daqueles, assim sempre nos podiamos conheçer melhor.
Raquel- Sim claro que sim.

Rita- Fantástico, vão para a praia voçes?
Rafael- Pessoal?
Uns diziam que sim, outros abanavam a cabeça a dizer que sim também.
Rita- Então nós depois vamos lá ter.
Rodrigo-
Olha Rita, trás o meu telemóvel, está no meu quarto.

Rita- Ok, até já meninos.
Raquel- Até já.
Não percebi nada daquilo, mas será que o Rodrigo e a Rita são namorados e moram juntos? Ou são irmãos? Bem não percebi, mas estava a fazer figas que fossem tudo menos namorados.
Seguia-a, e tentei acompanhá-la, ela estava a andar um bocadinho depressa, e não estava com muito boa cara.
Raquel- Rita?

Rita- Sim, diz?
Raquel- Estás bem?
Rita- Não, claro que não, estou me a passar, mas pronto, vá calma Rita que tu aguentas isto.
Bem, não estava a perceber nada.
Raquel- Calma rapariga, queres falar?

Rita- Aquela Melissa, irrita-me.
Raquel- A Melissa? Mas porque?
Rita- Ai desculpa ela é tua irmã, esqueçe.
Raquel- Não importa ser minha irmã, que se passa?
Entretanto chegámos a casa, a Rita fechou a porta, e chegou uma senhora muito simpática que nos veio logo falar, depois disso, a Rita e eu fomos para o quarto dela.
Rita- Não a viste a fazer olhinhos ao Hugo?
Por acaso tinha reparado que tinha levado a manhã toda a olhar para um dos gémeos.
Raquel- Desculpa perguntar. Mas o que que isso tem de mal?

Rita- O Hugo e eu andámos, durante 2 anos, e como é claro eu ainda gosto dele. Muito mesmo. E não gosto nada quando o vejo com outras raparigas.
Raquel- Dois anos? Mas isso é muito, e porque é que acabaram?
Ela faz silêncio. Percebi que não devia de ter perguntado aquilo.
Raquel- Desculpa, eu sei que não tenho nada a ver com isso. Desculpa.

Rita- Não faz mal, eu sei que não nos conheçemos muito bem, mas eu sinto que posso confiar em ti.
Raquel- Claro que sim.
Rita- Ele um dia veio ter comigo e disse-me que já não gostava de mim da mesma maneira, que não me queria magoar, mas que não se estava a sentir bem em estar com uma pessoa sem gostar dela. Eu sei que as coisas não estava totalmente bem, mas para mim foi mesmo uma surpresa, porque eu gostava dele como se fosse o primeiro dia, mas ao que pareçe ele não.
Raquel- Oh Rita.
Abraçámo-nos e ficámos ali uns minutos.
Rita- Desculpa, eu sei que ela é tua irmã, mas ele é o meu principe, e não o quero perder.

Raquel- A Melissa não sabe, claro que se soubesse não o faria.
Rita- Mas pronto chega de falar de mim. E tu? Tens namorado?
Raquel- Não eu não tenho.
Rita- Não acredito. Tu sem namorado. Bem conheço uma pessoa que vai gostar de saber isso.

Raquel- Ahm? Quem?
Rita- Isso agora.

Raquel- Diz-me, fiquei curiosa.
Rita- Na na. Vais ter de esperar.
Raquel- Pronto não insisto mais, mas vais ter de me contar rapidamente.
Rita- Não vai ser preciso, tu vais perceber sozinha.
Fiquei super curiosa com aquela conversa, não sei, mas só me vinha à cabeça o Rodrigo. Mas era impossivel ser ele, mas quem me dera que fosse mesmo ele.
Depois de tanta conversa, já era hora de irmos ter com o resto do pessoal à praia, então assim foi, saimos pela porta fora a caminho da praia grande, era assim que chamavam à praia.
Pelo caminho estava a tentar arranjar coragem para lhe perguntar o que era ao Rodrigo.
Mas não consegui, não queria parecer interessada, é melhor ficar no meu cantinho, mas vontade de saber não me faltava.
Assim que pusémos os pés na areia, olhámos à nossa volta para ver se viamos o pessoal, estavam lá ao fundo, bem lá ao fundo, ou seja, tinhamos muito que andar, fomos andando e conversando até chegarmos até eles.
Quando chegámos, estava tudo caladinho, tudo a apanhar sol.
Rita- Então pessoal, está tudo calado?
Levantaram todos as cabeças das toalhas. Provocando um pequena gargalhada da minha parte e da Rita.
Melissa- Demoraram!

Raquel- Estivemos a conversar.
Rita- Sim, a pôr a conversa em dia.

Rodrigo- O meu telemóvel?
A Rita olhou para mim como naquela a perguntar se eu o tinha.
Rita- Não olhes para mim.

Rodrigo- Já percebi que tenho de ser eu a ir lá buscá-lo.
Rita- Desculpa, asério, esqueçi-me mesmo.
Rodrigo- Onde é que tu andas com a cabeça miúda?

Rita- Naquilo que não devia.
No momento em que ela disse isso, ficou a olhar para o Hugo. O Rodrigo tinha percebido isso. E eu também claro. O Hugo também percebeu, e desviou o olhar em segundos, deixando assim a Rita um bocadinho desanimada. O ambiente ficou um bocadinho tenso.
Rodrigo- Vou a casa.

Rita- Espera, eu vou contigo.
Rodrigo- Tu? Estás disposta a andar tudo outra vez?
Rita- Cala-te e anda que eu tenho de falar contigo.
Rodrigo- Ok, o que foi? O que fizeste desta vez?

Rita- Ai que mau. Não fiz nada, mas precisamos de falar.
Andaram um bocado, e já afastados do grupo retomaram a conversa, a conversa prometia, ia ser longa.
Rodrigo- Vá miúda fala.
Rita- Oh priminho, tu sabes que eu te conheço melhor que ninguém certo?

Rodrigo- Não vai sair coisa boa daí, mas sim, certo.
Rita- Eu tenho reparado que..
Rodrigo- Que..?
Rita- Que tens olhado muito para a Raquel.
O Rodrigo corou, ficou sem saber o que dizer.
Rodrigo- Ai tens?

Rita- Aham.
Rodrigo- Deve de ser impressão tua.
Rita- Olha que não. Oh primo sabes bem que podes confiar em mim, somos confidentes um do outro. Não me consegues mentir Rodrigo.
Rodrigo- Eu sei.

Rita- Gostas dela?
Rodrigo- Gostar? Não, eu nem a conheço.
Rita- Mas ela não te é indiferente.

Rodrigo- Isso não, mexe comigo sim. Mas ela deve de ter namorado, e é melhor não me meter nisso, não quero cá confusões.
Rita- Oh priminho, eu falei com ela.
Rodrigo- Pois eu calculei logo.
Rita- E ela não tem namorado. Por isso.

Rodrigo- Pois, pode não ter, mas pode gostar de alguém.
Rita- Ai Rodrigo, joga-te a ela, ela tambem parece ter interesse em ti.
Rodrigo- Achas?
Rita- Of course, nota-se a milhas.
Rodrigo- Não sei não.
Entretanto chegararam a casa, o Rodrigo foi buscar o telemóvel e voltou para junto da prima para irem de novo para a praia.
Durante o caminho, continuaram a conversa, mas desta vez o Rodrigo já estava mais confiante, será que vai tentar alguma coisa?



Sté

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

6º Capítulo

Entrámos no bar e aquilo já estava cheio, tanto na parte de dentro como na esplanada na praia, a música estava alta, havia luzes a piscar, bem o ambiente estava bastante agradável.
No meio daquela confusão lá conseguimos arranjar uma mesa para nos sentarmos.
O João foi pedir as bebidas, trouxe-as para a mesa, bebemos e fomos conversando, não dava muito jeito porque a música estava alta. A Teresa e a minha irmã foram dançar, o João foi tentar meter-se com alguma rapariga, fiquei eu e o Rafael na mesa, as bebidas já tinham acabado, então ele disse que ia buscar mais, fiquei à espera dele.
A minha irmã e a Teresa continuavam na pista de dança.
O Rafael dirigiu-se ao balcão e pediu duas bebidas, para mim e para ele, quando estava a vir para a mesa ter comigo, o Rafael teve um pequenino acidente, acidente esse que iria mudar as nossas férias.
Durante o trajecto do balcão até à nossa mesa, o Rafael foi mesmo contra um rapaz.

Rafael-Desculpa, épa, não te vi, desculpa lá meu.
Rapaz- Yah na boa, não faz mal. É na boa asério.
Só depois de terem olhado bem um para o outro é que perceberam que se conheciam.
Rafael- Rodrigo?
Rapaz- Yah,mas.. , Rafael?
Rafael- Sim meu, sou eu.
Bem tás diferente.
Rodrigo- Também tu, o cabelo, estás mais alto.
Rafael- Então um gajo tem de crescer, e em relação a cabelo, elas gostam mais assim.
Riram-se os dois.
Rafael- Estás sozinho?
Rodrigo- Népia, estou com... lembras-te do pessoal do ano passado?
Rafael- A tua prima, e os gémeos né?
Rodrigo- Sim, estou com eles.
Rafael- Tenho que lhes ir falar.
Rodrigo- Então e tu? Estás com quem?
Rafael- Com uns amigos, e com a minha miúda. Não se querem juntar ao grupo? Assim somos mais.
Rodrigo- Sim pode ser, eu vou falar com o pessoal.
Rafael- Nós estamos lá fora.
Rodrigo- Ok ok, então nós vamos já ter com voçes.
Foram em direções opostas, o Rodrigo foi ter com o pessoal dele e o Rafael veio para perto de nós, sim porque a Melissa e a Teresa já se tinham cansado de dançar, o João acabou por desistir de conquistar as miúdas e veio se sentar.
Rafael- Encontrei o pessoal que conheci cá o ano passado. Perguntei-lhes se não queriam vir ter connosco. Não se importam pois não?
Melissa- Não claro que não.
Teresa- O pessoal é fixe amor?
Rafael- Sim amor, são todos uns bacanos. Vão gostar deles.
O Rafael ficou a contar-nos os acontecimentos do ano passado, o que eles todos tinham feito, entretanto eles chegaram.
Rafael- Então pessoal, há quanto tempo.
Rita- Hey grandalhão, já tinhamos saudades tuas.
Rafael- Também eu minorquinha.
Ivo- Então mano, tudo bem?
Rafael- Yah mano, sempre. Então Hugo?
Hugo- Oi, depois de bazares da ilha nunca mais te pusémos os olhos em cima.
Rafael- Pois nunca mais vim cá.
Teresa- Oh amor, e apresentares o pessoal não?
Rafael- Tens razão amor, desculpem lá. Então vá.
À medida que ia dizendo os nomes ia apontando.
Rafael- Bom, este é o Rodrigo, Ivo, Rita e Hugo, aquela menina ali é a Teresa, a minha namorada, só mesmo para saberem, depois é o João, e depois são as manas, Raquel e Melissa.
Cumprimentámo-nos todos, entre apertos de mãos e beijinhos. Já tinhamos feito amigos no segundo dia, graças ao Rafael, por isso é que é sempre bom ter um amigo popular.
Ficámos no bar ainda umas horas, mas acabámos todos por ir dar uma volta pela ilha, fomos até à praia, sentámo-nos todos juntinhos, conversámos, brincámos, rimos muito, gargalhadas, piadas, bem aquela noite parecia não ter fim. Mas estava a ser uma grande noite. O pessoal amigo do Rafael, quer dizer agora também já era nosso amigo, bem eram todos divertidos, simpáticos não havia nenhum que fosse dispensável.

Rafael- Pessoal, vamos todos à água?
João- Bora.
Teresa- Nem penses. Estás parvo amor?
Rafael- Amor, não sejas cortes. Vamos lá.
Melissa- Mas nós nem temos bikini.
Rita- Então aí é que está a piada, nunca foram à água à noite pois não?
Raquel- Não.
Rita- Vá meninas, isto é tudo amigos, a roupa interior é a mesma coisa que o bikini, mostram o mesmo.
Melissa- Ai não sei não.
Teresa- Sabem que mais? Vamos lá à água.
Raquel- Bora lá.
Melissa- Sendo assim. Também vou.
Começámos todos a tirar a roupa. E começou tudo a correr em direção à água que estava fria. Claro que com a euforia, a temperatura não importava muito, pareciamos uns loucos, mas divertimo-nos imenso. Quando saimos da àgua, estava tudo a tremer, nem tinhamos nada para nos secarmos, tivemos de secar sem toalha. Depois de estarmos quase secos, voltámos a vestir a roupa que tinha ficado ao abandono no meio do areal. A noite, quer dizer, aquela madrugada, estava a ser uma loucura total.
Estava tudo cansado, já era mais que horas de irmos para casa. Eles acompanharam-nos até à casa onde estávamos instalados.

Rodrigo- Bem pessoal, estão entregues. Amanhã se quiserem, podemos nos encontrar ou assim.
Rafael- Yah claro.
Hugo- Nós vamos estar pela associação, passem por lá.
Rafael- Voçes fazem surf né?
Ivo- Yah fazemos. Por isso se quiserem umas aulinhas é só dizer.
Raquel- Oh meus deus, estou tão cansada.
Começaram todos a rir. Acho que estávamos todos cansados, tinhamos tido todos uma longa noite.
Despedimo-nos todos uns dos outros e entrámos em casa, fui direta para o quarto, atirei-me para cima da cama e ali fiquei.
Acordei quando bateram à porta do quarto, era a Teresa.
Teresa- Bom dia meninas, toca a levantar, já é tarde e temos que aproveitar bem o dia.
Estava super ensonada, mas acabei por me levantar e ir para a casa de banho.
Vesti-me e fui para a sala, quando é o meu espanto ao ver o Rodrigo e a Rita sentados no sofá à conversa com o Rafael e com a Teresa.
Bem caminhei devagar para que não percebessem que estava ali, não queria que me vissem com aquela cara de sono.

Rafael- Bom dia Raquel.
Todos se viraram para trás e ficaram a olhar para mim, que vergonha.
Raquel- Bom dia.
Rita- Que cara de sono rapariga, tu dormiste?
Raquel- Dormir eu dormi, mas isto já passa.
O Rodrigo não disse nada, ficou apenas a seguir-me com o olhar, e a sorrir.
Fui para o quarto acabar de me despachar, e fui ter com eles à sala.

Rita- Como é que é pessoal, vamos para a associação, para a praia?
Rodrigo- Podemos ir ter com os gémeos à associação e depois iamos para a praia.
Melissa- Mas o que que eles fazem na associação afinal?
Rodrigo- O Hugo dá aulas de surf na escola de surf, e o Ivo ajuda-o.
Melissa- Bem isso deve de ser muito fixe, gostava de aprender a surfar.
Rita- Olha que é bué dificil, eu já tentei, mas nem me conseguia por de joelhos em cima da prancha.
Teresa- Pode ser que passe por lá para ter umas aulinhas.
Rafael- Nem penses.
Teresa- Porque?
Rafael- Porque eu não quero.
Teresa- E desde de quando é que tu mandas?
Rafael- Só se for eu a ensinar-te.
Teresa- Tu? Isso é tudo porquê? Por serem rapazes a ensinar?
Rafael- Claro, és minha, só eu é que te posso tocar.
Teresa- Ai amor que ciúmento.
E os dois ficaram para lá aos beijinhos, enquanto nós nos levantámos para ir até á associação.
Fomos todos juntos à escola de Surf. Só estava o Ivo a arrumar umas pranchas novas que tinham chegado.

Rodrigo- Então mano? Aqui sozinho?
Ivo- Pois tem de ser. O Hugo está a dar uma aula. Então e voçes, não vão para a praia?
Rafael- Vamos depois, quando voçes sairem daqui.
Ivo- A aula dele deve de estar mesmo a acabar, e o empregado também deve de estar mesmo a chegar. Esperem aí no café, que nós já vamos ter com voçes.
Rita- Ok, então até já.
O Ivo sorriu, e nós fomos para o café. Acabámos por tomar lá o pequeno-almoço enquanto esperávamos pelos gémeos. Passado pouco tempo o Hugo passa por nós com a prancha e semi-vestido com o fato de fazer surf.
Hugo- Então pessoal?Dissemos todos um Olá, em coro.
Rodrigo- O teu irmão está à tua espera, para virem ter connosco.
Hugo- Hum. Ok ok, então eu vou só despir isto, guardar a prancha e já venho.
Rafael- Ok, até já.
Bem, eu, a minha irmã e a Teresa, falávamos com eles, mas ainda não tinhamos qualquer confiança com eles, então não falávamos tanto.
Ficámos à espera deles, mas eles não demoraram muito, foram rápidos.
Bem devo de dizer que eles são iguaizinhos, não vejo qualquer direfença neles, não sei como é que os distinguem. Com toda a certeza que com o tempo os vou conseguir distinguir.
Fomos para a praia, agora já não eram dois grupos, agora era só um grupo, onde tinham as pessoas que me viram crescer e que me conhecem, e onde tinha pessoas que apenas sabia os seus nomes, nada mais, o que me deixava um bocadinho sem saber o que dizer, não os conheço, não sei o que falar com eles, e sempre fui tímida o que não ajuda nada.
Já na praia, estendemos as toalhas e fomos até à água, fiquei à beirinha, não me apetecia ir à água, estava fria, confesso que não me sentia muito à vontade com o pessoal todo, mas fiz um esforço para não percebecem isso, eu gosto de fazer amizades, mas sei sempre que ao inicio custa um bocado. Sei que quando os conhecer bem, vou me dar lindamente com eles, mas para já sei que vou estar um bocadinho distante.
Fui dar um passeio à beira mar enquanto eles se divertiam na água, não reparei mas a Rita veio atrás de mim.

Rita- Hey, Raquel.Olhei para trás e parei à espera que ela chegasse até mim.
Raquel- Desculpa, não te vi.
Rita- Não tem mal.
Continuámos a andar pela praia.
Rita- Desculpa perguntar, mas está tudo bem?
Estranhei aquela pergunta, mas estranhei mais quando ela veio ter comigo.
Raquel- Sim está, mas porque é que perguntas?
Rita- Porque pareçes triste. Não gostas que nós estejamos com voces?
Raquel- Não, claro que gosto.
Rita- Então porque é que estás assim? Eu sei que não nos conhecemos bem, mas acredito que nos vamos dar bem.
Raquel- Eu gostava, e obrigada por teres vindo falar comigo.
Rita- De nada, agora somos amigas. Certo?
Raquel- Sim, claro que sim.
Esta conversa deixou-me confiante, se todos forem como ela, vai ser fácil dar-me bem com todos.
Voltámos para trás para ir ter com pessoal que já tinham saído da água e estavam deitados nas toalhas à conversa. Juntámo-nos ao grupo e entramos na conversa.
 



Sté